Nova decisão de Moraes acerta em cheio Bolsonaro e o bolsonarismo
Entenda
Por Matheus Leitão8 nov Faltando menos de dois meses para o fim do governo de Jair Bolsonaro, o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda busca sufocar os últimos suspiros antidemocráticos do bolsonarismo.Em nova decisão nesta segunda, 7, Moraes determinou que as polícias civis e militares dos Estados e do Distrito Federal, assim como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, apresentem no prazo de 48 horas todas as informações que coletaram sobre os responsáveis pelos bloqueios de rodovias e protestos em frente à bases militares que estão acontecendo desde o fim da eleição. As tais manifestações golpistas.Moraes acerta ao fechar o cerco porque as polícias – em especial a militar – tem em sua maioria apoiadores do atual presidente. Ao tomar uma decisão como essa, o Ministro está garantindo que as informações sobre o que está acontecendo na ponta da linha das investigações desses atos antidemocráticos cheguem até ele. Essas atitudes golpistas sempre foram alimentada por Jair Bolsonaro durante toda a sua gestão. Agora, consternado com a derrota, o presidente se limitou a gravar um vídeo pedindo que os manifestantes liberassem as estradas. Mantida essa postura – e em se tratando do atual presidente isso pode mudar – a tendência é de que os movimentos percam força com o passar dos dias.A derrota do atual governo foi um grande choque para os apoiadores mais radicais de Bolsonaro. Moraes está se certificando de que vai responsabilizar todos aqueles que ainda tentam descumprir a Constituição enquanto estão sob a proteção de um governo que não tem nenhum apreço pela Democracia. Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/nova-decisao-de-moraes-acerta-em-cheio-bolsonaro-e-o-bolsonarismo/
Na 25ª Zona Eleitoral foram descobertas 79 cédulas preenchidas com a mesma caligrafia. Na 24ª, quatro cédulas falsas. Uma delas beneficiava Jair Bolsonaro, então candidato a deputado federal pelo PPR.
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2 Comentários...
Miguel José Cordeiro
- 2022-09-14 06:37:53
Por isso seu empenho na volta das cédulas de votação
Ibson Terto Cavalcante
- 2022-09-13 19:15:48
Isso explica o porquê ele odeia tanto a urna eletrônica. Já imaginou urnas de papel nas áreas dominadas pelas milicias. Alias, quem são os responsáveis pela logistica das urnas? Exatamente quem tem lado: o exercito, quem confia na polícia, precismos de forças do estado, mas quem confia cegamente nas polícias, ninguém, nem mesmo a polícia, imagina o cidadão.
Essa foi a primeira frase que me veio à mente quando li sobre o desaparecimento do inglês sorridente que conheci na praia de Copacabana em 2018 fazendo stand up paddle no mar.
Dom Phillips, repórter experiente, estava acompanhado de Bruno Pereira, um dos maiores conhecedores da região amazônica onde ambos sumiram sem deixar rastros no domingo, 5 de junho.
Depois de um par de ligações telefônicas que praticamente descartavam a hipótese de acidente, uma amiga me disse que um grupo de locais havia feito uma varredura minuciosa na área.
Nada.
Então a frase martelou novamente na minha cabeça: eles sumiram com Dom.
Fazer jornalismo na Amazônia sempre foi uma tarefa difícil e perigosa, mas ela se tornou especialmente letal nos últimos anos.
Em 2021, o número de assassinatos em comunidades tradicionais e de agricultura familiar cresceu 12 vezes.
Mesmo que ainda haja esperanças de encontrar Bruno e Dom, era questão de tempo até que algo assim acontecesse.
Três anos atrás, Dom Phillips participou de um café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro. Perguntou a Bolsonaro sobre o crescente e alarmante desmatamento na Amazônia. Falou sobre o desmonte do aparato legal de proteção ao meio ambiente. Comentou sobre as ligações criminosas de assessores e do próprio ministro do Meio Ambiente com madeireiros.
Com seu desdém habitual, Bolsonaro respondeu: “A primeira coisa que você tem que entender é que a Amazônia é do Brasil, e não de vocês.”
Não se sabe a que “vocês” Bolsonaro se referia, mas o fato é que a Amazônia não é mais, efetivamente, do Brasil.
Neste exato momento em que equipes buscam por Bruno e Dom, porções continentais da floresta estão nas mãos de piratas brasileiros e estrangeiros.
A Amazônia de hoje é uma espécie de território anarcocapitalista onde convivem e negociam garimpeiros ilegais, grileiros, indígenas e ribeirinhos abandonados pelo Estado e corrompidos pelo crime.
Narcotraficantes controlam rios em toda a Amazônia Oriental transportando sobretudo cocaína que será consumida no norte global.
Uma distopia real.
Um Mad Max fluvial incentivado pelo governo.
Bolsonaro nunca escondeu sua ojeriza pelas populações indígenas.
Sua política busca o tempo todo dar livre passagem aos depredadores da floresta.
As palavras duras ele costuma reservar a jornalistas e ativistas como Dom e Bruno.
Assim, a letargia das equipes de busca lideradas pelo Governo Federal não surpreende.
É o desfecho óbvio desse enredo macabro em que o Brasil se meteu.
Já na segunda-feira sabia-se que a vida de Bruno e Dom dependia do tic tac dos relógios.
A resposta do Exército Brasileiro foi de causar ódio: em nota, os militares disseram que poderiam cumprir a missão, mas estavam esperando a ordem de algum burocrata.