Tribunal da UE excluiu Hamas de lista de organizações terroristas
17 Dezembro, 13:33
Desde 2007 que o Hamas dirige a Faixa de Gaza palestiniana. A atitude para com ele não é igual no mundo. A União Europeia, Israel, Canadá, EUA e Japão consideram o Hamas uma estrutura terrorista. Ele está proibido na Jordânia.
Porém, na Austrália e no Reino Unido, apenas a ala militar desse movimento está na lista das organizações terroristas. Nos últimos anos, os dirigentes do Hamas visitaram várias vezes a Rússia discutiram com os dirigentes da Rússia questões ligadas à situação nos territórios palestinos.
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17/12/2014 às 17h58
Netanyahu lamenta "ingenuidade e hipocrisia" da Europa
Jerusalém, 17 dez (EFE).- Israel acusou a Europa de "hipocrisia" nesta quarta-feira em resposta às decisões do parlamento europeu de solicitar o reconhecimento do Estado da Palestina e do Tribunal Geral da União Europeia (UE) de tirar o Hamas de sua lista de organizações terroristas.
Em um encontro com a imprensa estrangeira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou também a reunião dos signatários da 4ª Convenção de Genebra sobre a Palestina hoje na Suíça. "Fomos testemunhas de uma série de exemplos de ingenuidade e vou dizer também que de hipocrisia", disse em alusão a estas três iniciativas.
"Quando os europeus dizem que estão frustrados, lhes dizemos bem-vindos ao clube. Nós somos os que estamos frustrados por suas políticas como a decisão de hoje sobre Hamas", insistiu o premier israelense.
O parlamento europeu aprovou hoje uma moção, respaldada pela maioria dos deputados, na qual pede o reconhecimento formal do Estado da Palestina segundo suas fronteiras de 1967. Além disso, pediu "os esforços da União Europeia para apoiar o processo de paz" a fim de conseguir uma solução "definitiva e global" que "respeite as aspirações legítimas de paz, segurança e prosperidade" para o povo palestino e também o israelense.
Com esta iniciativa, o parlamento europeu uniu-se à onda de reconhecimentos protagonizados recentemente pelas câmaras britânica, francesa, espanhola, irlandesa e portuguesa, que também foi seguida hoje por Luxemburgo, motivados pelo primeiro passo do Executivo sueco, que no final de outubro se tornou o primeiro país europeu a formalizar este status.
Netanyahu também criticou com veemência a decisão do tribunal europeu de não catalogar o Hamas como organização terrorista e expressou seu desejo que seja uma medida reversível. "Não estamos satisfeitos com a explicação de que a eliminação do Hamas da lista de organizações terroristas corresponda a 'medidas de procedimento", declarou Netanyahu.
"A responsabilidade recai na UE e esperamos que o Hamas seja posto de novo na lista imediatamente, dado que é entendido por todos que o Hamas, uma organização terrorista assassina cujas bases especificam a destruição do Estado de Israel como objetivo, é uma parte inseparável desta lista", exigiu o primeiro-ministro. Por sua parte, o Hamas comemorou a decisão do tribunal europeu, que qualificou de "vitória histórica para nosso povo palestino e para qualquer um que apoie o direito de nosso povo à resistência".
Israel também recebeu com desgosto a conferência internacional de signatários da 4ª Convenção de Genebra sobre a Palestina realizada hoje nesta cidade suíça. A reunião, a terceira deste tipo em 15 anos, "é outro exemplo de um mecanismo multilateral contaminado por uma agenda anti-Israel, que afasta as partes das negociações e solapa a universalidade e integridade das Convenções de Genebra", denunciou em comunicado um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense.
Neste consenso internacional sobre a necessidade de promover uma solução que ponha um fim no conflito mais longevo do século XX, o ato final será a apresentação na ONU de uma proposta sobre a resolução do conflito que foi discutida há semanas por palestinos, Liga Árabe, Estados Unidos e Europa.
Apesar de existirem diferenças entre a resolução europeia, liderada pela França, e a palestina, Mohamad Esstaye, veterano líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assegurou ontem que estas diferenças eram "mínimas" e estavam "a ponto de ser resolvidas".
A principal dissonância está em que, enquanto os palestinos solicitavam uma data máxima para o fim da ocupação, os europeus pediam uma retomada das negociações. Além disso, a parte britânica incluiu a necessidade de reconhecer Israel como Estado judaico, condição que os palestinos não aceitam e que Netanyahu disse hoje que "é fundamental para qualquer tipo de acordo". EFE (foto) mss-jm/rsd
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