Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

domingo, 11 de agosto de 2019

DELACÕES QUESTIONÁVEIS CONTRA O EX-PRESIDENTE LULA

Delações para incriminar Lula podem não ter validade, avalia juíza 09/08/2019   Por REDAÇÃO URBS MAGNA Doleira Nelma Kodama denunciou pressão da Lava Jato para incriminar o ex-presidente. Delação premiada é questionável, avalia Valdete Severo, da Associação Juízes para a Democracia São Paulo – No mesmo dia em que a juíza Carolina Lebbos autorizou a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um presídio comum, em Tremembé (SP), uma entrevista revelava mais um aspecto da prisão política do ex-presidente. A doleira Nelma Kodama, primeira presa na Operação Lava Jato, afirmou à Rádio Bandeirantes, na quarta-feira (7), que havia delação premiada para quem entregasse Lula. Segundo ela, a pressão nesse sentido e o desejo de liberdade teriam levado suspeitos ou condenados a mentir em depoimentos e delações. “Quando você está preso, você faz qualquer coisa. Chega a um ponto em que você fala até da sua mãe, porque a pressão é muito grande, e o sofrimento é muito grande. Nessa altura do campeonato, você acaba falando, às vezes, até o que você não tem e o que você não deve. Certamente (pessoas mentiram em depoimento), senão você não sai”, disse Nelma, lembrando que presos relatavam a pressão para citar o ex-presidente. “O Lula era o assunto. Eu não sou PT, não estou falando sobre política, e sim sobre crime. Todo crime precisa ter prova e não houve prova. Cadê o cadáver? Então, qual foi o objetivo (da prisão)?”,questionou. Nelma confirmou, ainda, existir uma delação premiada especificamente para entregar Lula, principal alvo da Lava Jato. “Havia esse tipo de conversa, claro, por parte das pessoas que queriam sair (da prisão)”. Para a juíza Valdete Souto Severo, essas delações forçadas podem ter a validade questionada. “Até porque, o próprio instituto da delação premiada é questionável. Porque se tu prende alguém e diz que se ele denunciar outros vai ter a pena diminuída, ou vai ter um acordo para que não tenho de cumprir pena por exemplo, é um estímulo a que se crie denúncias falsas”, afirma Valdete, presidenta da Associação Juízes para a Democracia (AJD). Uma delação premiada regular, segundo Valdete, só seria possível se quem delatasse tivesse algum meio de prova a  comprovar a delação.  “O que aconteceu na Operação Lava Jato, em várias circunstâncias, é que o próprio depoimento denunciando outras pessoas por supostos crimes foi utilizado como meio de prova. E aí, sem dúvida nenhuma que são questionáveis.” Conluio contra Lula Valdete Souto Severo ressalta que a denúncia da doleira Nelma Kodama vem ao encontro de tudo que já foi informado pelo The Intercept Brasil e outros veículos de imprensa. “As conversas entre Ministério Público e Poder Judiciário já deixaram mais do que comprovado – e aí sim comprovado – que pelo menos esse processo penal contra o Lula, do triplex, que restou condenação e pelo qual ele está preso, é viciado desde a origem.” A juíza reforça, ainda, que o ex-presidente já teria condição – se a condenação dele fosse regular – de progressão de regime. “E isso sequer é aventado, sequer é referido pelo juiz da execução penal no caso dele”, critica. “E o que é pior: não é nem caso de progressão do regime, é caso de nulidade absoluta do processo, porque tem vícios desde a origem, desde a competência pra julgar, até o fato de que o juiz da causa agiu em conluio com o Ministério Público para a produção de provas, enfim, para toda a operação.” A advogada Ivete Caribe da Rocha acredita que as declarações de Nelma Kodama podem ser de grande importância para a defesa de Lula. “Elas revelam que essa Operação Lava Jato foi constituída para destruir a imagem de Lula como uma das mais importantes lideranças do Brasil e construir essa perseguição e ódio que hoje se torna tão difícil a desconstrução”, afirma a integrante do Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (Caad). “É de extrema gravidade o fato de a Polícia Federal pressionar presos da Lava Jato para incriminar o ex-presidente Lula”, destaca Ivete, lembrando que Nelma Kodama fez questão de reforçar que nunca foi de esquerda, muito menos filiada ao PT. Dessa maneira, avalia a advogada, a prisão de Lula era fatal. “A retirada dele do processo eleitoral do ano passado era condição fundamental para que esses coordenadores da Lava Jato cumprissem sua tarefa. A principal era essa: a prisão de Lula e o impedimento dele para participar das eleições. E assim construir um outro projeto de entrega do patrimônio nacional. É o que nós estamos vendo hoje”, ressalta. “Essa operação Lava Jato nasceu para que se pudesse destruir toda a esquerda, em especial as lideranças, como é o caso do ex-presidente Lula, liderança importantíssima em toda a América Latina.” Condenação de Lula A base da sentença de Sergio Moro na condenação de Lula foi um depoimento do executivo da OAS Léo Pinheiro. Depois de ter isentado Lula em depoimento anterior, Pinheiro afirmou ter concedido vantagens a Lula em troca de um tríplex em Guarujá, no litoral paulista. O apartamento, no entanto, jamais foi registrado nem utilizado por Lula ou por qualquer um de seus familiares. A Lava Jato nunca conseguiu especificar qual vantagem Lula teria dado à OAS, nem encontrar provas de corrupção contra o ex-presidente. A defesa do ex-presidente, inclusive, já listou fatos e provas que atestam que o ex-executivo da OAS forjou seu depoimento prestado à Operação Lava Jato. Após ser condenado, Léo Pinheiro mudou versão apresentada para incriminar Lula. Em troca, garantiu redução de sua pena e direito de desfrutar a fortuna, como revelam os próprios procuradores, em conversas divulgadas pelo The Intercept Brasil. Outro que denuncia a indústria de delações na Lava Jato é o advogado Rodrigo Tacla Duran, que atuou como consultor da construtora Odebrecht. Arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Lula, Duran teve por cinco vezes seu depoimento negado por Moro. O advogado denunciou o “cerceamento” do direito de defesa no âmbito da Lava Jato: “Amordaçar testemunhas é sinal claro de que não está se fazendo Justiça”. A prisão de Nelma Em 2014, Nelma Kodama – que atuava em parceria com o também doleiro Alberto Youssef – foi presa no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, quando tentava embarcar para a Itália com 200 mil euros. Foi condenada a 18 anos de prisão por organização criminosa, evasão de divisas e corrupção ativa. Após delação, desde 2016 cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Por ordem de um indulto natalino concedido pelo ex-presidente Michel Temer, no final de 2017, teve a pena extinta. Desde terça-feira (6), quando retirou a tornozeleira, está em liberdade. Envie isso para um(a) amigo(a)

segunda-feira, 8 de abril de 2019

O SISTEMA QUE NÃO PERDOA

https://youtu.be/97NE-LdIxXc

O SISTEMA QUE APRISIONA LULA

ATOS POR LULA LIVRE Com paródia de série da Netflix, vídeo define o ‘Sistema’ que aprisiona Lula Organizadores de atos pela liberdade do ex-presidente produzem 'trailer' similar a 'O Mecanismo', associando sua condenação a interesses do Judiciário, da mídia e de políticos corruptos por Redação RBA publicado 02/04/2019 19h08, última modificação 03/04/2019 12h28 São Paulo – “Quando o sistema se junta para tomar o poder, sobra para nós aqui embaixo”, diz a locução do vídeo divulgado hoje (2) sobre a Jornada Lula Livre, que dos dias 7 a 10 vai promover uma série de atos no Brasil e em 15 países em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, desde 7 de abril do ano passado. Lula é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro sem provas, em um processo da Operação Lava Jato marcado por pela seletividade política, por delações de empresários convenientes aos acusadores e pela condenação prévia por meio da imprensa e que serviu para tirá-lo das eleições. Na narrativa e na produção iconográfica, o vídeo faz referência à série da Netflix, O Mecanismo, do diretor José Padilha, de Tropa de Elite, que exalta a atuação da Operação Lava Jato contra Lula. Desta vez, em vez de O Mecanismo, o título é O Sistema’ em alusão aos ataques de que o país tem sido vítima, desde as eleições de 2014. E que de certa forma traduzem o sentido do termo lawfare – uso do sistema de Justiça com objetivos políticos –, com operadores vêm classificando no Brasil e no mundo os processos contra o ex-presidente. “Mídia, judiciário, banqueiros, os protegidos, uma país sem esperança, um país sem lei, sem vergonha, onde a Globo acusa, o Judiciário condena e o povo é que paga a conta”, afirma o narrador, “cortando pobres, idosos, trabalhadores, estudantes, cortam tudo, o sistema é foda”, diz, ironizando a narrativa da produção de Padilha, em meio a imagens de pobreza, ataques a direitos, políticos que protagonizaram o golpe de 2016, a prisão de Lula e a vitória de Bolsonaro. “Quem vai contra (o sistema), eles não perdoam”, afirma o narrador, mostrando imagens de Lula e também da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, assassinada por milicianos em 14 de março do ano passado. O processo contra Lula é considerado difamatório e injusto e tem provocado indignação no Brasil e no exterior. O caso está sendo analisado pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas. Além disso, enquanto setores da mídia brasileira e do Judiciário tentam destruir a imagem do ex-presidente, ele é indicado ao prêmio Nobel da Paz em função de seu legado no combate à fome e à miséria.  

A OPOSIÇÃO TEM MEDO DE LULA LIVRE

Por que têm tanto medo de Lula livre?


APRIL 07,

Faz um ano que estou preso injustamente, acusado e condenado por um crime que nunca existiu. Cada dia que passei aqui fez aumentar minha indignação, mas mantenho a fé num julgamento justo em que a verdade vai prevalecer. Posso dormir com a consciência tranquila de minha inocência. Duvido que tenham sono leve os que me condenaram numa farsa judicial.
O que mais me angustia, no entanto, é o que se passa com o Brasil e o sofrimento do nosso povo. Para me impor um juízo de exceção, romperam os limites da lei e da Constituição, fragilizando a democracia. Os direitos do povo e da cidadania vêm sendo revogados, enquanto impõem o arrocho dos salários, a precarização do emprego e a alta do custo de vida. Entregam a soberania nacional, nossas riquezas, nossas empresas e até o nosso território para satisfazer interesses estrangeiros.
Hoje está claro que a minha condenação foi parte de um movimento político a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2014. Derrotada nas urnas pela quarta vez consecutiva, a oposição escolheu o caminho do golpe para voltar ao poder, retomando o vício autoritário das classes dominantes brasileiras.
O golpe do impeachment sem crime de responsabilidade foi contra o modelo de desenvolvimento com inclusão social que o país vinha construindo desde 2003. Em 12 anos, criamos 20 milhões de empregos, tiramos 32 milhões de pessoas da miséria, multiplicamos o PIB por cinco. Abrimos a universidade para milhões de excluídos. Vencemos a fome.
Aquele modelo era e é intolerável para uma camada privilegiada e preconceituosa da sociedade. Feriu poderosos interesses econômicos fora do país. Enquanto o pré-sal despertou a cobiça das petrolíferas estrangeiras, empresas brasileiras passaram a disputar mercados com exportadores tradicionais de outros países.
O ex-presidente Lula depois de preso
O ex-presidente Lula depois de preso
O impeachment veio para trazer de volta o neoliberalismo, em versão ainda mais radical. Para tanto, sabotaram os esforços do governo Dilma para enfrentar a crise econômica e corrigir seus próprios erros. Afundaram o país num colapso fiscal e numa recessão que ainda perdura. Prometeram que bastava tirar o PT do governo que os problemas do país acabariam.
O povo logo percebeu que havia sido enganado. O desemprego aumentou, os programas sociais foram esvaziados, escolas e hospitais perderam verbas. Uma política suicida implantada pela Petrobras tornou o preço do gás de cozinha proibitivo para os pobres e levou à paralisação dos caminhoneiros. Querem acabar com a aposentadoria dos idosos e dos trabalhadores rurais.
Nas caravanas pelo país, vi nos olhos de nossa gente a esperança e o desejo de retomar aquele modelo que começou a corrigir as desigualdades e deu oportunidades a quem nunca as teve. Já no início de 2018 as pesquisas apontavam que eu venceria as eleições em primeiro turno.
Era preciso impedir minha candidatura a qualquer custo. A Lava Jato, que foi pano de fundo no golpe do impeachment, atropelou prazos e prerrogativas da defesa para me condenar antes das eleições. Haviam grampeado ilegalmente minhas conversas, os telefones de meus advogados e até a presidenta da República. Fui alvo de uma condução coercitiva ilegal, verdadeiro sequestro. Vasculharam minha casa, reviraram meu colchão, tomaram celulares e até tablets de meus netos.
Nada encontraram para me incriminar: nem conversas de bandidos, nem malas de dinheiro, nem contas no exterior. Mesmo assim fui condenado em prazo recorde, por Sergio Moro e pelo TRF-4, por “atos indeterminados” sem que achassem qualquer conexão entre o apartamento que nunca foi meu e supostos desvios da Petrobras. O Supremo negou-me um justo pedido de habeas corpus, sob pressão da mídia, do mercado e até das Forças Armadas, como confirmou recentemente Jair Bolsonaro, o maior beneficiário daquela perseguição.
Velório do neto de Lula
Velório do neto de Lula
Minha candidatura foi proibida contrariando a lei eleitoral, a jurisprudência e uma determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU para garantir os meus direitos políticos. E, mesmo assim, nosso candidato Fernando Haddad teve expressivas votações e só foi derrotado pela indústria de mentiras de Bolsonaro nas redes sociais, financiada por caixa 2 até com dinheiro estrangeiro, segundo a imprensa.
Os mais renomados juristas do Brasil e de outros países consideram absurda minha condenação e apontam a parcialidade de Sergio Moro, confirmada na prática quando aceitou ser ministro da Justiça do presidente que ele ajudou a eleger com minha condenação. Tudo o que quero é que apontem uma prova sequer contra mim.
Por que têm tanto medo de Lula livre, se já alcançaram o objetivo que era impedir minha eleição, se não há nada que sustente essa prisão? Na verdade, o que eles temem é a organização do povo que se identifica com nosso projeto de país. Temem ter de reconhecer as arbitrariedades que cometeram para eleger um presidente incapaz e que nos enche de vergonha.
Eles sabem que minha libertação é parte importante da retomada da democracia no Brasil. Mas são incapazes de conviver com o processo democrático.

 2019

sexta-feira, 5 de abril de 2019

ACORDO DA PETROBRAS COM A JUSTIÇA AMERICANA

Acordo da Petrobras com Justiça americana não contém exigência de um fundo gerido pelo MPF Acordos assinados pela estatal com o DoJ e a SEC afirmam que dinheiro de multa deve ser pago “às autoridades brasileiras”. 'Não falam no Ministério Público ou impõe condições para que o dinheiro seja enviado', mostra reportagem

 Por  Jornal GGN  - 04/04/2019

 Procurador da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dellagnol. Foto: Fernando Frazão/Agência

Brasil Jornal GGN – Os procuradores da Lava Jato de Curitiba produziram uma informação que não bate com o que foi acordado entre a Petrobras com a justiça dos Estados Unidos. É o que revela matéria de Pedro Canário para o site Conjur.

 Segundo o repórter, os procuradores enviaram um ofício ao ministro Alexandre de Moraes afirmando que criaram o “fundo patrimonial” porque no acordo da Petrobras com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) ficou estabelecido que se o valor da multa não fosse entregue ao Ministério Público Federal, ficaria com o Tesouro dos EUA. Entretanto, nos dois acordos assinados entre a estatal e a Justiça dos Estados Unidos, um com o DoJ e outro com a SEC (agência reguladora do mercado de capitais dos EUA), não existe essa previsão.

Segundo os acordos, a maior parte do dinheiro em títulos de multa deve ser pago pela Petrobras “às autoridades brasileiras”.

“Nenhum dos acordos fala no Ministério Público ou impõe condições para que o dinheiro seja enviado. Apenas estabelecem um percentual mínimo de pagamento e instituem uma multa de 50% do valor devido, em caso de desobedecimento”, pontua Canário.

O DoJ estipula o envio de 80% do valor da multa ao Brasil, e a SEC estabelece que o montante devido pela Petrobras deve ser abatido do acordo assinado com acionistas minoritários nos EUA.

Os procuradores da Lava Jato de Curitiba dizem que o acordo com os órgãos da Justiça norte-americana previam a criação do “fundo patrimonial”, que deveria ser controlado pelo MPF do Paraná. Metade do dinheiro ficaria com os procuradora e a outra metade para quem instaurou o processo contra a empresa.

Na argumentação enviada ao ministro Alexandre de Moraes os procuradores citam três motivos para serem legitimados como representantes dos interesses nacionais: (1) como “força-tarefa” competente para processar e julgar os processos relacionadas à corrupção da Petrobras; (2) o caso se trata de ofensa a direitos difusos da sociedade, e o Ministério Público representa o Brasil nessa questão; (3) porque o governo americano não saberia dos crimes da Odebrecht se não fossem as investigações deles.

Os procuradores justificam ainda que “o acordo, em si, não trata de um instrumento de cooperação internacional, pois não envolveu diretamente as autoridades norte-americanas”. Segundo eles, foram os esforços da força-tarefa da Lava Jato que garantiram o envio do dinheiro ao Brasil.

O ofício do MPF do Paraná foi encaminhado para instruir Alexandre de Moraes em relação a uma ADPF ajuizada pela Procuradoria-Geral da República enviada ao Supremo para barrar a criação do fundo.

O ministro atendeu à PGR e suspendeu a criação do fundo, porém mantendo o acordo em pé. Na interpretação de Alexandre de Moraes, não existe previsão legal para que o dinheiro pago como multa num acordo de leniência vá para um fundo controlado pelo MPF, sendo que o correto seria o dinheiro ficar no Tesouro Nacional para ressarcir quem foi lesado.

A reportagem de Pedro Canário pontua, entretanto, que “é provável que procuradores do DoJ tenham entrado em negociações com o MPF por estarem em busca de informações que só os procuradores tinham no momento”.

Ele levanta outra questão, porém, que é o fato de o DoJ ser um órgão que integra o poder executivo dos EUA, reunindo o equivalente no Brasil ao MP e ao Ministério da Justiça. O comandante do DoJ tem status equivalente a de um ministro do estado, se reportando diretamente ao presidente.

“Seria uma discussão de “suspeição institucional”, em vez de pessoal, explicou um advogado à ConJur, sob a condição de não ser identificado. O conflito de interesse, disse ele, estaria no órgão, e não em seus ocupantes, justamente porque ele está subordinado a uma pessoa que se encontrava, no momento, em situação de conflito”, conclui. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.👇🏽

Fonte:

https://jornalggn.com.br/justica/acordo-da-petrobras-com-justica-americana-nao-contem-exigencia-de-um-fundo-gerido-pelo-mpf/

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

OPÇÃO PREFERENCIAL PELA BARBÁRIE

Opção preferencial pela barbárie Ao chamar ao Brasil o exército brutal de Israel, e condecorar um criminoso de guerra, governo confirma sua submissão aos EUA e coloca país na rota do isolamento diplomático OUTRASPALAVRAS GEOPOLÍTICA & GUERRA por Berenice Bento e Sayid Marcos Tenório Publicado 28/01/2019 às 20:13 - Atualizado 28/01/2019 às 20:16 Militares israelenses prendem e humilham garoto palestino. Presidente preferiu este exército, conhecido pelas atrocidades cometidas na ocupação de país estrangeiro, à mobilização das forças armadas brasileiras em Brumadinho Por Berenice Bento e Sayid Marcos Tenório Não era por nos surpreender. Nada do que este governo tem dito e feito está fora do perfil político do ex-capitão Bolsonaro. Infelizmente, no entanto, a sensação de surpresa ainda nos afeta. Por segundos pensamos: não será uma fakenews? Não é possível que este governo esteja tão desconectado dos debates internacionais. Como é possível conceder a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grau de Grã-Cruz, a Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel? Não resta dúvida, o Decreto foi publicado no Diário Oficial da União em 17 de janeiro. Homenagear qualquer representante do Estado de Israel, um país que viola sistematicamente todas as Resoluções da ONU e Convenções Internacionais em ações criminosas contra o povo palestino, é tornar-se cúmplice. No entanto, quando o governo demonstra admiração oficial por Benjamin Netanyahu, um político que não nega a tradição genocida dos primeiros-ministros israelenses anteriores, mas a aprofunda, há neste ato um rompimento simbólico definitivo com a política exterior brasileira. Quem é o primeiro-ministro israelense? Netanyahu é acusado de receber um milhão de shekels [moeda de Israel, valor equivalente a quase 300 mil dólares] como propina, além de charutos, champanhe e joias de dois empresários, em troca de favores do governo israelense. Acusado de subornar, com dinheiro do Estado, o jornal Yedioth Ahronoth, para obter a publicação de notícias favoráveis ao seu governo. E receber propina para que Israel comprasse três submarinos da empresa alemã ThyssenKrupp, mesmo contra a posição do Ministério da Defesa de Israel, que não via utilidade desses aparelhos alemães de guerra. A marca Krupp é famosa por seus canhões e fornos utilizados nos campos de concentração nazistas, além de financiar os crimes de Hitler contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O mesmo Netanyahu que acumula todas estas acusações também ordena bombardeios contra Gaza, nos quais é praticado o extermínio em massa de civis, entre eles milhares de crianças nos anos de 2012 e 2014; o mesmo Netanyahu que autoriza a construção de assentamentos ilegais nos territórios palestinos, elevando ainda mais as tensões do conflito; o mesmo Netanyahu presidente do partido de extrema direita Likud, que prega a limpeza étnica e a destituição de qualquer direito dos palestinos a suas terras históricas. Netanyahu e Bolsonaro, em visita a sinagoga Kehilat Yaacov no Rio de Janeiro (Dez/18) | Foto: Leo Correa Mas seria esta condecoração um raio cortando o ceú azul? Passados os segundos inicias de surpresa, tivemos que admitir: há coerência do decreto com tudo que o já foi dito pelo presidente da República em relação a Israel até o momento. Vejamos: Desde sua campanha eleitoral, o ex-capitão do Exército brasileiro, declarou que, se eleito, adotaria uma nova atitude diplomática, onde romperia com o viés “ideológico” das relações brasileiras. Uma das suas atitudes seria o fechamento da Embaixada da Palestina no Brasil, conforme declarou ao jornal O Estado de S. Paulo de 07/08/2018. Segundo ele “a Palestina, não sendo um país, não tem direito a Embaixada aqui. Não pode fazer puxadinho”. Ao contrário da presidenta Dilma que “negociou com a Palestina e não com o povo de lá. Você não negocia com terrorista, então, aquela embaixada do lado do [Palácio do] Planalto, ali não é área para isso”. Por diversas vezes afirmou que uma de suas primeiras viagens oficiais seria para Israel e que iria autorizar a mudança da Embaixada brasileira para Jerusalém, seguindo o exemplo do presidente Donald Trump, de quem se declara fã. A comunidade judaica brasileira, embora com fissuras internas, apoiou a campanha para a eleição do ex-capitão e todos seus movimentos de aproximação incondicional com Israel. A visita do primeiro-ministro de Israel e criminoso de guerra, Benjamin Netanyahu, foi a “joia da coroa”, de uma posse presidencial esvaziada de líderes mundiais e marcada por um forte viés ideológico, onde vizinhos de continente foram desconvidados na véspera. Netanyahu chegou ao Rio de Janeiro no dia 27 dezembro de 2018, onde manteve a primeira reunião bilateral com o presidente eleito. A visita do infanticida ao Brasil gerou inúmeras manifestações de repúdio por meio das redes sociais. No dia 29/12, cercado por dezenas de agentes do serviço secreto israelense Mossad, Netanyahu aventurou-se num passeio pela praia do Leme, onde estava hospedado e onde ouviu gritos de “Free Palestine!” [Palestina livre!], vindos de pessoas comuns que o reconheceram. Na companhia de Bolsonaro, visitou uma sinagoga, onde o presidente eleito foi saudado efusivamente pelos presentes com gritos de “mito, mito”, gritado inclusive pelo chefão sionista. Nos encontros que mantiveram, Bolsonaro mostrou coerência ao seu interlocutor. Jurou seu amor por Israel e anunciou sua adesão ao projeto colonial sionista, cujo principal gesto seria a transferência da Embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém. Prometeu mais acordos com Israel, numa clara demonstração da sua cumplicidade com a limpeza étnica que Israel promove na Palestina desde 1947. Promessas que já havia feito durante a campanha presidencial e foi o mote que mobilizou aliados de peso, como empresários e lideranças evangélicas, que se denominam “sionistas cristãos”, inteiramente favoráveis à transferência da embaixada para Jerusalém. Os sionistas cristãos acreditam que o retorno dos judeus à Terra Santa e o estabelecimento do Estado de Israel em 1948 está de acordo com a profecia bíblica, já desmontada historicamente: não há ligações entre os judeus bíblicos e os atuais israelenses sionistas. Mas a tese continua a ser utilizada fortemente pelo movimento sionista para justificar a colonização da Palestina e a limpeza étnica de seus habitantes. “O avesso, do avesso, do avesso…” A decisão de transferência da Embaixada para Jerusalém continua em disputa nas esferas governistas. Bolsonaro confirmou-a em entrevista ao jornal Israel Hayon, em 1º de novembro. Recuou após o Egito cancelar a visita, em 6 de dezembro, do chanceler Aloysio Nunes ao país. Ele afirmou que a transferência não seria uma “questão de honra”. Outro recuo foi anunciado dias depois, quando foi divulgado que o Brasil estabeleceria não uma embaixada em Jerusalém, mas um escritório de representação. Após encontro com Bolsonaro, Netanyahu foi porta-voz de um novo recuo do presidente. Dessa vez ele declarou que a mudança não era uma questão de “se” será feita, mas “quando”. O ministro chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, em entrevista à BBC News Brasil, no dia 4 de janeiro, disse que “eles [evangélicos] vão ficar na esperança. Porque uma coisa é você dizer que tem intenção, outra coisa é você concretizar. Para sair de uma ideia para a vida real, você tem uma série de outras considerações de ordem prática”. Diversos setores estão mobilizados em torno desta questão. Conselheiros do presidente sugeriram-lhe deixar as coisas como estão. Entre eles, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, que alertou para o fato de que essa transferência traria “implicações geopolíticas importantes” e que mudar a embaixada seria “um passo arriscado”. Além das repercussões diplomáticas, vozes sensatas alertaram Bolsonaro para as consequências econômicas, uma vez que as transações comerciais com os países árabes são muito significativas, enquanto que as com Israel, insignificantes. Setores como os de produção de açúcar, carne halal de boi e de frango e milho, são cruciais para o comércio brasileiro com nações islâmicas do oriente Médio e Ásia. Segundo o ministério da Indústria e Comércio Exterior, somente em 2018 as trocas entre o Brasil e estes países somaram US$ 22,9 bilhões, com uma balança favorável ao Brasil em US$ 8,8 bilhões. Enquanto que com Israel, o fluxo de negócios rendeu apenas US$ 1,49 bilhões, apresentando um déficit de US$ 847,8 milhões! Países de maioria muçulmana compram cerca de 70% de todas as exportações brasileiras de açúcar, 46% do milho em grãos, 37% da carne de frango e 27% da carne de boi. Um potencial nada desprezível e que não seria absorvido pelos novos amigos de Bolsonaro nem no curto e nem no médio prazo. Independentemente de se o Brasil manterá embaixada ou escritório em Jerusalém, a transferência interfere diretamente na confiança e reputação do Brasil no concerto das nações e pode contribuir de forma decisiva para o isolamento do país, que ao longo nos últimos anos vinha se aliando com países latino-americanos, africanos e árabes nas votações multilaterais. Essa mudança poderá afetar a situação do Brasil em disputas comerciais em organismos como a ONU, OMC e OCDE. Além do mais, trata-se de uma medida que ignora as recomendações e decisões das Nações Unidas e afronta o direito à autodeterminação dos palestinos, que vivem há 70 anos sob ocupação ilegal e limpeza étnica. O resultado das eleições de 2018, pôs na presidência da República um político direitista com fortes laços com sionistas e fascistas, e com olhares servis para os Estados Unidos, em detrimento dos avanços obtidos nos governos anteriores, através da criação do Mercosul, do BRICS e da aproximação positiva com a África e o Oriente Médio. Não é possível, contudo, fazer política externa sem alianças. E aqui é necessário admitir: o Brasil está alinhado com o aquilo que representa a barbárie. Gostou do texto? Contribua para manter e ampliar nosso jornalismo de profundidade: OUTROSQUINHENTOS TAGS GOVERNO BOLSONARO, ISRAEL, OCUPAÇÃO DA PALESTINA, OCUPAÇÃO ISRAELENSE, PALESTINA, POLÍTICA EXTERNA SUBMISSA, SIONISMO BERENICE BENTO E SAYID MARCOS TENÓRIO Sayid Marcos Tenório é historiador, internacionalista e secretário-geral do Instituto Brasil-Palestina (IBRASPAL) Berenice Bento é professora do departamento de Sociologia da UnB LEIA TAMBÉM:

O BRASIL 🇧🇷 ESTÁ AGREDIDO POR MENTIRAS E ACUADO POR MILÍCIAS

Gleisi Hoffmann: Um país agredido por mentiras e acuado por milícias “A família Bolsonaro não consegue explicar depósitos suspeitos em contas correntes, cujas origens e destinações são duvidosas” 28/01/2019 09h35 Alessandro Dantas Sérgio Moro e Jair Bolsonaro têm muito a explicar ao país. Arautos da moralidade e ferrenhos defensores do combate ao crime e à violência, estão enredados por um governo que começa a ser a tradução linear do que se propuseram a combater. Os fatos divulgados são pródigos em evidências. A família Bolsonaro não consegue explicar depósitos suspeitos em contas correntes, cujas origens e destinações são duvidosas. Tudo leva a crer num esquema de desvios de contas salariais de funcionários laranjas e transações mal explicadas de imóveis. O resultado foi um aumento patrimonial pouco compatível com a remuneração legal do clã. Soma-se a isso o esforço de abafar as investigações e o requerimento de foro privilegiado do filho acusado. Esses fatores já seriam graves por si só. Mas vêm acompanhados da denúncia do envolvimento dos Bolsonaros com as milícias cariocas, com contratação de parentes de chefes do escritório do crime no Rio de Janeiro. Além de homenagens do parlamentar aos milicianos e manifestações formais de apoio a sua atuação. Está neste rol, um dos presos pela suspeita dos assassinatos de Marielli e Anderson. Sérgio Moro, que não encontrou nenhum depósito na conta de Lula, de Marisa ou de seus filhos, que foi Leão nas investigações e acusações contra o PT, que fez shows pirotécnicos na condução coercitiva de Lula e em prisões de filiados do PT, que impediu Lula de ser ministro e depois condenou-o à prisão pra impedi-lo de ser candidato a presidente, está um gatinho com a família Bolsonaro, a quem deve seu posto no governo. Até agora não emitiu sequer opinião sobre o que acontece. É evasivo nas respostas, faz cara de paisagem, como se nada tivesse com a situação que o rodeia. Abrandou o discurso contra a corrupção e não se colocou contra o fim da Lei de Acesso à Informação, implantada no governo petista, nem contra as tentativas do Banco Central de afrouxar as regras de controle da lavagem de dinheiro e da retirada de parentes de políticos de uma lista de monitoramento, além de limitar a investigação do COAF. Fico imaginando se isso tivesse acontecendo em um governo do PT… E o crime, como vai enfrentar? Começará pelas milícias já identificadas no Rio de Janeiro? Logo devem aparecer as de São Paulo e outras ramificações. Vai fazer coro com a exaltação de criminosos que resolvem vender serviços matando a esmo? É repugnante a situação. Agora, começa a ficar clara a real intenção de Bolsonaro para facilitar a posse de armas. Medida apoiada e defendida por Moro. Como se defender desta ação paramilitar que começa a tomar conta do Estado e caminha para a institucionalidade. É muito compreensível a decisão de Jean Willys de ir embora. Recorrer a quem?! Os dois arautos da moralidade e da segurança, que representando forças e interesses poderosos da economia e das elites brasileiras trouxeram o país a esta situação, têm o dever moral e público de falar sobre os fatos. A história é impiedosa com os que mentem e perseguem. Gleisi Hoffmann é senadora (PT-PR) e Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

EXPLICAÇÃO DO PRESIDENTE DO BNDES PAULO RABELLO DE CASTRO NA JOVEM PAN

Explicação do Presidente do BNDES, PAULO RABELLO DE CASTRO acaba com os questionamentos raivosos de MARCO ANTÔNIO VILLA... 👁 👁 👇 https://youtu.be/vKt_tMKP5L8