Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

terça-feira, 23 de julho de 2013

HOMENAGEM AO CANTOR E COMPOSITOR BRASILEIRO DOMINGUINHOS DE GARANHUNS


Jamais será esquecido! Só nos deixa boas recordações. Descanse em paz!


José Domingos de Morais (Garanhuns, 12 de fevereiro de 1941), conhecido como Dominguinhos, é um instrumentista, cantor e compositor brasileiro.


Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Tem em sua formação musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote, jazz etc.



Luiz Gonzaga deu o tom e Dominguinhos seguiu a melodia na sanfona. Mais do que aprender, o discípulo inovou a arte do mestre. Dominguinhos emprestou a sanfona sotaques novos e diferentes. Não abandonou o baião de seu padrinho, mas também não deixou de brincar em outras praias da música brasileira. O trabalho de Dominguinhos é mais uma prova de que pouco importa os sotaques ou origens quando trata de fazer música. No universo dos sons e dos ritmos o que conta mesmo é a sensibilidade, responsável pela emoção e o talento, capazes de transformar ideias e conceitos em obras de arte.



Esses são os ingredientes mais constantes na trajetória do pernambucano de Garanhuns, José Domingos de Morais, o Dominguinhos, tendo como pano de fundo um grande talento, eles compõem o quadro da vida de um dos importantes artistas brasileiros da atualidade.




Esta música faz parte do melhor acervo do Forró tradicional que representa a verdadeira cultura do povo nordestino.


Forró autêntico não precisa de apelação. Lute pela preservação da cultura brasileira de qualidade.











Todos os nossos heróis tem rosto, nome e sobrenome. Agora, eles cantam no céu com Dominguinhos de Garanhuns... 
Descansem e curtam em PAZ. Vocês merecem!





Dominguinhos vai ser enterrado em Recife, mas preferia Garanhuns

A ex-esposa Guadalupe Mendonça repassou para familiares que após o velório o corpo deve ser levado para o Recife

Publicação: 23/07/2013 22:47 Atualização: 23/07/2013 23:28

A cidade de sepultamento do sanfoneiro, cantor e compositor Dominguinhos ainda é incerta. O velório deve acontecer na cidade de São Paulo, onde ele morava há mais de uma década e onde estava internado no Hospital Sírio-Libanês. A ex-esposa Guadalupe Mendonça repassou para familiares que após o velório o corpo deve ser levado para o Recife. “O meu pai falava que tinha o desejo de ser enterrado na terra dele, Garanhuns”, contou o Play Mauro Moraes, primogênito do músico.

Dominguinhos faleceu nesta terça-feira, por volta das 18h, no Hospital Sírio-libanês. Ele foi hospitalizado no dia 17 de dezembro do ano passado. Após sofrer várias paradas cardíacas, ele sofreu sérios danos neurológicos. Em estado de consciência mínima, com o coma sendo considerado irreversível, Dominguinhos sofreu várias infecções e problemas cardíacos. Com isso, ia e volta da UTI.

A última ida a UTI foi na segunda-feira passada. Ele voltou para o tratamento intensivo apenas dois dias depois de ter saído, já livre por conta de uma arritmia e uma infecção urinária. Na segunda-feira, os médicos detectaram uma infecção sanguínea. Dominguinhos não voltou mais.



Dominguinhos e Luiz Gonzaga

Dominguinhos sempre fez questão de se mostrar grato ao Rei do Baião. “Fui muito ajudado… Sabe uma coisa em que hoje em dia eu penso? O que deu certo na minha vida foi que nem Gonzaguinha tinha ciúme, nem Joquinha, nem Rosinha… a família do Gonzaga toda se tornou amiga”, contou Dominguinhos em entrevista ao Diario no dia 13 de dezembro de 2011.

Entre os conselhos do rei do Baião, o que provavelmente mudou a rota da carreira artística de Dominguinhos foi o de cantar. “Ele foi um dos maiores sanfoneiros do mundo. Mas ele disse que só venceu quando cantou. Enquanto ele foi um grande solista de valsa, choro, tango, não conseguiu muita coisa. Mas quando começou a cantar e gravar, tudo mudou. E esse conselho ele me dava também. Por conta desses conselhos, comecei a cantar”, disse.

Família

Dominguinhos se casou por duas vezes e teve três filhos. Madalena e Mauro, do primeiro casamento, e Liv Moraes, da união com a cantora Guadalupe Mendonça, que foi a única que seguiu os passos do pai. A filha mais velha morreu aos 49 anos, deixando dois filhos. Mauro, técnico de som, deu a Dominguinhos quatro netos e Liv Moraes, um.

Há mais de 30 anos o sanfoneiro fazia suas turnês viajando de carro. Tinha medo de avião. “Já tomei remédio, mas não adiantou. Fui até no médico, mas essa coisa de mexer com a cabeça é muito complicada”, contou o músico, que também tinha medo do mar e de florestas. “É um medo que se confunde com respeito”, ponderou.

Desde 2007 as sessões de quimioterapia era feitas a cada 20 dias, nas cidades por onde o músico passava para fazer shows. “Não sei como fui ter isso. Nunca fumei. Mas são coisas que acontecem e a gente não explica”, disse.


Pernambuco decreta luto de três dias em memória de Dominguinhos

Governador Eduardo Campos e prefeito Geraldo Julio lamentaram perda através de comunicados à imprensa




Publicação: 23/07/2013 22:53 Atualização: 23/07/2013 23:27



O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decretou luto de três dias no estado devido ao falecimento do cantor e compositor Dominguinhos, nesta terça-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.


"Dominguinhos expressou como ninguém a alma nordestina. Suas canções e sua criatividade genial constituem para sempre partefundamental da cultura brasileira. Em nome do povo de Pernambuco, do meupróprio e da minha família,

quero manifestar o meu pesar e a minhasoldariedade à família e aos amigos deste grande brasileiro", afirmou, por meio de nota à imprensa.


O prefeito do Recife, Geraldo Julio, também lamentou a morte. "O Nordeste vai dormir mais triste hoje sem a sanfona de Dominguinhos. Um dos maiores representantes do nosso talento e da nossa capacidade de lutar. Em nome do povo do Recife, cidade que Dominguinhos declarou ser apaixonado em forma de música, quero lamentar sua passagem e oferecer nossa solidariedade aos familiares e amigos", disse, por meio da assessoria de comunicação.


O prefeito de São Paulo, onde Dominguinhos faleceu, prestou homenagem pelo Twitter. "Meus sentimentos aos familiares e amigos do Dominguinhos, que faleceu aos 72 anos no início desta noite em São Paulo". "O cantor e compositor pernambucano foi embaixador da cultura nordestina em nosso Estado, divulgando o forró e o baião nos palcos paulistas".


Vida do músico Dominguinhos virou documentário nos últimos anosTrês produções surgiram desde o ano de 2008

Publicação: 23/07/2013 21:32 Atualização:


O cantor Dominguinhos, falecido na noite desta terça-feira, foi tema de ao menos três documentários nos últimos cinco anos. Em 2008, o filme O Milagre de Santa Luzia, de Sérgio Roizenblit, faz uma viagem do Exu a diferentes toques da sanfona do país. O condutor da peregrinação é Dominguinhos, que compartilha histórias e músicas e faz entrevistas com representantes do instrumento, como Arlindo dos Oito Baixos, Camarão, Genaro, Renato Borghetti e Sivuca - última entrevista dada por ele, antes de falecer em 2006. Elogiado pela crítica, o documentário venceu o prêmio 41º Melhor Trilha Sonora do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Confira trecho aqui:





Dirigido por Maurício Machado, o documentário Dominguinhos canta e conta Gonzaga é um testemunho biográfico sobre a relação entre os dois artistas. O cantor relata os primeiros encontros e rememora os conselhos dados pelo “padrinho” para torná-lo consagrado, inclusive a mudança do apelido “Neném ou Nenê” para Dominguinhos. Além deles, o diretor Felipe Briso, acompanhado pela cantora Mariana Aydar, o pianista Eduardo Nazarian e o multi-instrumentista Duani, finaliza o documentário Dominguinhos, volta e meia, cuja proposta é mostrar a universalidade do artista a partir do regionalismo.


Em maio deste ano, o produtor Fábio Cabral de Melo, ou Fábio Passadisco, contribuiu para o legado do artista, idealizando o box Pernambuco Forrozando para o mundo - Viva Dominguinhos, composto por três CDs, canções inéditas e antigas e participações de quase 50 artistas.

Tantas palavras

Tantas palavras que eu conhecia
Só por ouvir falar, falar
Tantas pala.....vras que ela gostava
E repetia só por gostar
Não tinham tradução, mas combinavam bem
Toda sessão ela virava uma atriz
"Give me a kiss, darling","Play it again"
Trocamos confissões, sons
No cinema, dublando as paixões
Movendo as bocas com palavras ocas ou fora de si
Minha boca sem que eu compreendesse
Falou c'est fini, c'est fini
Tantas palavras que eu conhecia
E já não falo mais, jamais
Quantas pala.....vras que ela adorava
Saíram de cartaz
Nós aprendemos palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas, nossas palavras
Quem falou não está mais aqui

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