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PROTESTO CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO |
LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE- WIKILEAKS
EUA faz perseguição macartista a Assange, editor-geral do WikiLeaks
O WikiLeaks, fundado por Julian Assange, divulgou crimes de guerra dos EUA no Iraque e Afeganistão e trouxe a público a espionagem norte-americana a governos e até ao secretário-geral da ONU
O editor-geral do site WikiLeaks, Julian Assange, é o mais novo preso político da Inglaterra.
Nos últimos meses, o site trouxe à luz centenas de milhares de registros de guerra no Iraque e Afeganistão e, no momento, está divulgando 250 mil cabogramas em que as embaixadas dos EUA relatam a espionagem que cometem no mundo inteiro e até contra o secretário-geral da ONU.
Uma semana antes da prisão, Assange havia anunciado que a próxima leva de documentos seria sobre “um grande banco norte-americano”, supõe-se que o “Bank of América”.
Centenas de pessoas foram até o tribunal em Londres ao qual ele se apresentou, na segunda-feira, dia 6, para protestarem contra a perseguição a Assange e à liberdade de informação. Uma mulher, com uma mordaça, exibia o cartaz: “EUA late e a Suécia abana a cauda”.
O linguista Noam Chomsky, o documentarista John Pilger, o cineasta Ken Loach, e mais dezenas de acadêmicos australianos manifestaram seu apoio ao editor-geral do WikiLeaks. Também, Daniel Ellsberg, dos “Papéis do Pentágono” - os documentos que desmascararam a iminente derrota no Vietnã nos anos 1970 -, foi recentemente a Londres em solidariedade.
Um dos mais destacados juristas ingleses, Geoffrey Robertson, com larga experiência em casos políticos, assumiu a defesa do editor-chefe.
Contra Assange, foi requentada a imputação de “abuso” contra duas mulheres na Suécia em agosto, quando deu palestras lá - descartada então pela procuradora do caso por falta de consistência, após admissão de sexo consensual.
PENTÁGONO
Mas agora, com o escândalo dos telegramas das embaixadas, foi retomada pela procuradoria-geral sueca, com alegações como “sexo inseguro”.
Jornais ingleses e australianos advertiram sobre manobra para levar Assange para a Suécia a pretexto de “abuso sexual”, para então deportá-lo para os EUA por espionagem; os dois países têm tratado de extradição.
Jornais ingleses aventaram que uma das mulheres, uma loura de 31 anos, que se apresenta como “feminista radical”, seja agente da CIA e gusana.
Assim, depreende-se, tratou-se de uma emboscada, para permitir atacar o site pelo flanco, através da desmoralização do seu principal nome, Assange. Aliás, desmoralização e demonização do adversário é praticamente um procedimento padrão do manual do Pentágono.
O editor-geral afirmou, em artigo de grande repercussão no principal jornal de seu país, “The Australian”, que “hoje, a tempestade vertiginosa em torno do WikiLeaks reforça a necessidade de defender o direito de toda a mídia de revelar a verdade”.
“Não atirem no mensageiro” das duras verdades, conclamou.
Nesta semana, nos EUA, setores mais abertamente fascistas pediram desde a captura do jornalista por tropas especiais e posterior execução, até o sequestro de seu filho.
Como disse uma colunista do jornal “Daily Telegraph”, “ninguém acredita que Julian Assange está num cárcere britânico por ter cometido um estupro” e chamou as acusações “sexuais” contra o jornalista de “deboche”. Nos últimos dias, a secretária de Estado Hillary Clinton andou fazendo uma turnê para se desculpar com governos do mundo inteiro sobre a espionagem e grossuras expressas nos telegramas.
Na terça-feira dia 7, outras medidas contra o WikiLeaks deixaram explícito qual é o verdadeiro problema: amordaçar o site e impedir a divulgação dos crimes do império.
O cerco foi se estendendo.
A Amazon tirou o WikiLeaks do seu servidor, o que também foi feito pelo Ovr; outro, Tableau, removeu as reproduções dos telegramas do Departamento de Estado.
Visa, Mastercard e PayPal cortaram as doações por cartão de crédito, com perda de 70.000 euros para o site.
A tentativa de asfixiar financeiramente o WikiLeaks seguiu com o fechamento – chamado de “congelamento” - de uma conta destinada a despesas de defesa jurídica, por um banco suíço (PostFinance), que subtraiu 31.000 euros.
Em repúdio, hackers derrubaram os portais do Visa e do Mastercard, e entupiram a caixa postal de Sarah Palin, incentivadora do linchamento do jornalista.
Ainda no artigo do “The Australian”, Assange aprofundou a concepção de jornalismo desencadeada pelo WikiLeaks.
“Utilizar tecnologias da Internet de novas formas a fim de relatar a verdade”, assinalou.
O jornalismo propiciado pelo WikiLeaks permite às pessoas
“ler um artigo e então clicar online para ver o documento original” em que se baseia.
“Esse é o modo como pode julgar por si próprio: será verdadeiro este artigo? Será que o jornalista informou com rigor?”
O editor-geral também assinalou como, enquanto o site é acusado de “pôr vidas em risco” e de “ameaçar a segurança”, as informações que apresenta têm sido divulgadas conjuntamente por conhecidos órgãos da mídia - “New York Times” (EUA), o “Guardian” (Inglaterra), “Le Monde” (França), “Der Spiegel” (Alemanha) e “El País” (Espanha) -, que não sofrem tal pressão.
“WikiLeaks tem uma história de quatro anos de publicação. Durante esse tempo, governos inteiros mudaram, mas nem uma só pessoa, que se saiba, foi prejudicada. Mas os EUA, com a conivência do governo australiano, mataram milhares de pessoas só nestes últimos meses”, ressaltou o editor-geral.
Em Brisbane, terceira maior cidade da Austrália, centenas de jovens marcharam em apoio a Assange e ao WikiLeaks, usando uma máscara com a sua cara.
Na manifestação, foi lida carta do documentarista John Pilger, de Londres, em que este denunciou que a prisão é uma tentativa de calar o WikiLeaks.
ANTONIO PIMENTA
JORNAL HORA DO POVO
Toda solidariedade ao Wikileaks
JUNTOS SOMOS FORTES. SOLDADOS UNI-VOS! |
JULIAN ASSANGE |
"Esta claro que no está en dificultades por su vida sexual sino por su cruzada por desnudar al imperio de EEUU." (Foto: Archivo) http://www.telesurtv.net/secciones/contexto/85376-NN/wikileaks-detras-del-escandalo-sexual-contra--assange-una-colaboradora-cubana-de-la-cia/ |
http://wikileaks.ch/support.html http://wikileaks.ch/ |
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