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terça-feira, 16 de setembro de 2014

DESMASCARANDO A TESE OFICIAL DE "AUTODEFESA" DE ISRAEL

Criança em Gaza

A mentira da “auto defesa” de Israel

Breno Altman é um jornalista judeu, diretor editorial da Revista Samuel e do Opera Mundi.
No texto a seguir, Altman desmascara a tese oficial de “auto defesa” baseando-se em apenas três argumentos: desde 1967, quando começou a expandir seu território pela força, Israel é que tem sido o agressor. Assim, quem teria o direito de auto-defesa seriam os palestinos. Em segundo lugar, Netanyahu fez questão de tratar como um problema militar o caso dos três adolescentes mortos (sequer houve investigação). Por fim, não existe auto-defesa quando o alvo é a população civil, principalmente crianças.
Não existe auto-defesa de Israel. O que é existe é genocídio.
Fim imediato e incondicional do bombardeio contra o povo palestino!

Sobre o direito de Israel a se defender

Por Breno Altman

O governo de Netanyahu alega que os ataques a Gaza são legítima defesa. Como se a situação tivesse começado com lançamento de mísseis pelo Hamas.
O argumento, para início de conversa, tem um déficit original: ao menos desde 1967, quando tomou a força territórios árabes, Israel é o Estado agressor. Os palestinos, desde então, são os que possuem direito natural à auto-defesa e à rebelião, como está escrito na Carta das Nações Unidas sobre povos submetidos a situação colonial.
Segundo, os mísseis do Hamas foram uma resposta, independente do juízo que se faça dela, à maneira como o governo de Israel conduziu o caso dos três jovens israelenses cruelmente assassinados. Ao contrário de considerar um caso policial, que pressuporia investigação e julgamento conduzido pela Autoridade Palestina, dentro de um prazo razoável, Netanyahu tratou como um tema militar, lançou uma onda de prisão em massa contra palestinos e denunciou a responsabilidade do Hamas sem que houvesse provas conclusivas a esse respeito. A organização islâmica contestou com seus disparos a esmo os gritos de guerra e a repressão generalizada conduzida pelo governo de Israel.
Terceiro, não se pode considerar “direito de defesa” um massacre como o que está em curso, com mais de 1,5 mil palestinos mortos, a maioria civil, incluindo mulheres e quase trezentas crianças, além de ataques a edifícios sob controle das Nações Unidas.
Estes três argumentos são suficientes para desmascarar o suposto caráter defensivo da escalada em Gaza. O nome do que faz o governo de Israel é crime de guerra.

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