Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

CBERS-4 - SATÉLITE SINO-BRASILEIRO DE RECURSOS TERRESTRES

Satélite sino-brasileiro lançado no domingo envia primeiros sinais



CBERS-4 já monitora Amazônia e inicia mapeamento da expansão agrícola e das cidades
Lançado da base de Taiyuan, na China, neste domingo (7), o satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto CBERS-4, sigla que, em inglês, significa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, enviou seus primeiros sinais orbitais ao atingir 742,5 quilômetros de altitude. Foi a confirmação final de que seu lançamento, a partir da base de Taiyam, no norte da China, havia sido um sucesso. Para a Agência Espacial Brasileira (AEB), foi mais do que isso: o sucesso de toda a operação deixou definitivamente para trás o insucesso do lançamento anterior, ocorrido há exatamente um ano (09/12) quando a coifa que protegia o equipamento não se descolou do foguete.

O novo satélite brasileiro – com vida útil de três anos – já envia do espaço, desde as 10h de ontem, imagens aéreas e dados do Brasil, de seus vizinhos da América Latina e de todo o Hemisfério Sul, à velocidade de uma órbita em torno da Terra a cada 90 minutos.

O CBERS-4 amplia a aptidão e a independência do Brasil para monitorar seu próprio território, desde regiões estratégicas como a Amazônia até expansão urbana do Sudeste, por exemplo, sem depender das imagens de satélite da Comunidade Europeia ou dos Estados Unidos. Além do fornecimento de dados para monitorar e combater o desmatamento, o CBERS-4 vai ajudar o Brasil a acompanhar a expansão de sua agricultura e os obstáculos naturais ou geográficos para a expansão das cidades, além dos estudos sobre o comportamento das bacias hidrográficas e da ocorrência das queimadas.

Em seu perfil no Twitter, a presidenta Dilma Rousseff comentou o sucesso do lançamento, lembrando que o satélite é fruto da cooperação na área especial entre Brasil e China. “O Cbers-4 amplia também a cooperação Sul-Sul, pois fornecerá imagens aos países da América Latina e da África”, afirmou.

De acordo com o jornal China Daily, o presidente chinês Xi Jinping acenou com expectativa de que entendimentos entre as duas nações favoreça-as em termos sócio-econômicos na próxima década. O assunto repercutiu nos principais veículos do país asiático.

O lançamento foi monitorado em tempo real pelo Centro de Controle de Satélite do Inpe, em São José dos Campos (SP). Acompanharam autoridades como o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, e o presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho.

Com duas toneladas de peso e equipado com quatro câmaras o Cbers-4 dará 14 voltas no planeta por dia. O satélite demora cinco dias para fazer imagens de toda a superfície em baixa resolução, 26 dias para imagens em média resolução, e 52 dias para imagens em alta resolução.

A abertura do painel solar do satélite ocorreu cerca de 20 minutos após o lançamento. Em seguida, a câmara MUX entrou no modo stand by, as câmaras PAN e IRS entraram em operação e o painel solar indicou estar com corrente nominal. Após esses procedimentos o satélite passou a fazer ajuste de órbita utilizando seus próprios motores.

Cbers
Iniciado nos anos 1980, o programa Cbers (sigla em inglês para China-Brazil Earth Resources Satellite) é coordenado pela AEB e desenvolvido pelo Inpe. O Cbers-4 é o quinto satélite do Programa, exemplo bem-sucedido de cooperação em alta tecnologia e um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China.

Sua ida ao espaço, inicialmente programada para dezembro de 2015, foi antecipada em um ano devido à falha ocorrida no lançamento do Cbers-3, em dezembro de 2013. Antes, foram lançados com sucesso o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e Cbers-2B (2007).


Fonte da Notícia:  http://www.ptnosenado.org.br/textos/122-curtas/30409-satelite-sino-brasileiro-lancado-no-domingo-envia-primeiros-sinais

http://petistas.blogspot.com.br/2014/12/satelite-sino-brasileiro-lancado-no.html



Histórico

:: Antecedentes da Cooperação

A busca por meios mais eficazes e econômicos de observar a Terra motivou o homem a desenvolver os satélites de sensoriamento remoto. Mas os altos custos dessa tecnologia tornam os países em desenvolvimento dependentes das imagens fornecidas por equipamentos de outras nações. Na tentativa de reverter esse contexto, os governos do Brasil e da China assinaram em 06 de Julho de 1988 um acordo de parceria envolvendo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial) para o desenvolvimento de um programa de construção de dois satélites avançados de sensoriamento remoto, denominado Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Com a união de recursos financeiros e tecnológicos entre o Brasil e a China, num investimento superior a US$ 300 milhões, foi criado um sistema de responsabilidades divididas (30% brasileiro e 70% chinês), tendo como intuito a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional. A união entre os dois países é um esforço bilateral para derrubar as barreiras que impedem o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sensíveis impostas pelos países desenvolvidos. A parceria conjunta rompeu os padrões que restringiam os acordos internacionais à transferência de tecnologia e o intercâmbio entre pesquisadores de nacionalidades diferentes. 




Mais informações AQUI: http://www.cbers.inpe.br/



Nenhum comentário: