Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

terça-feira, 29 de junho de 2010

NO BRAVERY - VIDEO DEDICADO A GAZA

A video dedicated to Gaza

so everyone can know

what's really going on down there....


I used the song with some pictures I found !
Song : No Bravery By James Blunt

lyrics:

There are children standing here,
Arms outstretched into the sky,
Tears drying on their face.
He has been here.
Brothers lie in shallow graves.
Fathers lost without a trace.
A nation blind to their disgrace,
Since he's been here.

And I see no bravery,
No bravery in your eyes anymore.
Only sadness.

Houses burnt beyond repair.
The smell of death is in the air.
A woman weeping in despair says,
He has been here.
Tracer lighting up the sky.
It's another families' turn to die.
A child afraid to even cry out says,
He has been here.

And I see no bravery,
No bravery in your eyes anymore.
Only sadness.

There are children standing here,
Arms outstretched into the sky,
But no one asks the question why,
He has been here.
Old men kneel and accept their fate.
Wives and daughters cut and raped.
A generation drenched in hate.
Yes, he has been here.

And I see no bravery,
No bravery in your eyes anymore.
Only sadness.

Categoria:
Notícias e política

sábado, 26 de junho de 2010

BOICOTE CONTRA ISRAEL EM DEFESA DO POVO PALESTINO

Boicote o Estado Sionista de “Israel”



SOMOS TODOS PALESTINOS

Boicote histórico contra Israel nos EUA
Militantes da Tendência Bolchevique Internacional (TBI) organização com a qual o Coletivo Lenin mantém relações fraternais, ajudou a organizar e liderar um piquete histórico na Califórnia (EUA) contra navio de uma empresa israelense, em solidariedade aos trabalhadores da Palestina.

Isso sim é boicote internacional!

Mobilizar a classe e atacar o capital!

Trabalhadores Palestinos Saúdam Ação em Oakland,

Califórnia

Piquete de massas bloqueia navio israelense!

Na segunda, 20 de junho, um piquete de massas totalizando 700-800 trabalhadores e ativistas conseguiu impedir com sucesso que o navio israelense Zim Shenzhen, da empresa Zim Lines, descarregasse suas mercadorias por um período de 24 horas no Porto de Oakland, no estado da Califórnia (Estados Unidos).
O piquete contra a linha israelense de navios bloqueou quatro entradas do cais onde o navio Zim Shenzhen estava programado para atracar.
Um juiz trabalhista chamado pela Pacific Maritime Association (Associação Marítima do Pacífico) para investigar a situação declarou que haveria perigo de “segurança e saúde” caso os trabalhadores do cais que se concentravam nas entradas cruzassem o piquete para entrar no píer, fazendo assim com que estes não sofressem perseguição legal por parte dos patrões pela sua solidariedade ao ato.
O piquete em Oakland marca a primeira vez na história em que uma embarcação israelense é barrada em um porto norte-americano, sendo também o primeiro bloqueio internacional contra embarcações de Israel desde o ataque à flotilha de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
A mobilização seguiu o exemplo dos trabalhadores de docas do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Sul-Africanos (SATAWU), que se recusaram a carregar uma embarcação israelense no porto de Durban em fevereiro de 2009.
Trabalhadores de docas na Noruega vêm se preparando para boicotar a carga de embarcações israelenses durante dois dias a partir de 23 de junho, enquanto Sindicatos marítimos da Suécia anunciaram planos para fazer o mesmo de 23 a 29 de junho.
Tal piquete de massas em um grande porto Americano
, que envia uma poderosa mensagem de solidariedade internacional à massas oprimidas da Palestina é uma expressão de repúdio ao ataque assassino à flotilha, que ocorreu em Maio.
Essas recentes ações relembram um evento similar ocorrido em Março de 1986, quando cerca de 150 trabalhadores, sindicalistas e militantes de esquerda realizaram um piquete no Píer 80, em São Francisco, impedindo durante 24h a descarga das mercadorias de um navio sul-africano ligado ao regime do aparheid.
Militantes da Tendência Bolchvique, organização que deu origem à TBI, participaram ativamente da organização desse bloqueio.
O bloqueio de Março de 1986 foi inspirado no bloqueio de 11 dias de outro navio sul-africano em Novembro-Dezembro de 1984, organizado por Howard Keylor, militante da TBI e dirigente sindical entre os trabalhadores do porto.
Essa “ação ilegal”, que envolveu cerca de 300 trabalhadores, ajudou a reacender o movimento anti-apartheid nos Estados Unidos.
Quanto ao bloqueio ao navio israelense, uma emissora de TV (KTVU) relembrou o boicote de 1984, inclusive pondo no ar imagens do evento.
O bloqueio em Oakland aponta para a importância de ações por parte dos trabalhadores e seus sindicatos em defesa dos palestinos contra os opressores sionistas. Ele também demonstra o poder de ações exemplares de solidariedade sindical.
A Federação Geral Palestina de Sindicatos (PGFTU) enviou uma mensagem aos militantes que participaram do ato, onde afirmam:

“Queridos irmãos e irmãs, sindicalistas, trabalhadores e moradores da Bay Área (Área da Baía) de São Francisco, nós recordamos e saudamos a ação massiva de 1984 nas docas, quando vocês boicotaram o regime do apartheid da África do Sul.”
“Nós olhamos para vocês hoje da Faixa de Gaza e de toda Palestina e fazemos um chamado para repetiram o ato de coragem de hoje. Essa solidariedade genuína é algo pelo qual muito esperamos.”

Tal solidariedade contra o sistema de apartheid de Israel enfraquece os governantes sionistas, encoraja os oprimidos e demonstra a capacidade da classe trabalhadora internacional para abrir passagem à um futuro de segurança material e igualdade social para todos.
Defender os palestinos!
Mobilzações nas docas suecos e noruegueses para mostrar o caminho!
Por uma Federação Socialista no Oriente Médio!
Militantes da TBI participam da ação no Porto de Port of Oakland, Califórnia.
Nos cartazes: “Por uma Federação Socialista do Oriente Médio!” e “Bloquear TODO subsídio governamental e sindical à Israel!”



Site da Tendência Bolchevique Internacional - www.bolshevik.org
Portuários suecos anunciam boicote a navios israelenses
Porto Gente
O Sindicato de Trabalhadores Portuários da Suécia anunciou que vai realizar boicote de dez dias a navios e mercadorias que vierem de Israel, do dia 15 próximo até o dia 24 de junho. O movimento é em represália ao ataque israelense a uma frota de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, ocorrida no dia 31 de maio último. A notícia é do jornal australiano Herald Sun.
"A razão para o bloqueio é o ataque criminoso sem precedentes a um comboio de navios pacíficos", disse o porta-voz do sindicato Peter Annerback.
O sindicato representa aproximadamente 1,5 mil portuários.
25/06/2010
Suécia inicia bloqueio contra navios de Israel

O Estado de S.Paulo
O sindicato de trabalhadores portuários suecos iniciou um bloqueio de uma semana ao transporte de mercadorias procedentes de Israel.
A medida pretende pressionar os israelenses a levantar o bloqueio imposto contra Faixa de Gaza e iniciar uma investigação internacional sobre o ataque que matou nove ativistas turcos de uma frota humanitária.
Apenas remédios e materiais hospitalares
são
isentos do bloqueio.


Os números do código de barras acima indicam os produtos fabricados em Israel. Naomi Klein sugere a mesma estratégia de boicote utilizada nos conflitos na África do sul como reação à sangrenta ocupação de Israel à Palestina. Leia o texto

Como morrer de medo aos 14 anos é um relato impressionante sobre as dramáticas consequências do terrorismo do estado israelense que atinge principalmente as crianças de Gaza.

Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?
Eduardo Galeano


Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou.
Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los. Continue lendo no
RS URGENTE

domingo, 18 de janeiro de 2009

A felicidade não passa de um sonho, a dor é real
"Se quiser saber se o prazer é superior ao desgosto, ou se apenas se compensam, compare a sensação do animal que devora outro com a sensação do que é devorado." Arthur Schopenhauer


Eu não sou afeita à publicação de imagens sensacionalistas. Mas o caso não é esse. Não se trata de uma sensação imaginativa.

É real.

Infelizmente, os números de centenas de crianças asassinadas não foram inventados.

Por isso eu quero ver, sentir e chorar - com licença, tenho medo de virar coisa. E se conseguir, refletir e dizer algo. Por enquanto vou pensando que a maior tragédia é a tragédia ínútil.

Quero crer que a morte, a dor e o sofrimento dessas crianças e mães um dia façam algum sentido no coração e nas mentes dos que ainda defendem o capitalismo e os monstros-coisa que ele vem criando.

Então taí.

Provoco em mim a dor do outro

em busca da compaixão e solidariedade

que no meu quintal ainda são atributos humanos.

http://quintaldacrica.blogspot.com/2009_01_01_archive.html

Reportagem que a rede árabe Al Jazeera colocou no ar em sua emissora em inglês




Situação em Gaza de 14/01/2009 a 15/01/2009,

*Total numero de mortos 1040

Crianças 310

Mulheres 110

Equipes Médicas 13

Homens e pessoas idosas 607

*Total numero de feridos 4850

Crianças 1740

Mulheres 720

Equipes Médicas 24

Homens e pessoas idosas 2366


*de acordo com a PRCS - Palestine Red Crescent Society
marcosdiarios 1 ano atrás

Boicote “Israel”

Você financia a guerra que mata crianças?

Você financia a entidade sionista, “Israel”; que comete crimes de guerra?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

MIDNIGHT ON THE MAVI MARMARA - ATAQUE A FLOTILHA DE AJUDA HUMANITÁRIA A GAZA

Available exclusively at WWW.ORBOOKS.COM
MIDNIGHT ON THE MAVI MARMARA
The Attack on the Gaza Freedom Flotilla and How It Changed the Course of the Israeli/Palestine Conflict
Moustafa Bayoumi, Editor
"We have been attacked while in international waters. That means the Israelis have behaved like pirates ... The moment they start to steer this ship towards Israel, we have also been kidnapped. The whole action is illegal."—Henning Mankell, aboard the Gaza Freedom Flotilla Eastern Mediterranean, Monday, May 31st, 2010, 4.30am:
Israeli commandos, boarding from sea and air, attack the six boats of the Gaza Freedom Flotilla as it sails through international waters bringing humanitarian relief to the beleaguered Palestinians of Gaza.
Within minutes, nine peace activists are dead, shot by the Israelis.
Scores of others are injured.
The 700 people on board the ships are arrested before being transported to detention centers in Israel and then deported.
Within hours, outrage at Israel's action echoes around the world. Spontaneous demonstrations in Europe, the United States, Turkey, and Gaza itself denounce the attack.
Turkey's prime minister describes it as a "bloody massacre" and "state terrorism."
Lebanon's prime minister calls it "a dangerous and crazy step that will exacerbate tensions in the region."
In these pages, a range of activists, journalists, and analysts piece together the events that occurred that June night, unpicking their meanings for Israel's illegal, three-year-long blockade of Gaza and the decades-long Israel/Palestine conflict more generally.
Mixing together first-hand testimony, documentary record, and illustration, with hard-headed analysis and historical overview, Midnight on the Mavi Marmara reveals why the attack on Gaza Freedom Flotilla may just turn out to be Israel's Selma, Alabama:
the beginning of the end for an apartheid Palestine.
Contributors include: Omar Barghouti, Max Blumenthal, Juan Cole, Sara Roy, Norman Finkelstein, Glenn Greenwald, Rashid Khalidi, Alia Malek , Lubna Masarwa and Raja Shehadeh.
Film courtesy of Cultures of Resistance
Categoria:
Notícias e política



http://mondoweiss.net/2010/06/midnight-on-the-mavi-marmara.html

DOCUMENTÁRIO PARTES I -VI - DEFIENDO MI TIERRA - PALESTINOS - MURO DE SHARON

La lucha de los habitantes de una aldea palestina en contra del "muro de Sharon", este martes"
Documentos TV", dirigido y presentado por Pedro Erquicia, emite "Defiendo mi tierra" un trabajo que fue elegido Mejor Documental en el Jerusalem Film Festival y ha obtenido un Premio Especial en el de Rotterdam.
Una aldea palestina, símbolo de la defensa de los derechos humanos
"Defiendo mi tierra" es un relato de la lucha pacífica de los 1.700 habitantes de Bilin, una pequeña localidad de Cisjordania, Palestina, por defender sus propiedades, sus tierras, sus cultivos de los ejércitos de ocupación de Israel .
Hombres, mujeres y niños se emplearon a fondo para exigir, sin violencia, el desvío del muro que separaba sus viviendas de sus campos de cultivo, de sus rebaños y por tanto de su medio de vida.
Esta barrera, el llamado "muro de Sharon"
hace que amplias zonas de Cisjordania queden anexionadas a Israel
y separa a los agricultores palestinos de sus tierras,
de sus familias,
de sus seres queridos...
"Defiendo mi Tierra", "Bilin, my love" en inglés, es un documental realizado en condiciones precarias que refleja con nitidez el drama de esas familias palestinas que viven atrapadas en el conflicto entre los suyos e Israel.
En su lucha por defender sus vidas y escasos bienes, los campesinos de Bilin recibieron el respaldo de organizaciones pacifistas de Israel y otras partes del mundo.
Y a finales del año pasado, la Corte Suprema de Israel les dio la razón y decretó que el muro que estrangulaba a Bilin fuera modificado a su paso por la aldea.
Categoria:
Notícias e política












sexta-feira, 18 de junho de 2010

DAS PEDRAS DE DAVI AOS TANQUES DE GOLIAS

As pedras de David mudaram de mãos, agora são os Palestinos que as atiram. Golias está do outro lado, armado e equipado como nunca se viu soldado algum na história das guerras, salvo, claro está, o amigo norte-americano. Ah, sim, as horrendas matanças de civis causadas pelos terroristas suicidas… Horrendas, sim, sem dúvida, condenáveis, sim, sem dúvida, mas Israel ainda terá muito que aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a transformar-se numa bomba. - por José Saramago.
Das pedras de Davi aos tanques de Golias
José Saramago

Afirmam algumas autoridades em questões bíblicas que o Primeiro Livro de Samuel foi escrito ou na época de Salomão ou no período imediato, em qualquer caso antes do cativeiro da Babilônia.
Outros estudiosos não menos competentes argumentam que não apenas o Primeiro, mas também o Segundo Livro de Samuel, foram redigidos depois do exílio da Babilônia, obedecendo a sua composição ao que é denominado por estrutura histórico-político-religiosa do esquema deuteronomista, isto é, sucessivamente, a aliança de Deus com o seu povo, a infidelidade do povo, o castigo de Deus, a súplica do povo, o perdão de Deus.
Se a venerável escritura vem do tempo de Salomão, poderemos dizer que sobre ela passaram, até hoje, em números redondos, uns três mil anos.
Se o trabalho dos redatores foi realizado após terem regressado os judeus do exílio, então haverá que descontar daquele número uns 500 anos, mais mês, menos mês.
Esta preocupação de rigor temporal tem como único propósito propor à compreensão do leitor a idéia de que a famosa lenda bíblica do combate (que não chegou a dar-se) entre o pequeno pastor Davi e o gigante filisteu Golias anda a ser mal contada às crianças pelo menos desde há 25 ou 30 séculos.
Ao longo do tempo, as diversas partes interessadas no assunto elaboraram, com o assentimento acrítico de mais de cem gerações de crentes, tanto hebreus como cristãos, toda uma enganosa mistificação sobre a desigualdade de forças que separava dos bestiais quatro metros de altura de Golias a frágil compleição física do louro e delicado Davi.
Tal desigualdade, segundo todas as aparências enorme, era compensada, e logo revertida a favor do israelita, pelo fato de Davi ser um mocinho astucioso e Golias uma estúpida massa de carne, tão astucioso aquele que antes de ir enfrentar-se ao filisteu apanhou na margem de um regato que havia por ali perto cinco pedras lisas que meteu no alforje, tão estúpido o outro que não se apercebeu de que Davi vinha armado com uma pistola. Que não era uma pistola, protestarão indignados os amantes das soberanas verdades míticas, que era simplesmente uma funda, uma humílima funda de pastor, como já as haviam usado em imemoriais tempos os servos de Abraão que lhe conduziam e guardavam o gado. Sim, de fato não parecia uma pistola, não tinha cano, não tinha coronha, não tinha gatilho, não tinha cartuchos, o que tinha era duas cordas finas e resistentes atadas pelas pontas a um pequeno pedaço de couro flexível, no côncavo do qual a mão esperta de Davi colocaria a pedra que, à distância, foi lançada, veloz e poderosa como uma bala, contra a cabeça de Golias, e o derrubou, deixando-o à mercê do fio da sua própria espada, já empunhada pelo destro fundibulário. Não foi por ser mais astucioso que o israelita conseguiu matar o filisteu e dar a vitória ao exército do Deus vivo e de Samuel, foi simplesmente porque levava consigo uma arma de longo alcance e a soube manejar.
A verdade histórica, modesta e nada imaginativa, contenta-se com ensinar-nos que Golias não teve nem sequer a possibilidade de pôr as mãos em cima de Davi.
A verdade mítica, emérita fabricante de fantasias, anda a embalar-nos há 30 séculos com o conto maravilhoso do triunfo de um pequeno pastor sobre a bestialidade de um guerreiro gigantesco a quem, afinal, de nada pôde servir o pesado bronze do capacete, da couraça, das perneiras e do escudo.
Tanto quanto estamos autorizados a concluir do desenvolvimento deste edificante episódio, Davi, nas muitas batalhas que fizeram dele rei de Judá e de Jerusalém e estenderam o seu poder até a margem direita do Eufrates, não voltou a usar a funda e as pedras.
Também não as usa agora.
Nestes últimos 50 anos
cresceram a tal ponto as forças e o tamanho de Davi
que entre ele e o sobranceiro Golias
já não é possível reconhecer qualquer diferença,
podendo até dizer-se,
sem insultar a ofuscante claridade dos fatos,
que se tornou num novo Golias.
Davi, hoje, é Golias, mas um Golias que deixou de carregar pesadas e afinal inúteis armas de bronze.
Aquele louro Davi de antanho sobrevoa de helicóptero as terras palestinas ocupadas e dispara mísseis contra alvos inermes;
aquele delicado Davi de outrora, tripula os mais poderosos tanques do mundo e esmaga e rebenta tudo quanto encontra na sua frente;
aquele lírico Davi que cantava loas a Betsabé, encarnado agora na figura gargantuesca de um criminoso de guerra chamado Ariel Sharon, lança a "poética" mensagem de que primeiro é necessário esmagar os palestinos para depois negociar com o que deles restar.
Em poucas palavras, é nisto que consiste, desde 1948, com ligeiras variantes meramente táticas, a estratégia política israelita.
Intoxicados mentalmente pela idéia messiânica de um Grande Israel que realize finalmente os sonhos expansionistas do sionismo mais radical; contaminados pela monstruosa e enraizada "certeza" de que neste catastrófico e absurdo mundo existe um povo eleito por Deus e que, portanto, estão automaticamente justificadas e autorizadas, em nome também dos horrores passados e dos medos de hoje, todas as ações próprias resultantes de um racismo obsessivo, psicológica e patologicamente exclusivista; educados e treinados na idéia de que quaisquer sofrimentos que tenham infligido, inflijam ou venham a infligir aos outros, e em particular aos palestinos, sempre ficarão abaixo dos que padeceram no Holocausto, os judeus arranham interminavelmente a sua própria ferida para que não deixe de sangrar, para torná-la incurável, e mostram-na ao mundo como se tratasse de uma bandeira.
Israel fez suas as terríveis palavras de Jeová no Deuteronômio: "Minha é a vingança, e eu lhes darei o pago".
Israel quer que nos sintamos culpados, todos nós, direta ou indiretamente, pelos horrores do Holocausto, Israel quer que renunciemos ao mais elementar juízo crítico e nos transformemos em dócil eco da sua vontade, Israel quer que reconheçamos de jure o que para eles já é um exercício de fato: a impunidade absoluta.
Do ponto de vista dos judeus, Israel não poderá nunca ser submetido a julgamento, uma vez que foi torturado e queimado em Auschwitz.
Pergunto-me se esses judeus que morreram nos campos de concentração nazistas, esses que foram perseguidos ao longo da História, esses que foram trucidados nos pogrons, esses que apodreceram nos guetos, pergunto-me se essa imensa multidão de infelizes não sentiria vergonha pelos atos infames que os seus descendentes vêm cometendo. Pergunto-me se o fato de terem sofrido tanto não seria a melhor causa para não fazerem sofrer os outros.
As pedras de Davi mudaram de mãos, agora são os Palestinos que as atiram. Golias está do outro lado, armado e equipado como nunca se viu soldado algum na história das guerras, salvo, claro está, o amigo americano. Ah, sim, as horrendas matanças de civis causadas pelos chamados terroristas suicidas... Horrendas, sim, sem dúvida, condenáveis, sim, sem dúvida. Mas Israel ainda terá muito que aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a transformar-se numa bomba.

Entrevista com José Saramago
O colaborador da BBC na Cisjordânia, José Vericat, conversou em Ramalah com o escritor português José Saramago.

BBC — Que propósito teve a sua visita à Palestina?
Saramago — A intenção tem sido a de enviar aqui uma delegação de membros do Parlamento Internacional de Escritores para manifestar solidariedade aos narradores, poetas, dramaturgos palestinos.

BBC — O que pode ter este conflito palestino-israelense de particular?
Saramago — Vamos ver: Isto não é um conflito. Poderíamos chamá-lo conflito se se tratasse de dois países, com uma fronteira e dois estados, com um exército cada um. Aqui trata-se de uma coisa completamente distinta: Apartheid. Ruptura da estrutura social palestina pela impossibilidade de comunicação.
BBC — Que pensa de Israel?
Saramago — Um sentimento de impunidade caracteriza hoje o povo israelense e o seu exército. Eles converteram-se em financiadores do holocausto. Com todo o respeito pela gente assassinada, torturada e sufocada nas câmaras de gás. Os judeus que foram sacrificados nas câmaras de gás quiçá se envergonhariam se tivéssemos tempo de dizer-lhes como estão se comportando seus descendentes. Porque eu pensei que isto era possível; que um povo que tem sofrido deveria haver aprendido de seu próprio sofrimento. O que estão fazendo com os palestinos aqui é no mesmo espírito do que sofreram antes.
Eu creio que eles não conhecem a realidade. Todos os artigos que apareceram contra mim têm sido escritos por pessoas que não foram nunca saber como vivem os palestinos, quer dizer, eles não querem saber o que está passando aqui. Sería lógico que estivessem aqui os capacetes azuis (soldados da ONU). Mas o governo israelense não o permite. O que me indigna, e não posso calar-me, é a covardia da comunidade internacional que se deixa calar. Nem sequer falo dos Estados Unidos, do lobby judeu, de tudo isso que é mais que conhecido. Falo da União Européia. Europa, o berço da arte, da grande literatura, tudo isso. E todos assistindo a isto, a este desastre, e ninguém intervém.

BBC — Parece-lhe pertinente a analogia entre o sofrimento dos palestinos hoje, e o sofrimento dos judeus que teve lugar durante o regime nazista e em particular nos campos de concentração?
Saramago — Isso de
Auschwitz foi, evidentemente, uma comparação a propósito. Um protesto formulado em termos habituais, quiçá não provocasse a reação que tem provocado. Claro que não há câmaras de gás para exterminar palestinos, mas a situação na qual se encontra o povo palestino é uma situação concentracionária: Ninguém pode sair de seus povoados.
Eu o disse e dito está. Mas, se a vocês incomoda muito isso de Auschwitz, eu posso substituir essa palavra, e em lugar de dizer Auschwitz digo crimes contra a humanidade. Não é uma questão de mais vítimas ou menos vítimas; não é uma questão de mais trágico ou menos trágico: É o fato em si. Isto que está acontecendo em Israel contra os palestinos é um crime contra a humanidade. Os palestinos são vítimas
de crimes contra a humanidade cometidos pelo governo de Israel com o aplauso de seu povo.

BBC — Não crê que suas declarações têm um efeito contraproducente?
Saramago — Não há nenhum efeito contraproducente. Há críticas e há críticas. Há críticas que são conhecidas e portanto não têm nenhum efeito; quer dizer: se fazem e se repetem infinitamente.

BBC — O que o senhor escreveu que tenha mais relevância com este conflito?
Saramago — Uma novela que publiquei há cinco ou seis anos, Ensaio Sobre a Cegueira, que vendeu aqui sessenta mil exemplares. (Até há alguns dias, eu era aqui um bestseller. Agora os meus livros estão sendo retirados das livrarias) É uma novela que narra como todo o mundo se torna cego. Porque minha opinião é que todos somos cegos. Cegos porque não temos sido capazes de criar um mundo que valha a pena. Porque este mundo, como está e como é, não vale a pena.
Isto poderia ter relevância, se os políticos se interessassem por literatura. Se há algo sobre o que refletir, é sobre a capacidade que temos, ou que não temos, de inventar um modo de relação humana onde o imperativo seja o respeito humano, e o respeito ao outro.

BBC — Qual é o papel da literatura neste conflito?

Saramago — Nenhum. Essa idéia de que os escritores têm que salvar o mundo... Gostaríamos de fazê-lo, é claro. Se fosse pela arte e tudo o que temos feito de bonito no passado, se isso servisse para algo, não estaríamos como estamos. A intervenção que os escritores possam e devam ter, é pelo simples fato de que são cidadãos. Claro que também são escritores. Se se nos pede algo, ou por iniciativa nossa temos algo para dizer, o escrevemos. Mas, além de ter o que tenhamos para dizer, também há o que temos para fazer. E o fazer é intervir na vida, não só no seu próprio país, mas também no mundo.

BBC — A imprensa internacional publicou declarações atribuídas ao senhor referindo-se aos atos do exército israelense como atos "nazistas" e fazendo críticas bastantes duras ao governo de Israel. Qual é exatamente a sua posição diante do conflito no Oriente Médio?
Saramago — A declaração de que o exército israelense se tornou "judeu nazi" foi de um grande intelectual judeu (Yeshayahu Leibowitz, que morreu em 1994) respeitado tanto do ponto de vista moral como do ponto de vista intelectual. Não estou usando essa espécie de guarda-chuva para me proteger de qualquer tempestade. Mas esta idéia de que algo de profundamente negativo, destrutivo, entrou no espírito de Israel, eu não fui a primeira pessoa a dizer. Hoje mesmo outros israelenses reconhecem isso.

BBC — Outra afirmação que o senhor teria feito sobre Israel, foi comparar a forma com que o governo israelense tem tratado os palestinos como uma espécie de apartheid...
Saramago — Não é uma espécie de apartheid, é rigorosamente um apartheid, e sobre isso só tem dúvidas quem não veio aqui nunca. Se alguém quiser ser informado, supondo que as autoridades militares permitam o acesso, a passagem nos postos de controle para chegar às aldeias e cidades palestinas que estão completamente isoladas, onde não se pode entrar e de onde não se pode sair sem a autorização do Exército, se se quer ver como isto é efetivamente, há que vir aqui.
A informação que nós temos, aquela que circula internacionalmente, dá sempre uma imagem de um lado e deixa outro praticamente omisso, ou apenas com as imagens de palestinos disparando para o ar quando acompanham os seus mortos. Eu não estou aqui dizendo que os israelenses são uns demônios e que os palestinos são uns anjos, não se trata disso, anjos e demônios há de um lado e de outro.
O que se passa é que a situação política aqui, a situação de guerra que se criou, teve como resultado a ocupação militar de praticamente todo o suposto território palestino, o isolamento de todas as aldeias e cidades palestinas e a impossibilidade de se circular no próprio território. Isso, se não é apartheid, como é que havemos de chamar?

BBC — O senhor diria que nos últimos anos, principalmente durante o governo do primeiro-ministro Ariel Sharon, essa situação tem se agravado?
Saramago — Ela tem se agravado nos últimos tempos. Mas, enquanto foi primeiro-ministro o sr. Barak, construíram-se mais assentamentos no interior do território palestino do que aqueles construídos quando foi primeiro-ministro o sr. Netanyahu. Quer dizer, o mesmo sr. Barak, que supostamente se propunha a fazer a paz, instalava cada vez mais assentamentos no interior dos territórios ocupados.
E aqui há um ponto que é necessário reconhecer: os assentamentos precisam do exército para se defender. Mas o exército precisa dos assentamentos para estar instalado ali. E desta lógica, que é uma lógica absolutamente infernal, não se consegue sair, porque efetivamente a paz que querem os governos de Israel não é uma paz justa, não é uma paz que reconheça efetivamente os direitos dos palestinos de ter um Estado, de ter uma identidade própria, uma vida que seja sua. Os palestinos são desprezados pela população de Israel, e isso não é demagogia, é a mais pura das verdades, e quem quiser confirmá-la que venha aqui.

BBC — O senhor falou sobre como a comunidade internacional vê esse conflito. O senhor não acredita que, principalmente depois de atos de extrema violência como o atentado de ontem (quarta-feira, em que 20 israelenses foram mortos numa explosão) fica mais difícil ainda para a comunidade palestina divulgar a sua luta, as suas reivindicações à comunidade internacional?
Saramago — Em primeiro lugar, eu não estou nem a justificar nem a defender este ato.
Todos os atos de violência praticados pelos palestinos são obstáculos à paz. Mas os atos de violência praticados pelo exército israelense não são obstáculos à paz... Aldeias arrasadas, milhares de mortos, gente expulsa em 1948... Fala-se do
Holocausto judeu, mas também houve uma espécie de Holocausto palestino. Um milhão de pessoas foram deslocadas de suas casas em 1948.
Ainda ontem estivemos em Gaza, e 150 casas foram destruídas por tanques e escavadeiras. Aqui se castiga uma ação de violência praticada por um palestino com a destruição da casa, ou de casas, ou de uma aldeia. Então os atos de violência dos israelenses não são obstáculos à paz?

BBC — Nessa situação, que perspectivas o senhor vê para esse conflito? O senhor tem algum otimismo em relação ao plano de paz saudita, ou às atuais negociações?
Saramago — Eu não tenho nenhum otimismo, porque efetivamente o governo de Israel não quer a paz. Quer uma paz que lhe convenha, não uma paz justa que levasse em conta o direito do povo palestino de ter a sua própria vida. Sou completamente cético em relação ao êxito de qualquer plano.
E, recentemente, numa proposta dos Estados Unidos nas Nações Unidas, foi reconhecido que o povo palestino tem direito a viver no seu próprio Estado. Mas como se organiza esse Estado, se os assentamentos israelenses nos territórios ocupados são 205, e todos eles protegidos pelo exército e eles próprios armados? Como se quer falar num plano de paz que ignore essa realidade?

BBC — Devido às suas mais recentes declarações, tem havido em Israel um boicote aos seus livros. Como o senhor vê esse tipo de reação?
Saramago — Isso é natural. Acho que, no fundo, são reações de pessoas que não agüentam que se lhes diga a verdade. Retirar os meus livros das livrarias é, talvez, um primeiro passo, que pode levar a um segundo passo, que é queimá-los em praça pública. Tudo pode acontecer.

Palestina: a solução final e José Saramago
James Petras
historiador americano


As imagens da força militar de Israel estão sendo transmitidas ao mundo inteiro: Soldados disparando na cabeça dos feridos; tanques derrubando paredes de casas, escritórios, o complexo de Arafat. Centenas de crianças, mulheres e homens, com as cabeças encapuzadas, sendo levados a coronhadas aos campos de concentração; helicópteros providos de artilharia destruindo mercados; blindados destruindo campos de oliveiras, e pomares de laranjeiras e limoeiros. As ruas de Ramallah devastadas. Mesquitas e escolas crivadas de balaços, desenhos de crianças rasgados em pedaços, crucifixos feitos em frangalhos, paredes autografadas pelos saqueadores do exército. Milhões de palestinos rodeados por tanques: A eletricidade cortada, sem água, sem telefones, sem alimentos. As tropas de assalto arrebentam as portas, os móveis e os utensílios de cozinha, seja o que for que faça a vida possível.
Por acaso alguém pode dizer que não sabia que os israelenses estão levando a cabo o extermínio de um povo, espremido nos porões, sob as ruínas de seus lares? Que aos feridos, aos agonizantes, se lhes nega deliberadamente a atenção médica? Que não sabia das imposições sistemáticas e metódicas do Alto Comando israelense de bloquear todas as ambulâncias, de prender e até assassinar os motoristas e o pessoal de emergência médica?
Temos o duvidoso privilégio de ver e ler em tempo real como se desenrola todo esse horror promovido pelos descendentes do holocausto, aqueles que, hipócrita e rancorosamente, reivindicam o monopólio do uso da palavra que melhor descreve o ataque contra todo um povo.
O público israelense, seus meios de comunicação e jornalistas, escandalizaram-se quando o escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura os confrontou com a verdade histórica: "O que está ocorrendo na Palestina é um crime que podemos comparar com o que ocorreu em Auschwitz." A opinião pública israelense, em lugar de refletir sobre seus atos violentos, lançou-se contra Saramago por ter se atrevido a compará-los aos nazistas.
Amós Oz, escritor israelense e, de vez em quando, pacifista — até que Israel entre em guerra — acusou Saramago de ser "anti-semita" e de uma "incrível cegueira moral."

A profunda imoralidade de uma guerra contra todo um povo
é um crime contra a humanidade.
Não há exceções especiais.
São precisamente esses intelectuais israelenses, e os da diáspora, que se dizem "progressistas", aqueles que expuseram a sua própria cegueira nacional e a sua covardia moral, encobrindo suas desculpas para o terrorismo de estado israelense com os farrapos das vítimas do outro holocausto de 60 anos passados.
Basta ler a imprensa israelense para compreender a validade da analogia histórica de Saramago.
Dia após dia, líderes proeminentes e respeitáveis, eleitos pelo eleitorado judeu, "bestializam" os Palestinos, tudo para melhor justificar seus próprios excessos.
Segundo o diário israelense Maariv citado por Roberto Fiskum oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF) aconselha suas tropas a estudar as táticas adotadas pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
"Se o nosso trabalho é tomar os campos de refugiados densamente povoados na Casbah de Nablus, um oficial deve analisar as lições das guerras passadas, até mesmo analisar como o exército alemão operou no Gueto de Varsóvia."

Quando a imprensa israelense acusou Saramago de anti-semita, estariam dispostos a estender essa calúnia aos oficiais de seu exército e às suas tropas por utilizarem as mesmas analogias? Ou os oficiais israelenses vão alegar simplesmente que "estavam cumprindo ordens" ao explodir edifícios com mulheres, crianças e anciãos em seu interior?

Nos fóruns mundiais — da União Européia às Nações Unidas,
e em todo o Terceiro Mundo,
Israel está sendo condenado por atos contra a humanidade.

Os arautos e os defensores das táticas de Israel perceberam que chamar os críticos de anti-semitas já não intimida as pessoas.
A opinião pública mundial já viu e leu o bastante.
Estamos nos dando conta que as "vítimas" se transformaram em algozes.

A exemplo de qualquer Estado Policial, Israel retirou todos os livros de Saramago das livrarias e das bibliotecas.
Só falta leva-los à fogueira.

Com a mesma seriedade com que se preparou para o genocídio, Israel proibiu a entrada de todos os jornalistas nos guetos palestinos, salvo aqueles que aceitam e publicam os comunicados de imprensa do exército.

Como na Alemanha nazista, todos os homens palestinos entre 16 e 60 anos são aprisionados, muitos deles desnudados, algemados com cordéis, interrogados e muitos deles torturados. As famílias dos combatentes da resistência palestina são mantidas como reféns, sem água, alimento ou eletricidade.

Os soldados israelenses saqueiam as casas e roubam qualquer objeto de valor, destruindo os móveis. Como os nazistas, deixam morrer centenas de palestinos feridos enquanto as tropas israelenses bloqueiam todas as ambulâncias.
Centenas de milhares enfrentam a desidratação e a morte por inanição, posto que se cortou todo o suprimento de água e alimento.

Tropas israelenses, tanques e helicópteros destruíram todas as principais cidades e campos de refugiados: Tulkarem, Al Bireh, Al Jader, Beit Jala, Kalqirya, Hebron.

A descoberta de um único combatente da resistência resulta em culpa e castigo coletivos: pais, filhos, tios e vizinhos são retirados à força e levados aos campos de concentração, campos de futebol e parques infantis.

É evidente que a indignação judaica pela comparação feita por Saramago, do terrorismo israelense com Auschwitz, pôs o dedo sobre uma lembrança sensível: O desprezo por si próprios, dos executores, que se dão conta que foram bons discípulos do perseguidor nazista e que, a todo o custo, devem nega-lo.

Na mentalidade de bunker do psicopata Sharon e seus paranóicos seguidores, todos são racistas, anti-semitas, leitores entusiastas dos Protocolos dos Sábios de Sião, e tentam desmoralizar os judeus para que não levem a cabo a missão bíblica de uma Grande Israel, de um povo, de uma nação, de um Deus, e a expulsão de todos os palestinos de sua Terra Prometida.
A oferta de Sharon a Arafat — a liberdade para partir, mas sem regressar jamais — é dirigida também a todo o povo palestino.
Eles não necessitam ficar preocupados com acusações de racismo, imperialismo e judeo-nazismo, uma vez que tais acusações soam como slogans mecânicos, fora de lugar no tempo e no espaço.
Ver os judeus serem comparados a Hitler e ouvir que os sionistas estariam imitando os nazistas, praticando uma política de "genocídio", não é totalmente desagradável aos judeus e sionistas, uma vez que reforça a imagem de Hitler e dos nazistas por eles fabricada: ajuda a fixar firmemente em todas as mentes, e antes de tudo, a ilusão do "genocídio" judaico....
Robert Faurisson

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Saramago frases
Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.José Saramago
Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.José Saramago
Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.José Saramago
Não tenhamos pressa,mas não percamos tempo.José Saramago
Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.José Saramago
Cada dia traz sua alegria e sua pena, e também sua lição proveitosaJosé Saramago
Sempre chega a hora em que descobrimos que sabíamos muito mais do que antes julgávamos.José Saramago
Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo.José Saramago
Quem acredita levianamente tem um coração leviano.José Saramago
"A única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada."José Saramago

Biografia
José Saramago
nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.
No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.

Adeus a Saramago
O Mopat (Movimento Palestina para Tod@s) lamenta a morte hoje pela manhã (18 de junho) do escritor português José Saramago, aos 87 anos. Vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1998 e autor de inúmeros livros, era crítico feroz das políticas segregacionistas do Governo israelense.
Em visita à Palestina integrando a delegação do Parlamento Internacional de Escritores, em 24 de março de 2002, explicitou sua indignação pelo que viu em declarações que lhe tornaram persona non grata no Estado sionista e fizeram, inclusive, com que obras suas fossem retiradas das livrarias locais.

Abaixo, a reprodução de um texto de sua autoria, a melhor maneira de homenagear esse cidadão do mundo, que se recusou a se calar diante da injustiça:

Gaza
Por José Saramago
A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelita, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registadas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho. Desde o dia 9 de Dezembro os camiões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a cobardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente actualizado.
Texto publicado em 22 de dezembro de 2008,
arquivado em O Caderno de Saramago
http://www.palestinalivre.org/node/2105

Relato para niños (y adultos) escrito y narrado por José Saramago.
Un corto colmado de símbolos y enigmas, destinado a una infancia que crece en un mundo quebrado por el individualismo, la desesperanza y la falta de ideales.
Cortometraje de animación intervalométrica combinada con dos dimensiones.

Dirección: / Juan Pablo Etcheverry
Guionista: / Juan Pablo Etcheverry
(adaptada de "A maior flor do mundo" de José Saramago)
Ilustración: / Diego Mallo
Produción: / Chelo Loureiro

(Vídeo extraído de elpais.com)

Transcrição interativa
1:21porque as crianças, desde pequenas,
1:23sabem poucas palavras e não as querem muito complicadas.
1:32Gostaria de saber escrever estes contos
1:35nunca fui capaz de aprender e isso me dá muita pena.
1:50Porque, além de saber dizer as palavras, é necessário ter habilidade
1:55para contar de uma maneira muito clara,
1:57bem explicada e com muita paciência.
2:00Me falta, pelo menos, a paciência que nunca tive por dom.
2:06Se eu tivesse essas qualidades,
2:08poderia contar com todo o detalhe
2:11uma história preciosa que um dia inventei...
7:31Este é o conto que queria contar.
7:35Sinto não poder narrar contos infantis,
7:39mas pelo menos, já sabem como seria a história
7:44e podem explicar de outra maneira
7:46com palavras mais simples que as minhas.
7:48E, que talvez mais adiante
7:50é que saberei escrever histórias para crianças.
7:55Quem me diz que um dia não escutarei outra vez esta história,
7:59escrita por você, mas de uma forma muito mais bonita.
8:26E se os contos infantis forem de leitura obrigatórias para adultos?
8:32Seríamos realmente capazes de aprender
8:35o que, desde há muito tempo vimos ensinando?
8:39José Saramago
9:03(tradução por ganika2007 - Correcções filip.tc@gmail.com)

terça-feira, 15 de junho de 2010

PARABÉNS BRASIL! PARABÉNS CORÉIA DO NORTE!



O Centro de Convenções de Cidade do Cabo foi o cenário do sorteio dos grupos para a Copa do Mundo de 2010.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, protagonizou o evento, acompanhado pela presença da apresentadora Carol Manana, e do ex-presidente Nelson Mandela.
Depois das boas-vindas, a Copa do Mundo está no centro das atenções, até a decisão que revelará o novo campeão do mundo em 11 de julho.
Charlize Theron, foi a responsável pela apresentação do sorteio.
Um breve exame da história dos Mundiais e da apresentação do mascote da Copa do Mundo, o leão Zakumi, animaram os momentos que antecederam o sorteio.
A seleção brasileira, que figura no grupo G, disputará seu primeiro jogo no mundial contra a Coréia do Norte, no dia 15 de Junho de 2010.
A composição geral do grupo G, ficou estabelecida da seguinte maneira:
Quadro G- Equipes:

Brasil, Coréia do Norte, Costa do Marfim, Portugal


Jogos:

Costa do Marfim x Portugal- 15/06
Brasil x Coréia do Norte- 15/06 - Resultado: Brasil 2 e Coréia 1
Brasil x Costa do Marfim - 20/06
Portugal x Coréia do Norte - 21/06
Portugal X Brasil - 25/06 -
Coréia do Norte - Costa do Marfim - 25/06

BRASIL ESTRÉIA NA COPA COM A CORÉIA DO NORTE









Kaká e Robinho, esperanças do Brasil na Copa (AP)

Coreia do Norte volta à Copa do Mundo depois de 44 anos


Adversário é incógnita

Curiosidades:
A Coreia do Norte tem só uma Copa do Mundo no currículo, mas pode se gabar de ter terminado à frente do Brasil: em 1966, na Inglaterra, o time de Pyongyang ficou em 8º lugar, contra o 11º dos brasileiros
.
Saiba mais


FICHA TÉCNICA

BRASIL X COREIA DO NORTE

Local: Estádio Ellis Park, em Joanesburgo (África do Sul)
Data: 15 de junho de 2010, terça-feira
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (Hungria)

Assistentes: Gabor Eros e Tibor Vamos (Ambos da Hungria)

BRASIL

Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano
Técnico: Dunga

COREIA DO NORTE
Myong-Guk; Jun-Il, Nam-Chol, Song-Chol e Kwang-Chon; Chol-Jin, In-Guk, Young-Hak e Nam-Chol; Yong-Jo; Tae-Se
Técnico: Kim Jong-H
http://www.abril.com.br/blog/copa-do-mundo-2010/2010/06/brasil-estreia-na-copa-com-coreia-do-norte-para-voltar-a-convencer/

Coreia do Norte fecha acordo para transmitir Copa
A televisão norte-coreana obteve legalmente os direitos para transmitir os jogos da Copa do Mundo, em um acordo fechado pela União de Redes da Ásia e do Pacífico, sediada na Malásia, representando emissoras de cinco países.
A informação foi confirmada pela entidade nesta terça-feira, dia em que a Coreia do Norte estreia na Copa do Mundo contra o Brasil, às 15h30.
A Coreia do Norte informou que firmou um acordo com a União de Redes da Ásia e do Pacífico, que enviará vídeos dos jogos ao país asiático.
A união - uma organização sem fins lucrativos, que reúne emissoras de 58 países para facilitar a troca de programas noticiosos e de entretenimento - confirmou o fato nesta terça-feira, mas não revelou os termos do contrato.
Segundo a entidade, o acordo foi fechado pouco antes da abertura da Copa do Mundo e inclui também emissoras de Timor Leste, Quirguistão, Laos e Usbequistão.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

VIDEO SÁTIRA DE ISRAEL ZOMBANDO GAZA E RESPOSTA DO HAMAS

O Coral da Flotilha apresenta: We Con the World - legendas em pt-br



http://www.youtube.com/watch?v=ZvJ-8d9X9JA

Observem abaixo a letra da canção feita, satirizando os ATIVISTAS da flotilha de AJUDA HUMANITÁRIA a Gaza que foi brutalmente atacada pelas Forças de Israel, em ÁGUAS INTERNACIONAIS.

Nos Enganamos O Mundo!
Cancao Turca tema da "Ajuda a Gaza"
Com Capitao Punhalada e seus amigos

Chega o momento
Quando eh necessario que nos facamos um show
Para o mundo,
a Web e a CNN
Pessoas nao tem morrido
Entao o melhor que podemos fazer
Eh criar
o maior engodo de todos
Nos temos que seguir
fingindo dia a dia
Que em Gaza,
tem uma crise, fome e praga
Porque os bilhoes de dolares de ajuda
Não conseguem comprar suas necessidades básicas
Como algum queijo
E misseis para as crianças
Nos faremos o mundo
Abandonar a razao
Nos faremos todos eles acreditarem que o Hamas
Eh a Madre Tereza
Nos somos viajantes pacifistas
Com armas e nossas proprias facas
A verdade nunca encontrara o caminho para chegar
Na sua TV
Ohhhh, nos vamos apunhala-los no coracao
Eles sao soldados ninguem liga
Nos somos poucos,
E tiramos algumas fotos com os "pombinhas"
Como Alah nos mostrou,
Ninguem exige os fatos
Por isso nos sempre vamos ganhar
A queda de braço
Nos faremos o mundo
Abandonar a razao
Nos faremos todos eles acreditarem que o Hamas
Eh a Madre Tereza
Nos somos viajantes pacificos
Nos estamos portando nossas proprias facas
A verdade nunca encontrara o caminho para chegar
Na sua TV
Se o isla e o terror
Te deixam bem humorado
Mas voce se preocupa que
Nao vai pegar tao bem
Bem bem bem voce nao percebeu
Voce so tem que se intitular

Um ativista
Pela paz e ajuda humanitaria

Nos faremos o mundo
Abandonar a razao
Nos faremos todos eles acreditarem que o Hamas
Eh a Madre Tereza
Nos somos viajantes pacificos
Nos estamos portando nossas proprias facas
A verdade nunca encontrara o caminho para chegar
Na sua TV
Nos enganamos o mundo
Yalla, quero ouvir voces!
Nos enganamos as pessoas
Nos faremos todos acreditarem que
O exercito de Israel é Jack o Estripador
Nos somos viajantes pacifistas
Nos estamos portando nossas proprias facas
A verdade nunca encontrara o caminho para chegar
Na sua TV
Itbach el Yahud! (Vamos trucidar os judeus!)
Nos enganamos o mundo (Bruce: Nos enganamos o mundo...)
Nos enganamos as pessoas (Bruce: nos enganamos as pessoas...)
Nos faremos todos acreditarem que
O exercito de Israel eh Jack o Estripador
Todos juntos agora!
Nos somos viajantes pacifistas
Nos estamos portando nossas proprias facas
A verdade nunca encontrará o caminho para chegar
Na sua TV
Nos enganamos o mundo
Nos enganamos as pessoas
Nos faremos todos acreditarem que
O exercito de Israel eh Jack o Estripador
Nos somos viajantes pacifistas
Nos estamos portando nossas proprias facas
A verdade nunca encontrara o caminho para chegar
Na sua TV

tradução: Daniel Barenbein - De Olho Na Midia

Legendagem em portugues: Shimon Zlot
http://www.youtube.com/watch?v=B4i-qf4BnPs

We Con the World by Hamas - RESPONSE TO ISRAELI SPOOF MUSIC VIDEO MOCKING GAZA FLOTILLA MASSACRE - Resposta do Hamas ao vídeo israeli - paródia da música zombando de Gaza
originaltonys