Os resultados oficiais serão divulgados dentro de alguns dias. Em conversa telefônica com Barack Obama, Vladimir Putin destacou que o referendo foi realizado em conformidade com as normas do direito internacional e da Carta da ONU, considerando, em particular, o conhecido precedente do Kosovo.
Os eleitores, que participaram no domingo passado do referendo, foram convidados a escolher entre a integração da Crimeia na Rússia com direitos de unidade Federação da Rússia e a restituição da Constituição da República da Crimeia de 1992 e do estatuto da Crimeia no seio da Ucrânia. Às 20 horas locais, quase 80,5% dos eleitores já participaram do plebiscito, comunicou Mikhail Malyshev. Este é um recorde de atividade de eleitores. Em suas palavras do chefe da Comissão para o referendo, mais de 1250 mil pessoas expressaram sua opinião. Levando em consideração a cidade de Sevastopol, votaram 1724,5 mil, ou seja mais de 82,5% dos eleitores, adiantou o chefe da comissão. Como apontou Mikhail Malyshev, estes números não mudarão praticamente:
“Tanto as comissões setoriais, como territoriais para o referendo não receberam quaisquer queixas. Gostaria de anunciar a todos que o referendo na Crimeia foi realizado”.
Observadores internacionais no referendo sobre o estatuto da Crimeia também confirmaram que não houve quaisquer infrações, assinalando uma alta taxa de participação no referendo nos locais de residência dos tártaros da Crimeia e qualificando a sua votação como um fator importante. Tal é a opinião de Mateus Piskorski, chefe da delegação do parlamento polaco. Em suas palavras, os habitantes da Crimeia têm pleno direito à autodeterminação:
“A Ucrânia não se realizou como Estado e não é capaz de garantir os direitos de seus cidadãos. Por isso foi decidido convocar um referendo, no quadro do qual os cidadãos têm direito a definir seu próprio futuro. É necessário considerar a opinião expressa através do referendo. A meu ver, este referendo deve ter certas consequências jurídicas”.
O referendo na Crimeia correspondeu plenamente às normas do direito internacional, disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em conversa telefônica com o presidente dos EUA, Barack Obama. Vladimir Putin ressaltou ainda que o referendo na península correspondeu também às normas da Carta da ONU.
Por outro lado, a realização do referendo levou em consideração o conhecido precedente do Kosovo. Ao mesmo tempo, aos habitantes da península foi garantida a possibilidade de expressar livremente a sua vontade e critérios de autodeterminação.
Hoje, em Simferopol, irá reunir-se uma sessão do Conselho Supremo (parlamento) da Crimeia, no quadro do qual será formulado um pedido oficial de entrada da República Autônoma na composição da Rússia. No mesmo dia de hoje, este documento será apresentado em Moscou por uma delegação do Parlamento da Crimeia.
Conforme foi comunicado, a Duma de Estado pretende discutir em 21 de Março um projeto de lei de integração da Crimeia na Rússia. O documento determina as regras de entrada de novos territórios na Federação Russa.
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