Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

AL QAEDA e OTAN JUNTAS EM TRIPOLI NA LÍBIA

Como a al-Qaeda chegou ao poder em Trípoli

Por: Pepe Escobar, Asia Times Online

30/8/2011



O nome do homem é Abdelhakim Belhaj. Alguns o conhecem no Oriente Médio, mas poucos no Ocidente algum dia ouviram seu nome.


Vamos por partes. Porque a história de como um comandante da al-Qaeda acabou por converter-se no principal comandante militar líbio na cidade de Trípoli ainda em guerra, põe por terra – mais uma vez – a selva de espelhos que se conhece como “guerra ao terror”, além de abalar profundamente toda a propaganda de uma “intervenção humanitária” tão cuidadosamente inventada para encobrir a intervenção militar, pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), na Líbia.

A fortaleza de Bab-al-Aziziyah, onde vivia Muammar Gaddafi foi invadida e conquistada, semana passada, quase exclusivamente por homens de Belhaj – que constituíam a linha de frente de uma milícia de berberes das montanhas do sudoeste de Trípoli. Essa milícia é a chamada hoje “Brigada de Trípoli”, que recebeu treinamento secreto, durante dois meses, de Forças Especiais dos EUA. Ao longo de seis meses de guerra civil/tribal, essa seria a milícia mais efetiva dos ‘rebeldes’.

Na 3ª-feira passada, Belhaj vangloriava-se de como havia vencido, com as forças de Gaddafi escapando “como ratos” (a mesma metáfora que Gaddafi usou, referindo-se aos ‘rebeldes’).

Abdelhakim Belhaj, também conhecido como Abu Abdallah al-Sadek, é jihadista líbio. Nascido em maio de 1966, aperfeiçoou seus saberes com os mujahideen da Jihad antissoviética dos anos 1980s no Afeganistão.

É fundador do Grupo de Combate Islâmico Líbio [ing. Libyan Islamic Fighting Group (LIFG)] do qual é o principal comandante – com Khaled Chrif e Sami Saadi como assessores e representantes. Depois que os Talibã assumiram o poder em Kabul em 1996, o LIFG criaram dois campos de treinamento no Afeganistão; um deles, 30 km ao norte de Kabul – comandado por Abu Yahya – exclusivo para jihadistas ligados à al-Qaeda.

Depois do 11/9, Belhaj mudou-se para o Paquistão e para o Iraque, onde esteve em contato com ninguém menos que o ultra linha-dura Abu Musab al-Zarqawi – tudo isso antes que a al-Qaeda no Iraque se declarasse a serviço de Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri e super ultra turbinasse suas práticas nefandas.

No Iraque, os líbios formavam o maior contingente de jihadistas sunitas estrangeiros, perdendo só para os sauditas. Além disso, os jihadistas líbios sempre foram superstars no mais alto escalão da Al-Qaeda “histórica” – de Abu Faraj al-Libi (comandante militar até ser preso em 2005, e hoje um dos 16 detentos “de mais alto valor” no centro de detenção dos EUA em Guantánamo), a Abu al-Laith al-Libi (outro alto comandante militar, morto no Paquistão no início de 2008).

Uma “entrega (muito) especial”[1]

O Grupo de Combate Islâmico Líbio [ing. Libyan Islamic Fighting Group (LIFG)] está nos radares da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA desde o 11/9. Em 2003, Belhaj foi afinal preso na Malásia – e transferido pela via das “entregas especiais”, para uma prisão secreta em Bangkok onde foi devidamente torturado.

Em 2004, os norte-americanos decidiram mandá-lo, como presente, para a inteligência da Líbiaaté que foi libertado pelo governo Gaddafi, em março de 2010, com outros 211 “terroristas”, em golpe de propaganda divulgado com muito alarde.

O orquestrador de tudo isso foi ninguém menos que Saif Islam al-Gaddafi – a face modernizadora à moda da London School of Economics do regime. Os comandantes do Grupo de Combate Islâmico Líbio [ing. Libyan Islamic Fighting Group (LIFG)]Belhaj e seus dois assessores Chrif e Saadi – divulgaram uma confissão de 417 páginas, chamada “Estudos Corretivos”, na qual declararam o fim da Jihad contra Gaddafi (também a declararam ilegal). Em seguida, foram postos em liberdade.

Relato fascinante de todo esse processo pode ser encontrado num relatório intitulado “Combatendo o Terrorismo na Líbia com Diálogo e Reintegração” [orig. Combating Terrorism in Libya through Dialogue and Reintegration (1)]. Observe-se que os autores “especialistas” em terrorismo sediados em Cingapura, e que o regime cevava com vinhos e jantares, manifestam “o mais profundo agradecimento a Saif al-Islam Gaddafi e à fundação Gaddafi International Charity and Development, que tornaram possível essa visita”.

Interessa observar que isso durou até 2007, quando o número 2 da al-Qaeda, Zawahiri, anunciou oficialmente a fusão do Grupo de Combate Islâmico Líbio [ing. Libyan Islamic Fighting Group (LIFG)] com a al-Qaeda no Mahgreb Islâmico [ing. Al-Qaeda in the Islamic Mahgreb (AQIM)]. Desde então, para todas as finalidades práticas, LIFG/AQIM passaram a ser um e o mesmo grupo, do qual Belhaj era/é o principal comandante e emir.

Em 2007, o Grupo de Combate Islâmico Líbio [ing. Libyan Islamic Fighting Group (LIFG)] estava convocando uma Jihad contra Gaddafi, mas também contra os EUA e sortido grupo de “infiéis” ocidentais.

Rode a fita adiante, até fevereiro passado. É quando, afinal livre da prisão, Belhaj resolveu voltar ao modo Jihad e alinhar seus soldados com o ‘levante’ de ‘rebeldes’ que começava a ser plantado na Cirenaica.

Todas as agências de inteligência nos EUA, Europa e em todo o mundo árabe sabem de onde brotou Belhaj. Mesmo que não soubessem, o próprio Belhaj já disse na Líbia que o único interesse, seu e de suas milícias, é implantar a lei da sharia.

Não há, nem parecido, nisso tudo, qualquer processo “pró-democracia” – nem que se tente a mais complexa ginástica imaginativa. Mas, ao mesmo tempo, força de tal importância não seria apeado da guerra da OTAN só porque não gosta muito de “infiéis”.

O assassinato no final de julho, do comandante dos ‘rebeldes’ general Abdel Fattah Younis foi morto pelos próprios ‘rebeldes’ – parece apontar diretamente para Belhaj ou, no mínimo, para gente próxima dele.

É importante saber que Younis – antes de desertar do governo Gaddafi – foi responsável, no governo Líbio, pelo combate feroz que as forças especiais líbias moveram contra o Grupo de Combate Islâmico Líbio [ing. Libyan Islamic Fighting Group (LIFG) na Cirenaica, de 1990 a 1995.

O Conselho Nacional de Transição, segundo um de seus membros, Ali Tarhouni, teria deixado ‘vazar’ que Younis foi morto por uma nebulosa brigada, de nome Obaida ibn Jarrah (um dos companheiros do Profeta Maomé). Agora, a tal brigada parece ter-se dissolvido no ar.

Cale o bico, ou arranco sua cabeça

Não pode ser acaso, que todos os principais comandantes militares ‘rebeldes’ sejam membros do Grupo de Combate Islâmico Líbio [ing. Libyan Islamic Fighting Group (LIFG), de Belhaj em Trípoli, a um Ismael as-Salabi em Benghazi e certo Abdelhakim al-Assadi em Derna, para nem mencionar figura importantíssima, Ali Salabi, com assento no núcleo do Conselho Nacional de Transição. Saladi foi quem negociou com Saif al-Islam Gaddafi o “fim” da Jihad do Grupo de Combate Islâmico Líbio contra o regime Gaddafi, com o que garantiu para si futuro brilhantíssimo entre esses ressuscitados “combatentes da liberdade”.

Ninguém precisará de bola de cristal para antever consequências. O grupo unificado LIFG/AQIM – já tendo alcançado poder militar e assentado entre os “vencedores” – nem remotamente desistirá do poder, só para satisfazer os anseios da OTAN.

Simultaneamente, entre a névoa da guerra, ainda não se sabe se Gaddafi planeja atrair a Brigada de Trípoli para um cenário de guerrilha urbana; ou se arrastará atrás de si as milícias ‘rebeldes’, atraindo-as para o coração dos territórios da tribo Warfallah.

A esposa de Gaddafi é da tribo Warfallah, a maior da Líbia, com mais de 1 milhão de almas e 54 subtribos. Diz-se pelos corredores em Bruxelas, que a OTAN prevê que Gaddafi lutará durante meses, se não anos; daí o prêmio (“Procurado vivo ou morto”) à moda texana de George W Bush, pela cabeça de Gaddafi; e a volta desesperada da OTAN ao plano A (o golpe militar para derrubar Gaddafi).

É possível que a Líbia enfrente hoje o duplo espectro de uma Hidra guerrilheira de duas cabeças: forças de Gaddafi contra um governo central fraco do Conselho Nacional de Transição e tropas da OTAN em terra na Líbia; e a nuvem de Jihadistas do conglomerado LIFG/AQIM em Jihad contra a OTAN (se forem afastados do poder).

É possível que Gaddafi não passe de relíquia ditatorial do passado. Mas ninguém monopoliza o poder por 40 anos por nada e sem que seus serviços de inteligência nada descubram de aproveitável.

Desde o primeiro dia, Gaddafi disse e repetiu que o ataque contra a Líbia era operação da al-Qaeda e/ou operação local com financiamento estrangeiro. Esteve certo, portanto, desde o primeiro dia – embora tenha esquecido de dizer que, sobretudo, sempre foi guerra inventada pelo neonapoleônico presidente Nicolas Sarkozy, da França (mas essa já é outra história).

Gaddafi também disse que seria o prelúdio da ocupação estrangeira, cuja meta é privatizar e roubar os recursos naturais da Líbia. Parece que acertou – também nisso.

Os “especialistas” de Cingapura que elogiaram a decisão do regime de Gaddafi de libertar os Jihadistas do Grupo de Combate Islâmico Líbio disseram que seria “estratégia necessária para mitigar a ameaça que pesa contra a Líbia”. Hoje, o que se vê é que o conjunto LIFG/AQIM – quer dizer, a al-Qaeda – conseguiu posicionar-se para exercer suas opções como “força política (líbia) local”.

Dez anos depois do 11/9, não é difícil imaginar que, no fundo do Mar da Arábia, há um crânio decomposto que, esse sim, está rindo por último. E lá ficará. Rindo.

Nota

1. Documento na íntegra, em PVTR.org (em inglês).

[1] Orig. extraordinary rendition. Em inglês, essa expressão designa o processo ilegal, mas usado frequentemente durante o governo Bush, nos primeiros movimentos da “guerra ao terror” pelo qual prisioneiros presos num país são entregues a outro, para serem interrogados [NTs, com informações de Wikipedia].

Capitalismo de desastre: abutres sobre a Líbia


Pepe Escobar, Asia Times Online

25/8/2011

Pensem na nova Líbia como último espetacular capítulo da série “Capitalismo de Desastre”. Em vez de armas de destruição em massa, tivemos a R2P (“responsabilidade de proteger”). Em vez de neoconservadores, imperialistas humanitários.

Mas o alvo é sempre o mesmo: mudança de regime. E o projeto é o mesmo: desmantelar e privatizar uma nação que não se integrou ao turbo-capitalismo; abrir mais uma (lucrativa) terra de oportunidades para o neoliberalismo super turbinado. E a coisa vem em boa hora, porque acontece em momento já próximo de plena recessão global.

Demorará um pouco. O petróleo líbio não voltará ao mercado antes de 18 meses. Mas há o negócio da reconstrução de tudo que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) bombardeou (sim, sim, nem tudo que o Pentágono bombardeou em 2003 foi reconstruído no Iraque…)

Seja como for – do petróleo à reconstrução – brotam oportunidades para negócios sumarentos. O neonapoleônico Nicolas Sarkozy da França e o britânico David das Arábias Cameron acreditam que estarão especialmente bem posicionados para lucrar com a vitória da OTAN. Mas nada garante que a nova bonança baste para arrancar da recessão as duas ex-potências coloniais (neocoloniais?).

O presidente Sarkozy em particular mamará nas oportunidades comerciais para empresas francesas o mais que possa – parte de sua ambiciosa agenda de “reposicionamento estratégico” da França no mundo árabe. Uma imprensa francesa complacente decidiu armar os ‘rebeldes’ com armamento francês, em íntima cooperação com o Qatar, incluindo uma unidade de comandos ‘rebeldes’ mandada por mar de Misrata para Trípoli sábado passado, no início da “Operação Sirene”.[1]

Bem, já se viram movimentos de abertura desses desenvolvimentos, desde quando o chefe de protocolo de Muammar Gaddafi fugiu para Paris, em outubro de 2010. Foi quando todo esse drama de mudança de regime começou a ser incubado.

Bombas em troca de petróleo

Como já observado (ver “Bem-vindos à ‘democracia’ líbia”), os abutres já voejam sobre Trípoli para devorar (e monopolizar) os despojos. E, sim – grande parte da ação tem a ver com negócios de petróleo, como disse Abdeljalil Mayouf, gerente de informações da Arabian Gulf Oil Company ‘rebelde’, em declaração nua e crua: “Não temos problemas com países ocidentais como empresas italianas, francesas e britânicas. Mas podemos ter algumas questões políticas com Rússia, China e Brasil.”

Esses três são membros crucialmente importantes do grupo BRICS das economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), países que estão crescendo, enquanto as economias atlanticistas e OTAN-bombardeantes estão afundadas em estagnação ou recessão. Os quatro principais BRICSs também se abstiveram na votação que aprovou a Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU, a mascarada daquela ‘zona aérea de exclusão’ que depois se metamorfoseou em bombardeio cerrado, pela OTAN, para forçar, de cima para baixo, uma ‘mudança de regime’. Esses países viram corretamente o que havia para ver, desde o início.

Para piorar (para eles) ainda mais as coisas, só três dias antes de o Africom (Comando Africano) do Pentágono lançar seus primeiros 150 (ou mais) Tomahawks contra a Líbia, o coronel Gaddafi deu entrevista à televisão alemã, na qual destacou que, se o país fosse atacado, todos os contratos de energia seriam transferidos para empresas russas, indiana e chinesas.

Assim sendo, os vencedores da bonança do petróleo já estão designados: membros da OTAM mais monarquias árabes. Dentre as empresas envolvidas, a British Petroleum (BP), a francesa Total e a empresa nacional de petróleo do Qatar. Do ponto de vista do Qatar – que investiu jatos de combate e soldados na linha de frente, treinou ‘rebeldes’ em táticas de combate exaustivo e já está negociando vendas de petróleo no leste da Líbia – a guerra se comprovará muito esperta decisão de investimento.

Antes da crise que já dura meses e está agora nos movimentos finais, com os ‘rebeldes’ já na capital, Trípoli, a Líbia estava produzindo 1,6 milhões de barris/dia de petróleo. Quando recomeçar a produzir, os novos senhores de Trípoli colherão alguma coisa como US$50 bilhões/ano. Estima-se que as reservas líbias cheguem a 46,4 bilhões de barris.

Melhor farão os ‘rebeldes’ da nova Líbia se não se meterem com a China. Há cinco meses, a política oficial chinesa já era exigir um cessar-fogo; tivesse acontecido, Gaddafi ainda controlaria mais da metade da Líbia. Pequim – que jamais foi fã de ‘mudança de regime’ violenta – está exercitando, por hora, a arte da moderação extrema.

Zhongliang, chefe do Ministério do Comércio, observou, otimista, que “a Líbia continuará a proteger os interesses e direitos dos investidores chineses, e esperamos manter os investimentos e a cooperação econômica”. Abundam as declarações oficiais que enfatizam a “mútua cooperação econômica”.

Semana passada, Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do sinistro Conselho Nacional de Transição, disse à rede de notícia Xinhua que serão respeitados todos os negócios e contratos firmados com o regime de Gaddafi. – Mas Pequim não quer saber de correr riscos.

A Líbia forneceu apenas 3% do petróleo que a China consumiu em 2010. Angola é fornecedor muito mais crucial. Mas a China ainda é o principal consumidor de petróleo líbio na Ásia. Além disso, a China pode ser muito útil no front da reconstrução da infraestrutura, ou na exportação de tecnologia – nada menos que 75 empresas chinesas, com 36 mil empregados já trabalhavam na Líbia antes do início da guerra civil/tribal (e foram evacuados, com eficiência e sem alarde, em menos de três dias).

Os russos – da Gazprom à Tafnet – tinham bilhões de dólares investidos em projetos na Líbia; as brasileiras Petrobras, gigante do petróleo e a empresa construtora Odebrecht também tinham interesses lá. Ainda não se sabe exatamente o que acontecerá com eles. O diretor geral do Conselho de Comércio Rússia-Líbia, Aram Shegunts, está extremamente preocupado: “Nossas empresas perderão tudo, porque a OTAN impedirá que façam negócios na Líbia.”

A Itália logo entendeu que lá teria de ficar, “com ‘rebeldes’ ou sem”. A gigante italiana ENI, parece, não será afetada, dado que o primeiro-ministro Silvio “Bunga Bunga” Berlusconi pragmaticamente abandonou seu ex-íntimo amigo Gaddafi, logo no início do bombardeio EUA-Africacom/OTAN.

Os diretores da ENI italiana estão confiantes de que o petróleo líbio recomeçará a fluir para o sul da Itália ainda antes do inverno. E o embaixador da Líbia na Itália, Hafed Gaddur, disse a Roma que os contratos da era Gaddafi serão honrados. Por via das dúvidas, Berlusconi se reunirá com o primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição, Mahmoud Jibril, na próxima quinta-feira, em Milão.

Bin Laden os salvará[2]

O ministro das Relações Exteriores da Turquia Ahmet Davutoglu – da famosa política de “zero problemas com nossos vizinhos” – também já andou elogiando os ex-‘rebeldes’ convertidos em poder de fato. Também de olhos postos na bonança de negócios da era pós-Gaddafi, Ankara – que é o flanco oriental da OTAN – terminou por ajudar a impor um bloqueio naval contra o regime de Gaddafi, cultivou atentamente o Conselho Nacional de Transição e, em julho, reconheceu-o formalmente como governo da Líbia. Business “recompensa” os ardilosos.

Chegamos afinal ao coração desse script: o que a Casa de Saud lucrará por ter sido instrumento para implantar um regime amigável na Líbia, possivelmente salpicado de salafitas notáveis; uma das razões chaves para o massacre imposto pelos sauditas – que incluiu um voto inventado na Liga Árabe – foi o ódio furioso que separou Gaddafi e o rei Abdullah, desde as primeiras escaramuças que levaram à guerra contra o Iraque em 2002.

Nunca será demasiado destacar a hipocrisia cósmica de uma monarquia/teocracia medieval absoluta ultra reacionária – que invadiu o Bahrain e reprimiu com brutalidade os xiitas locais – apoiar o que se apresenta como movimento pró-democracia no Norte da África.

Seja como for, é hora de celebrarem. Em breve, lá estará o grupo saudita Bin Laden Construtora, para reconstruir, feito doido, em toda a Líbia – é possível que transformem Bab al-Aziziyah (que foi saqueado) em hotel-shopping center de luxo monstro da Tripolitânia.



NOTAS

[1] Orig. “Operation Siren”. A operação foi lançada no sábado à noite, à “hora do Iftar”, que marca o fim do jejum religioso do Ramadan. As “sirenes”, que eram usadas pela Al-Qaeda para convocar manifestações contra o governo de Gaddafi, foram usadas dessa vez como sinal para os pequenos grupos de ‘rebeldes’ de Benghazi (para outros, seriam pequenos grupos de militantes da Al-Qaeda) que já estavam em Trípoli. Esses pequenos grupos iniciaram algumas escaramuças em terra, coordenadas com intenso bombardeio aéreo pelas forças da OTAN (cf. Thierry Meyssan, TARPLEY.net, 21/8/2011). Jornais norte-americanos falam de uma “Operation Mermaid Dawn” [operação Aurora da Sereia] contra a Líbia, acrescentando que “mermaid” [sereia] seria nome em código para “Líbia” (cf. Huffington Post, 22/8/2011). Em português (não em inglês), há algum deslizamento de significados entre “sereia”, o ser mítico, e “sirene”/”sirena”, o dispositivo que há em carros de bombeiros e ambulâncias, que emite som e, também os aparelhos que emitem alarme de incêndio em prédios. Sem algum comentário, perder-se-ia essa ambigüidade, na tradução [NTs].

[2] Orig. Bin Laden to the rescue, ‘politicamente’ muito difícil de traduzir. A solução que propomos é uma, dentre outras possíveis e pode ser melhorada. Correções e sugestões são bem-vindas. Consideramos também “Só bin Laden salva”, descartada por votos, quer dizer, menos por argumentos, que pela maioria. Traduzir é empreitada cheia de riscos inevitáveis [NTs].

http://mariafro.com.br/wordpress/2011/08/24/pepe-escobar-capitalismo-de-desastre-abutres-sobre-a-libia/comment-page-1/#comment-43056

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CADÊ AS TRIBOS LÍBIAS PARA DIZEREM NÃO À INTERVENÇÃO ESTRANGEIRA NO PAÍS?

Concordo PLENAMENTE com o Grande líder.


O Povo Líbio deve se UNIR contra a INTERVENÇÃO ESTRANGEIRA no país e expulsar REBELDES MERCENÁRIOS e TRAIDORES do POVO.


Em discurso, Kadafi convoca líbios a destruir rebeldes


Em um discurso em áudio transmitido por canais leais a ele, Kadafi convocou todas as tribos da Líbia a se juntar e expulsar do país agentes estrangeiros.

"A Líbia é para o povo líbio e não para os agentes, não para o imperialismo, não para a França, não para o Sarkozy, não para a Itália", afirmou.
"Trípoli é para vocês, não para aqueles que confiam na Otan."

Kadafi convocou as "mulheres a purificar Trípoli".

Não acreditem na mídia paga pelo imperialismo invasor.

Salve a Líbia Socialista de Kadafi!!!


Ontem foi o Iraque, hoje a Líbia, depois, os imperialistas vão querer a Venezuela, o Equador, O Paraguai, o BRASIL também.


A Síria também está sendo BOMBARDEADA!!!

Até que ponto os países mais fortes do mundo têm o direito de intervir na Líbia?

Quais os interesses por trás da intervenção?

Não à intervenção imperialista na Líbia

Paradoxo norte-americano: Enquanto os Estados Unidos querem uma intervenção militar na Líbia em apoio aos rebeldes, no Bahrein eles estão apoiando a invasão do exército saudita ao país para sufocar as revoltas que reivindicam democracia. Ainda tem gente que acredita em Papai Noel!!!

Conferência das Tribos Líbias manifesta apoio a Kadafi


A Conferência Nacional das Tribos Líbias, que se reuniu por dois dias na semana passada em Trípoli, manifestou seu apoio ao líder Muamar Kadafi, rejeitou a intervenção estrangeira e deliberou ações conjuntas para manter a independência e a unidade do país. Mais de 2000 representantes das 850 tribos do país atenderam à convocação do governo líbio, registrou a agência de notícias Xinhua.

A conferência reiterou que a Líbia é um país independente e que não é admissível qualquer intervenção estrangeira nos seus assuntos internos. Também foi aprovado que é o povo líbio quem deve determinar seu próprio sistema político, econômico e social. E ainda que os que estão em conluio com as forças externas estão condenados ao ostracismo pelas tribos.

Os representantes também conclamaram pela retomada o quanto antes da estabilidade social na Líbia, bem como a aceitação de acordos regionais ou internacionais que visem oferecer uma solução razoável para o conflito do país. Os líderes das tribos também se comprometeram em proteger os bens nacionais, incluindo aeroportos, portos, fábricas e grandes estabelecimentos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

APOIO BRASILEIRO AO GRANDE LÍDER MOAMMAR EL-GADHAFI



Brasileiros protestam contra bombardeios da OTAN e contra assassinato de crianças e vão a Líbia em apoio a plano de paz de Khadafy

Por ZÓBIA SKARTHINE


MIDIA SEM FRONTEIRAS - Após inúmeros e criminosos bombardeios perpetrados pelas forças da OTAN a serviço das companhias de petróleo da França, dos EUA e da Grã Bretanha sob o pretexto de “intervenção humanitária”, diversos movimentos de defesa dos direitos humanos e luta pela paz mundial de todos os continentes, decidiram agir depois da divulgação do Relatório da Anistia Internacional, semana passada, sobre a guerra na Líbia, onde inocentam Khadafy de qualquer acusação e mostram com fotos e depoimentos, além de documentos, que os verdadeiros criminosos de guerra além dos generais da OTAN seriam os próprios Presidentes, Barack Obama, dos EUA, Nicolas Sarkorzy, da França e o Primeiro Ministro David Cameron, do Reino Unido, que deram as ordens de assassinatos de civis e a destruição de hospitais, escolas, creches e alvos que provocassem a morte de inocentes numa tentativa de jogar a população líbia e a opinião pública mundial contra o líder líbio Muammar Khadafy, já que praticamente toda a imprensa internacional está sob controle do Pentágono e na Folha de pagamento dos serviços secreto francês, inglês e norte americano.

Diante das atrocidades cometidas pelos bombardeios da OTAN com aviões franceses e norte americanos, além do assassinato de um filho e de dois netos do líder líbio, já foram assassinadas 1.255 pessoas, todas civis, na Líbia e o que mais revoltou a opinião pública mundial foram as declarações da Secretaria de Estado Hilary Clinton que afirmou que os assassinatos seriam “mero detalhe de guerra e essas crianças seriam terroristas quando estivessem adultos”.

Uma delegação brasileira composta de nove membros, dentre eles, dois parlamentares, Deputados Brizola Neto e Protogenes Queiroz, além de dois jornalistas, Mário Jackobinsk e Juliana Castro, fotógrafos e cinegrafistas e líderes de movimentos sociais viajam neste sábado á Libia atendendo convite dos movimentos internacionais de direitos humanos e dos comitês pela paz mundial, representados no Brasil pelo MDD, Movimento Democracia Direta, pela EPP, Escola Internacional de Formação Política Poder Popular dentre outras entidades e organizações populares, com o objetivo de se incorporarem a uma comitiva de diversos outros parlamentares, jornalistas, sindicalistas e ativistas de direitos humanos de mais de cem (100) países que estão viajando a Líbia com o objetivo de verem a realidade e as mentiras que a mídia mundial, num plano arquitetado pelos serviços secretos que hoje controlam as grande redes de televisão, jornais e revistas de maior circulação no mundo, inclusive no Brasil, elaboraram, para ganharem além da guerra com armas, a guerra midiática.

Khadafy convidou todos os Prêmios Nobel da Paz e todos os ex-secretário gerais da ONU a visitarem a Líbia, conversarem livremente com o povo e fazerem o relatório que desejarem ao mundo. Mas por pressão dos EUA e da OTAN ninguém aceitou e ainda foi divulgado em Relasse elaborado nos escritórios dos serviços de inteligência que Khadafy teria proibido a entrada dos mesmos na Libia. Sem que as forças de ocupação da OTAN e dos EUA soubessem e acreditassem, o ex-secretário geral das Nações Unidas. Kofi Annan aceitou e vai a Libia em breve para coordenar a ação dos grupos humanistas e pacifistas que descobriam a verdade sobre a guerra na Libia e agora elaboram uma campanha mundial pela paz e o fim da guerra na região.

Outro ponto que a mídia empresarial brasileira está em divida com os patrocinadores da guerra, no caso as companhias de petróleo e empresas de fabricação e venda de armas, é que lhes foi dada a incumbência de fazer uma entrevista com Khadafy na Líbia, através de uma grande rede de Televisão, uma revista de circulação nacional e um tradicional jornal brasileiro, mas um advogado brasileiro, amigo pessoal de Khadafy o aconselhou a não dá a entrevista as estes órgão de comunicação, e na conversa com o próprio Khadafy disse que, toda a entrevista seria alterada e deformada na tradução e na edição. Tendo assim a entrevista sido negada.

Este mesmo amigo afirmou que Khadafy mandou emissários a todos os países da América Latina para conversarem com os líderes regionais, o que culminou com a visita de diversos emissários do líder líbio a Cuba, Nicarágua, Venezuela, Equador, Bolívia, Brasil e outros países. Confirmado esse fato semana passada esteve no Brasil, Mohamed Zydan, enviado especial do Líder Muammar Khaddafi e Ministro das Comunicações e dos Transportes na Libia, e que a mídia só soube quando já estava no Itamaraty e no Palácio do Planalto. Isso irritou os serviços de inteligência e da própria imprensa que hoje cria, monta e divulga as noticias de acordo com o interesse das Agencias de Inteligência dos EUA, França, Inglaterra e da OTAN, assim como das empresas de fabricação e venda de armas, além das companhias de petróleo.

A delegação brasileira que seguiu hoje para a Líbia passará uma semana no país e fará um relatório a ser enviado a Kofi Annan como também será divulgado em todo o Brasil. Estes já foram informados de que estão sendo monitorados pelos serviços de inteligência francês, inglês e norte americano e que parte da mídia brasileira já estar orientada para desqualificar a viagem, anunciando que os mesmos foram convidados apenas porque são de esquerda, que as passagens foram pagas pelo governo líbio, da mesma forma que foi feito com delegações de outros países, como Venezuela, Filipinas, Espanha, México e inclusive dos EUA.

Segundo os organizadores da viagem e que formularam os convites, todos os convidados receberam o aval para viagem pela sua ética e isenção com que desempenham seus trabalhos e atividades políticas, como também por serem pessoas conhecidas e respeitadas em todo o Brasil e no mundo, como o caso dos Deputados Protogenes Queiroz e Brizola Neto, símbolos de luta contra a corrupção e em defesa da autodeterminação dos povos, do jornalista e escritor Mário Jackobinsk, a ativista do movimento de mulheres e Presidente da Federação de Mulheres do Paraná, Alzimara Bacellar; da ativista pela paz mundial Juliana Castro, do advogado e humanista Felipe Bonna; e do fotógrafo Sérgio Alberto Junior e do cinegrafista Miguel Mello, que são profissionais respeitados em todo o Brasil e com diversos trabalhos internacionais realizados.

Postado por Jornal Água Verde
http://terceirateoria.blogspot.com/

Mulheres brasileiras manifestam solidariedade à Líbia



SOLIDARIEDADE AO POVO LIBIO

Confederação das Mulheres do Brasil-CMB repudia a agressão e assalto contra a Soberania e ao Povo Libio - Brasileiras! Alertas em defesa do nosso Petróleo do Pré-Sal!

 A Confederação das Mulheres do Brasil – CMB exige a imediata retirada das tropas de assalto imperialistas da Líbia e repudia mais esse crime contra a Humanidade equivocadamente avalizado pelo Conselho de Segurança da ONU, atitude que em muito denigre este organismo internacional.

Queremos a ONU se comprometendo com a Soberania e Auto-Determinação dos Povos. Esta é uma agressão contra a soberania da Líbia na tentativa de subjugar seu governo e seu povo para assaltar o petróleo.

Já assistimos a este filme antes e a mídia financiada pelos cartéis belicistas manipula as informações, mentindo para justificar ações criminosas como esta que resultam em assassinato de milhares de inocentes e servem para garantir o petróleo aos cartéis, reais governantes dos EUA.

O imperialismo usou como álibi para desrespeitar a soberania da Líbia e bombardear Trípoli e outras cidades, o avião derrubado no dia 19 de março em Bengazi, que os “rebeldes” reconheceram como seu, informado por 'The Guardian', através de seu correspondente, Chris McGreal.

A imprensa imperialista divulgou este episódio como prova de que o governo Líbio não acatou a decisão do conselho de segurança da ONU de exclusão aérea.

Quem possui aviões são as forças armadas dos governos para a defesa de seu território e de seu povo. De onde vêm aviões e armas para “rebeldes”?

Quem forneceu os aviões e armas para os “rebeldes”?

A manipulação da mídia imperialista está em colocar o Governo Líbio, que se defendeu das agressões sofridas de exércitos mercenários, como agressor.

 A “Frente Nacional de Salvação da Líbia”, que de Nacional só tem o nome, tem escritório em Washington e comanda um exército de mercenários, estrategicamente posicionados na fronteira do Egito, financiado pela CIA desde 1981.

A Líbia tem o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano – IDH de todos os países da África. Mesmo com o bloqueio econômico imposto ao país, o Governo Líbio sob o comando de Muammar Kadafi garante saúde e educação gratuita, moradia, alimentação e combustíveis disponíveis para todos. Conquistou uma taxa de alfabetização de 90% e as mulheres que antes viviam excluídas, conquistaram o direito à educação e ao trabalho antes proibido.

No governo anterior à Kadafi grandes quantidades de petróleo líbio foram roubados, pelos Estados Unidos.

A taxa de alfabetização era de 9%.

Ao assumir o comando da nação, Kadafi nacionaliza a industria do petróleo, obriga a retirada das bases militares americanas e inglesas do país e garante saúde e educação gratuita para todos bem como a massiva participação das mulheres na sociedade.

Isso é inaceitável para o Império vadio que vive às custas da FOME, da MISÉRIA, do TRABALHO e das RIQUEZAS que não lhe pertencem.

Na Líbia não ocorreram protestos populares como ocorreram na Tunísia, Egito, Arábia Saudita e Bahrain. Nem tão pouco ocorreu uma “insurgência armada”.

O que ocorreu foi uma ação criminosa armada do exército mercenário financiado pela CIA com apoio dos EUA, Inglaterra e OTAM para tentar recuperar a posição que ocupavam de exploração do petróleo Líbio antes do Governo de Kadafi.

A Líbia possui a maior reserva petrolífera da África com 44.000 milhões de barris e está entre os 10 países mais ricos em petróleo do mundo com uma produção/dia de 1,8 milhões de barris de alta qualidade.

Após a comprovada falácia inventada pelo imperialismo da existência de armas de destruição em massa no Iraque para justificar a invasão e assassinato de seu Presidente Sadam Hussein, outros países agora estão atentos e vigilantes para garantir a defesa de seus territórios e de suas soberanias. É o que faz hoje a Rússia que monitora via satélites a região e declarou que nunca ocorreu bombardeio aéreo do Exército Líbio contra as cidades de Benghazi e Trípoli conforme divulgado.

 Esta informação desmascara a mentira produzida pela mídia imperialista.

Neste momento apresentamos nossa total solidariedade e apoio ao povo e ao governo Líbio, a “Grande Jamahiriya” (estado das massas), na defesa da soberania e da autodeterminação dos povos do mundo!

 E, neste momento, também aproveitamos para convocar as mulheres brasileiras para estado de ALERTA PERMANENTE em DEFESA do nosso Petróleo do PRÉ-SAL!


Atenciosamente,

Gláucia Morelli
Presidente da Confederação das Mulheres do Brasil Conselheira do Conselho Nacional dos Diretos da Mulher

Federação das Mulheres do Paraná

Postado por Jornal Água Verde
http://terceirateoria.blogspot.com/

sábado, 20 de agosto de 2011

DOCUMENTÁRIO SOBRE A PALESTINA

(Grã-Bretanha, 2003, 53min - Direção: Tony Stark)



Documentário de um dos mais aclamados jornalistas do Mundo, John Pilger, numa visão sensível, numa reflexão humana e desafiadora, que põe em xeque os tabus impostos pela mídia mundial pro-sionista.
 

 
Documentário de John Pilger que retrata a vida de sofrimento e humilhação do povo palestino nos territórios ilegalmente ocupados pelas forças militares do estado sionista de Israel. Ao final, John Pilger repete as perguntas que o grande arcebispo anti-apartheid Desmond Tutu havia feito pouco tempo antes:
 
"Será que os judeus esqueceram em tão pouco tempo o sofrimento, a humilhação e as mortes que seus antepassados padeceram há apenas duas gerações? Por que eles agora estão praticando contra o humilde povo palestino atrocidades semelhantes às sofridas por seus antepassados nas mãos dos nazistas?"
 
Boas perguntas, mas que continuam sem respostas.

domingo, 14 de agosto de 2011

MENSAGEM DO DIA DOS PAIS


Fonte: http://anjinhosdepijama.blogspot.com/2009/08/dia-dos-pais-mensagem.html

A origem do Dia dos Pais

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.

Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.

A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.

Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.


Em outros países

Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.

Na Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.

Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.

Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.

Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.

Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.

Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.

Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.

Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.

Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.

Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.

África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.

Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).

Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai" !

Texto compilado das seguintes fontes

- O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.

Sites:






Ao meu Pai
Obrigada, Papai.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

11 DE AGOSTO - DIA DO ADVOGADO

Dormientibus non sucurritur ius
 (" O direito não socorre a quem dorme ")




O Direito é a ciência das normas que regulam as relações entre os indivíduos na sociedade. Quando essas relações não funcionam dentro das normas estabelecidas, entra o trabalho do advogado, que é o de nortear e representar clientes em qualquer instância, juízo ou tribunal. Advogar é uma das opções do bacharel em Direito. A outra é a carreira Jurídica. O advogado pode defender interesses de pessoas ou de instituições, privadas ou públicas. Pode especializar-se em Direito Administrativo, Civil, Comercial, da Criança e do Adolescente, Ambiental, Internacional, Penal ou Criminal, Trabalhista ou Previdenciário e Tributário.

O dia 11 de agosto é a data da lei de criação dos cursos jurídicos no Brasil e é também o Dia do Advogado. Esse dia é também conhecido como o "Dia do Pendura", uma tradição do início do século 20, quando comerciantes costumavam homenagear os estudantes de Direito deixando-os comer de graça. O dia é até hoje temido nos restaurantes, pois dizem que a tradição de comer sem pagar continuou a ser seguida...