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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O SÉCULO DO GÁS - O GÁS DA SÍRIA E OS INTERESSES IMPERIALISTAS

O gás de Síria

A «revolução siria» é uma encenação midiática que esconde a intervenção  militar ocidental para a conquista do gás.

Quando Israel empreendeu  a extração de petróleo e gás, a partir de 2009, ficou claro que a bacia do Mediterrâneo se havia somado ao jogo e que haveria duas possibilidades: Síria seria  alvo de um ataque ou toda a região viveria em paz, pois se supõe que o século XXI seja o século da energia limpa.

De acordo com o Washington Institute for Near East Policy (WINEP, Think-Tank do AIPAC), a bacia do Mediterrâneo contém as maiores reservas de gás e é, precisamente,  na Síria onde se localizam as mais importantes. Este mesmo Instituto também emitiu a hipótese de que a batalha entre a Turquia e Chipre se  intensificará porque a Turquia não pode aceitar a perda do projecto Nabucco (apesar do contrato assinado com Moscou em Dezembro de 2011 para o transporte de grande parte do gás  de South Stream através da Turquia).

A revelação do segredo do gás sírio dá uma idéia da importância do que está realmente em jogo. Quem tenha o controle da Síria poderá controlar o Médio Oriente. E a partir da Síria, portão da Ásia, terá  em suas mãos a chave da Rússia e, também, da China, através da “Rota da Seda”, assim você poderá dominar o mundo neste século, já que é o século do gás.


É esta  a razão pela qual os signatários do acordo de Damasco, que permite que o gás iraniano passe pelo Iraque e chegue ao Mediterrâneo, criando um novo espaço geopolítico e cortando a linha vital do Projeto Nabucco, declararam na época que “A Síria é a chave da nova era”.
Imad Fawzi Shueibi:  geopolítico e filósofo. Presidente do centro de documentação e estudos estratégicos de Damasco – Síria.


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