Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

SALVEM AS MULHERES DO MUNDO!

Veríssimo: Salvem as mulheres!

Mulheres do Mundo

O escritor Luís Fernando Veríssimo, como sempre, nos brinda com um texto inteligente, no qual ele alia a seu senso de humor peculiar o seu profundo conhecimento da natureza humana. No texto a seguir, intitulado "Salvem as mulheres!", ele dá conselhos para que nós, homens, saibamos apreciar as grandes mulheres e, caso estejamos nos relacionando com uma delas, não a percamos devido ao nosso machismo excessivo.

Um abraço a todos e boa leitura!

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.

Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

1. Habitat

Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

2. Alimentação correta

Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

3. Flores

Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

4. Respeite a natureza

Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

5. Não tolha a sua vaidade

É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

6. Cérebro feminino não é um mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela

Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire GAY.

Só tem mulher, quem pode!





Todas As Mulheres do Mundo - Rita Lee - 1993



Elas querem é poder!



Mães assassinas, filhas de Maria

Polícias femininas, nazijudias

Gatas gatunas, kengas no cio

Esposas drogadas, tadinhas, mal pagas



Toda mulher quer ser amada

Toda mulher quer ser feliz

Toda mulher se faz de coitada

Toda mulher é meio Leila Diniz



Garotas de Ipanema, minas de Minas

Loiras, morenas, messalinas

Santas sinistras, ministras malvadas

Imeldas, Evitas, Beneditas estupradas



Toda mulher quer ser amada

Toda mulher quer ser feliz

Toda mulher se faz de coitada

Toda mulher é meio Leila Diniz



Paquitas de paquete, Xuxas em crise

Macacas de auditório,velhas atrizes

Patroas babacas, empregadas mandonas

Madonnas na cama, Dianas corneadas



Toda mulher quer ser amada

Toda mulher quer ser feliz

Toda mulher se faz de coitada

Toda mulher é meio Leila Diniz



Socialites plebéias, rainhas decadentes

Manecas alcéias, enfermeiras doentes

Madrastas malditas, superhomem sapatas

Irmãs La Dulce beaidetificadas



Toda mulher quer ser amada

Toda mulher quer ser feliz

Toda mulher se faz de coitada

Toda mulher é meio Leila Diniz






Mulher Internet: Aqui no Brasil, são as mulheres de difícil acesso.


Mulher Provedor: Tá sempre ocupada demais para te ouvir.


Mulher Windows: Todo mundo sabe que não presta, mais ninguém vive sem ela.


Mulher Power Point: Só o Bill Gates tem paciência pra aguentar por mais de meia hora.


Mulher Servidor: Sempre que a gente precisa muito ela está ocupada.


Mulher E-mail: De cada Dez coisas que dizem 9 são bobagens.


Mulher Internet Explorer: Já tá ultrapassada mas ainda tem gente que aguenta.


Mulher Multimídia: Faz com que tudo pareça mais Bonito e atraente.


Mulher Backup: Sempre você acha que tem, mas hora do vamos ver, não funciona.


Mulher Vírus: Também conhecida como esposa, quando você menos espera, ela chega e se instala. Se você tentar desinstalar, vai perder alguma coisa, se não perder tudo.


Mulher Linux: Barata, poucos a conhecem, mas os que já experimentaram, não trocam por nenhuma outra.


Mulher UOL: Tem o melhor conteúdo, mas só quem paga caro põe a mão.


Mulher Tim web: Promete muito, mas não cumpre, parece boa mas na hora ninguém aguenta.


Mulher Mozilla Firefox: Rápida e boa, todo mundo insiste em não usar mas todo mundo têm.


Mulher Excel: Dizem que faz muitas coisas, porém só a utilizamos raramente.


Mulher Memória RAM: Aquela que esquece o que faz assim que desliga.

Mulher HD: Aquela que se recorda de tudo o tempo todo.


Mulher Mouse: Só funciona quando é arrastada e apertada.


Mulher Joystick: Vive deixando você com a mão suada e com câimbras no braço.


Mulher Microsoft: Quer dominar qualquer um que apareça na frente e tentará convence-lo de que isso é o melhor para você. Arquiteta planos mirabolantes para jogar você contra as outras mulheres e promete que fará o que você quiser se você jogar fora sua agenda com o telefone das amigas. Sem que você perceba, aos poucos, ela será a única na sua vida. Chegará um dia que, até para abrir a geladeira ou pegar as chaves do carro, você terá que pedir para ela.

MOMENTOS DE REFLEXÃO

FRASES PARA PENSAR...

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma."
(Joseph Pulitzer - 1847/1911)

"Acreditava que o jornalismo era um serviço público, destinado às pessoas “pequenas” e não servindo os interesses do grande poder; um defensor do lado das pessoas e um porta-voz da democracia”.
"Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens".
Heinrich Heine

Gravata Colorida

"Quando eu tiver bastante pão


para meus filhos


para minha amada


pros meus amigos


e pros meu vizinhos


quando eu tiver


livros para ler


então comprarei


uma gravata colorida


larga


bonita


e darei um laço perfeito


e ficarei mostrando


a minha gravata colorida


a todos os que gostam


de gente engravatada."

Solano Trindade

"Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles."
A. Stevenson

"Não deixem de ver o que escrevo porque escrevo o que vejo"
Blas de Otero

“Se lhe posso dar um conselho, rapaz, é o de reter tanto as suas opiniões como a sua palavra. Quando lhas pedirem, venda-as.”
Vautrin, em 'Pai Goriot", Balzac

"Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo; de fato, sempre foi somente assim que o mundo mudou."
Fritjof Capra

"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."

"Se tiver que amar, ame hoje.


Se tiver que sorrir, sorria hoje.


Se tiver que chorar, chore hoje.


O ontem já se foi e o amanhã talvez não venha".
André Luiz

“Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma idéia e eu tenho uma idéia e nós trocamos essas idéias, então cada um de nós terá duas idéias”.
Bernard Shaw

"Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana. "
Fidel Castro

"Como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar."
Maquiavel, O Príncipe

"Eu ontem tive a impressão que Deus quis falar comigo, não lhe dei ouvidos.

Quem sou eu para falar com Deus?

Ele que cuide dos seus assuntos, eu cuido dos meus."
Paulo Leminski

"Enquanto um povo é constrangido a obedecer e obedece, faz bem; tão logo ele possa sacudir o jugo e o sacode, faz ainda melhor; porque, recobrando a liberdade graças ao mesmo direito com o qual lha arrebataram, ou este lhe serve de base para retomá-la ou não se prestava em absoluto para subtraí-la."
Jean-Jacques Rousseau


As corujas são os símbolos da filosofia e da pedagogia devido à inteligência, argúcia, astúcia, sensibilidade, visão e audição super potente das corujas. A coruja tem visão 180% superior ao do homem. Ela enxerga tudo ao seu redor apesar de ser daltônica, não identificando a cor vermelha, e poder mexer completamente a cabeça (gira-a para todos os lados, pois tem os olhos completamente separados). É muito difícil enganá-la, ela percebe "segundas intenções".É muito difícil criá-la em cativeiro, sendo uma ave muito ligada a sua família, não abandona os filhos em hipótese alguma, sendo o macho quem cuida dos filhotes e a fêmea é quem sai par caçar.Existem diversas representações para este símbolo, a Coruja, no que se refere as representações para a Filosofia e Pedagogia; no entanto, podemos observar na figura símbolo:

1º) A cabeça da coruja possui um formato ovalado, quase arredondado, que faz imaginar a figura do globo terrestre. Isso permite considerar que a formação do pedagogo é para todos os cantos do mundo. É universalista, pluralista;

2º) Acima dos olhos e abaixo da cabeça a penugem do pássaro forma uma semelhança de letra “V”, que pode ser interpretada como a primeira letra da palavra “Vida”; afinal, o Pedagogo será o profissional apto a preparar o ser humano para a vida toda, não apenas para o saber;

3º) O olho direito está bem aberto e é formado de uma espécie de circunferência com escamas que fazem lembrar a representação de ondas concêntricas. E o olho esquerdo apresenta-se fechado Essa representação parece permitir a interpretação de que o pedagogo é aquele que precisa concentrar-se no conhecimento, na construção da própria personalidade, na reflexão, na formação de princípios (olho fechado). Um olhar para dentro (introspecção) e um olhar para fora (extrospecção), para o mundo (o olho direito) que se projeta para o futuro e irradia suas ondas de conhecimento para um além bem distante;

4º) O pássaro dá a impressão de mostrar-se com o peito aberto, estufado para frente. Isso pode representar a coragem, a ousadia que o pedagogo precisa assumir para levar em frente sua missão, suas metas, seus objetivos, frente às dificuldades profissionais suas e as dificuldades culturais, sociais e psíquicas dos seus educandos;

5º) Uma das asas do pássaro empunha um lápis que escreve sobre um livro que, por sua vez, está sobre outro livro. Hoje já existem símbolos da pedagogia que apresentam três livros. Isso pode significar que o ler e o escrever são as ferramentas que darão asas para o ser humano voar em busca de sua autorrealização e libertação. O Pedagogo é o iniciante deste processo porque ele começa a sua atuação nas primeiras séries da educação básica, mas continua por toda a educação fundamental e média até a superior. Um livro, pois, representa as séries iniciais, todas as séries da fundamental e média e o outro livro pode representar o nível superior que é onde o pedagogo vai buscar e construir sua ciência, as bases para sua prática e os fundamentos éticos para a construção de sua personalidade que será também espelho para os seus educandos;

6º) As garras do pássaro se afirmam com vigor na base que apóia seus pés. Isso permite significar a profundidade, a firmeza intelectual, cultural, pedagógica e moral que devem ser qualidades essenciais do pedagogo;

7º) Por fim, a cauda do pássaro apresenta uma clara conotação de elemento de equilíbrio para o pássaro. Assim também a pessoa do pedagogo deve primar-se pelo equilíbrio, pela personalidade segura pela capacidade de mediar as suas exigências pessoais e profissionais com dificuldades sociais que ele vai encontrar nas salas de aulas, escolas, familiares e colegas de profissão. O equilíbrio que, em ética se chama virtude da prudência, é justamente a balança que pesa nas proporções necessárias tanto o ardor do pedagogo na exigência de condições razoáveis para o exercício de sua profissão quanto no seu posicionamento ético de não trabalhar só pelo salário mensal e para a satisfação de suas necessidades puramente materiais.



terça-feira, 17 de maio de 2011

LÍBIA: O QUE OS EUA/OTAN ESTÃO DESTRUINDO HOJE COM OS BOMBARDEIOS HUMANITÁRIOS

Grande Rio Artificial: aqueduto subterrâneo de 5 metros de diâmetro e 3.500 quilômetros de extensão

Revolução líbia constrói o maior aqueduto do planeta

Governo líbio transformou o deserto em um local fértil promovendo o acesso à água da população, das municipalidades, da indústria e agricultura

No dia 14 de julho foi inaugurado o projeto líbio “Grande Rio Artificial”, um gigantesco aqueduto subterrâneo de 5 metros de diâmetro e 3.500 quilômetros de extensão. Um projeto que revolucionou o acesso à água da população, das municipalidades, da indústria e agricultura do país. O Festival da Juventude comemorativo da finalização do projeto, que se deu com a colocação do último tubo, teve a participação de delegações de mais de vinte países. Entre as organizações presentes estavam a Nasyo (Organização dos Jovens e Estudantes Não Alinhados), a Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), União Internacional dos Estudantes, Associação dos Estudantes da Ásia e da Juventude do Movimento Pan-Africano. Do festival participaram 5 mil estudantes das escolas e universidades líbias coordenados pela União Geral dos Estudantes da Grande Jam-ahiryia (denominação da República da Líbia). O entusiasmo dos jovens se expressava em palavras de ordem entoadas pelos jovens que se apresentaram com danças e canções regionais.

A oitava Maravilha

A convite do governo, Mauro Bianco, membro do secretariado nacional do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, coordenador da Juventude Revolucionária 8 de Outubro e vice-presidente da Nasyo, participou do festival. O projeto também foi denominado pelo povo como a 8a Maravilha do Mundo. “Essa obra é um marco, um salto de qualidade na vida das pessoas”, afirmou Mauro ao falar em nome de todas as delegações estrangeiras presentes ao ato inaugural. “Ela abre possibilidades econômicas inimagináveis; uma revolução no mais profundo significado da palavra, muda a economia do país e representa um salto de séculos à frente realizado em pouco tempo”, acrescentou.

“Um trabalho impressionante que é a prova da capacidade de um povo que determina seu próprio destino. Essa foi a grande conquista da revolução Al Fatah liderada pelo grande líder Muamar Kadafi. Vocês têm todas as razões para se orgulharem desta obra gigantesca de seu governo e de seu líder. Esse rio está mudando a vida e a qualidade de vida de toda população e abrindo caminho para um progresso sem precedente na Líbia e em toda a África. Os benefícios não serão apenas para os líbios mas para toda a humanidade”, enfatizou Mauro, destacando ainda que, “além de toda a infra-estrutura que se criou para construir o rio trouxe aos líbios um desenvolvimento tecnológico e um avanço no conhecimento científico absolutamente novos”.


Incentivo aos povos


Festa de Inauguração
“Essa obra combateu a fome gerando milhares de empregos e multiplicando a produção agrícola numa região absolutamente desértica, mas que se comprovou fértil depois de irrigada. Ela é um incentivo para os povos pelos avanços impressionantes embasados em conquistas democráticas inéditas de um povo que conquistou a independência nacional numa luta titânica na qual morreu aproximadamente metade da população”, afirmou.

Quanto à força do povo, demonstrada na construção da obra, o líder Muamar Kadafi destacou, quando inaugurou a primeira parte do projeto - após um investimento de US$ 5 bilhões, em 1º de setembro de 1991, no 22º aniversário da revolução: “A Líbia completou este trabalho em circunstâncias difíceis. O fez sob um bloqueio econômico imposto pelo imperialismo antipovo e antiprogresso. Foi completada sem a ajuda dos bancos mundiais”.

“A revolução agrícola permitirá ao povo líbio garantir sua vida, comer livremente seu alimento que normalmente era importado do exterior, isto é liberdade, independência, é revolução. Essa obra demonstra que o povo líbio é um povo amante da paz usando sua própria capacidade para superar o subdesenvolvimento”, acrescentou Kadafi.

No festival inaugural as presenças mais destacadas foram: o ministro da Juventude e dos Esportes, Ali Al Sharri; o prefeito de Sirt (cidade onde o ato se deu e onde se encontram dois dos lagos formados pelo transporte de água); e o presidente da União Geral dos Estudantes da Grande Jamahiryia, Abluhaim Ammr.

Iniciado em 1984, o projeto utiliza água depositada por milhares de anos em gigantescos lençóis no coração do deserto de onde é agora transportada para as regiões costeiras do país atendendo a demanda crescente do povo - uma população de 5 milhões - das cidades, da indústria e da agricultura.

Geradores de energia

Este projeto comporta o maior aqueduto e tubulação subterrânea do planeta com 5 metros de diâmetro enterrado sob a superfície de uma imensa região desértica. Acresce-se a isso a gigantesca infra-estrutura que permite sua operacionalização. Estações geradoras de energia elétrica com potência de 15 megawatts com turbinas acionadas a gás instaladas nas origens do aqueduto, em Sarir e Tarzebo, seguem-se na superfície extensas redes e linhas de distribuição com subestações ao longo da rota do aqueduto.

As escavações ao longo dos 3 mil e quinhentos quilômetros do projeto, foram de 6 metros de largura por 7 de profundidade para a colocação dos tubos. O acesso a eles, seja para conservação ou manutenção corretiva eventual, é através de 3 mil válvulas.

Como resultado da obra estão sendo irrigadas 135 mil hectares e produzidas plantações com um resultado já atingido de 270 mil toneladas de grãos por ano e de 760 mil toneladas de forragem para alimentação animal, além de frutas, legumes e verduras em abundância.

No futuro, o rio subterrâneo se extenderá com novos braços para chegar a todas as aldeias e comunidades do país.

Mil litros de água para cada Líbio por dia

Para o projeto foram abertos mil e trezentos poços, alguns com profundidade que chega a 500 metros. Com isso se estabeleceu em direção à região costeira um fluxo de 6,5 milhões de metros cúbicos por dia. Para se ter uma idéia do salto de qualidade no acesso à água, isso significa uma disponibilidade média de 1000 litros de água por dia para cada líbio.

Para chegar a seu destino, a água leva 9 dias de jornada desde o momento em que se desloca dos lençóis subterrâneos até os lagos artificiais, de 3 mil metros de diâmetro cada, ao longo da costa.

A manutenção preventiva é garantida por bases de técnicos instaladas ao longo do aqueduto e interligadas por sistemas modernos de comunicação que empregam tecnologia de fibra ótica e de microondas.


Nathaniel Braia
Fonte: Jornal Hora do Povo

domingo, 24 de abril de 2011


Líbia: o que os EUA/OTAN estão destruindo hoje com os bombardeios "humanitários"

Grande Rio Artificial: aqueduto subterrâneo de 5 m de diâmetro e 3.500 km de extensão

Revolução líbia constrói o maior aqueduto do planeta

Governo líbio transformou o deserto em um local fértil promovendo o acesso à água da população, das municipalidades, da indústria e agricultura.
 
 
Na íntegra em: 

sábado, 30 de abril de 2011 


Nas últimas duas semanas a Líbia sofreu o mais brutal ataque imperialista, por ar, por mar e por terra, da sua história moderna. Milhares de bombas e de mísseis, lançados de submarinos, vasos de guerra e aviões de guerra, americanos e europeus, estão a destruir as bases militares líbias, os seus aeroportos, estradas, portos, depósitos petrolíferos, posições de artilharia, tanques, porta-aviões blindados, aviões e concentrações de tropas. Dezenas de forças especiais da CIA e do SAS têm andado a treinar, a aconselhar e a apontar alvos para os chamados 'rebeldes' líbios empenhados numa guerra civil contra o governo de Kadafi, as suas forças armadas, as milícias populares e os apoiantes civis (NY Times 30/03/11).

Apesar deste enorme apoio militar e do total controlo dos céus e da linha costeira da Líbia pelos seus 'aliados' imperialistas, os 'rebeldes' ainda não foram capazes de mobilizar o apoio de aldeias e cidades e encontram-se em retirada depois de enfrentarem as tropas governamentais da Líbia e as milícias urbanas, fortemente motivadas ( Al Jazeera 30/03/11).

Uma das desculpas mais idiotas para esta inglória retirada dos rebeldes, apresentada pela 'coligação' Cameron-Obama-Sarkozy, e repetida pelos meios de comunicação, é que os seus 'clientes' líbios estão 'menos bem armados' ( Financial Times,29/3/11). Obviamente, Obama e companhia não contabilizam o grande número de jactos, as dezenas de vasos de guerra e de submarinos, as centenas de ataques diários e os milhares de bombas lançadas sobre o governo líbio desde o início da intervenção imperialista ocidental. A intervenção militar directa de 20 potências militares estrangeiras, grandes e pequenas, flagelando o estado soberano da Líbia, assim como o grande número de cúmplices nas Nações Unidas não contribui com nenhuma vantagem militar para os clientes imperialistas – segundo a propaganda diária a favor dos rebeldes.

Mas o Los Angeles Times (31/Março/2011) descreveu como “… muitos rebeldes em camiões com metralhadoras deram meia-volta e fugiram… apesar de as suas metralhadoras pesadas e espingardas antiaéreas serem parecidas com qualquer veículo governamental semelhante”. De facto, nenhuma força 'rebelde' na história moderna recebeu um apoio militar tão forte de tantas potências imperialistas na sua confrontação com um regime instituído. Apesar disso, as forças 'rebeldes' nas linhas da frente estão em plena retirada, fugindo desordenadamente e profundamente descontentes com os seus generais e ministros 'rebeldes' lá atrás em Bengazi. Entretanto, os líderes 'rebeldes', de fatos elegantes e de uniformes feitos por medida, respondem à 'chamada para a batalha' assistindo a 'cimeiras' em Londres onde a 'estratégia de libertação' consiste no apelo, perante os meios de comunicação, de tropas terrestres imperialistas ( The Independent, Londres) (31/03/11).

É baixa a moral dos 'rebeldes' na linha da frente: Segundo relatos críveis da frente da batalha em Ajdabiya, “Os rebeldes… queixaram-se de que os seus comandantes iniciais desapareceram. Acusam camaradas de fugirem para a relativa segurança de Bengazi… (queixam-se de que) as forças em Bengazi monopolizaram 400 rádios de campo oferecidos e mais 400… telemóveis destinados ao campo de batalha… (sobretudo) os rebeldes dizem que os comandantes raramente visitam o campo de batalha e exercem pouca autoridade porque muitos combatentes não confiam neles” ( Los Angeles Times , 31/03/2011). Segundo parece, os 'twitters' não funcionam no campo de batalha.

As questões decisivas numa guerra civil não são as armas, o treino ou a chefia, embora evidentemente esses factores sejam importantes: A principal diferença entre a capacidade militar das forças líbias pró-governo e os 'rebeldes' líbios apoiados por imperialistas ocidentais e por 'progressistas', reside na sua motivação, nos seus valores e nas suas compensações materiais. A intervenção imperialista ocidental exaltou a consciência nacional do povo líbio, que encara agora a sua confrontação com os 'rebeldes' anti-Kadafi como uma luta para defender a sua pátria do poderio estrangeiro aéreo e marítimo e das tropas terrestres fantoches – um poderoso incentivo para qualquer povo ou exército. O oposto também é verdadeiro para os 'rebeldes', cujos líderes abdicaram da sua identidade nacional e dependem inteiramente da intervenção militar imperialista para os levar ao poder. Que soldados rasos 'rebeldes' vão arriscar a vida, a lutar contra os seus compatriotas, só para colocar o seu país sob o domínio imperialista ou neo-colonialista?

Finalmente, as notícias dos jornalistas ocidentais começam a falar das milícias pro-governo das aldeias e cidades que repelem esses 'rebeldes' e até relatam como “um autocarro cheio de mulheres (líbias) surgiu repentinamente (de uma aldeia) … e elas começaram a fingir que aplaudiam e apoiavam os rebeldes…” atraindo os rebeldes apoiados pelo ocidente para uma emboscada mortal montada pelos seus maridos e vizinhos pró-governo ( Globe and Mail, 28/03/11 e McClatchy News Service,29/03/11).

Os 'rebeldes', que entram nas aldeias, são considerados invasores, que arrombam portas, fazem explodir casas e prendem e acusam os líderes locais de serem 'comunistas da quinta coluna' a favor de Kadafi. A ameaça da ocupação militar 'rebelde', a detenção e a violência sobre as autoridades locais e a destruição das relações de família, de clã e da comunidade local, profundamente valorizadas, levaram as milícias líbias e os combatentes locais a atacar os 'rebeldes' apoiados pelo ocidente. Os 'rebeldes' são considerados 'estranhos' em termos de integração regional e de clã; menosprezando os costumes locais, os 'rebeldes' encontram-se pois em território 'hostil'. Que combatente 'rebelde' estará disposto a morrer em defesa de um território hostil? Esses 'rebeldes' só podem pedir à força aérea estrangeira que lhes 'liberte' a aldeia pró-governo.

Os meios de comunicação ocidentais, incapazes de entender essas compensações materiais por parte das forças pró-governo, atribuem o apoio popular a Kadafi à 'coerção' ou 'cooptação', agarrando-se à afirmação dos 'rebeldes' que 'toda a gente se opõe secretamente ao regime'. Há uma outra realidade material, que muito convenientemente é ignorada: A verdade é que o regime de Kadafi tem utilizado a riqueza petrolífera do país para construir uma ampla rede de escolas, hospitais e clínicas públicas . Os líbios têm o rendimento per capita mais alto de África com 14 900 dólares por ano ( Financial Times, 02/04/11).

Dezenas de milhares de estudantes líbios de baixos rendimentos receberam bolsas para estudar no seu país e no estrangeiro. As infra-estruturas urbanas foram modernizadas, a agricultura é subsidiada e os pequenos produtores e fabricantes recebem crédito do governo. Kadafi promoveu esses programas eficazes, para além de enriquecer a sua própria família/clã. Por outro lado, os rebeldes líbios e os seus mentores imperialistas prejudicaram toda a economia civil, bombardearam cidades líbias, destruíram redes comerciais, bloquearam a entrega de alimentos subsidiados e assistência aos pobres, provocaram o encerramento das escolas e forçaram centenas de milhares de profissionais, professores, médicos e trabalhadores especializados estrangeiros a fugir.

Os líbios, mesmo que não gostem da prolongada estadia autocrática de Kadafi no cargo, encontram-se agora perante a escolha entre apoiar um estado de bem-estar, evoluído e que funciona ou uma conquista militar manobrada por estrangeiros. Muito compreensivelmente, muitos deles escolheram ficar do lado do regime.

O fracasso das forças 'rebeldes' apoiadas pelos imperialistas, apesar da sua enorme vantagem técnico-militar, deve-se a uma liderança traidora, ao seu papel de 'colonialistas internos' que invadem as comunidades locais e, acima de tudo, à destruição insensata de um sistema de bem-estar social que tem beneficiado milhões de líbios vulgares desde há duas gerações. A incapacidade de os 'rebeldes' avançarem, apesar do apoio maciço do poder imperialista aéreo e marítimo, significa que a 'coligação' EUA-França-Inglaterra terá que reforçar a sua intervenção, para além de enviar forças especiais, conselheiros e equipas assassinas da CIA. Perante o objectivo declarado de Obama-Clinton quanto à 'mudança de regime', não haverá outra hipótese senão introduzir tropas imperialistas, enviar carregamentos em grande escala de camiões e tanques blindados e aumentar a utilização de munições de urânio empobrecido, profundamente destrutivas.

Sem dúvida que Obama, o rosto mais visível da 'intervenção armada humanitária' em África, vai recitar mentiras cada vez maiores e mais grotescas, enquanto os aldeões e os citadinos líbios caem vítimas da sua força destruidora imperialista. O 'primeiro presidente negro' de Washington ganhará a infâmia da história como o presidente americano responsável pelo massacre de centenas de líbios negros e da expulsão em massa de milhões de trabalhadores africanos subsaarianos que trabalham para o actual regime ( Globe and Mail, 28/03/11).

Sem dúvida, os progressistas e esquerdistas anglo-americanos vão continuar a discutir (em tom 'civilizado') os prós e os contras desta 'intervenção', seguindo as pisadas dos seus antecessores, os socialistas franceses e os 'new dealers' americanos dos anos 30, que debateram nessa época os prós e os contras do apoio à Espanha republicana… Enquanto Hitler e Mussolini bombardeavam a república por conta das forças fascistas 'rebeldes' do general Franco que empunhava o estandarte falangista da 'Família, Igreja e Civilização' – um protótipo para a 'intervenção humanitária' de Obama por conta dos seus 'rebeldes'.

James Petras, o autor, é professor Emérito de Sociologia na Universidade de Binghamton, Nova Iorque. É autor de 64 livros publicados em 29 línguas, e mais de 560 artigos em jornais da especialidade, incluindo o American Sociological Review, British Journal of Sociology, Social Research, Journal of Contemporary Asia, e o Journal of Peasant Studies. Já publicou mais de 2000 artigos. O seu último livro é War Crimes in Gaza and the Zionist Fifth Column in America.

Tradução de Margarida Ferreira. Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
Postado por Jornal Água Verde


Mensagem do líder Muammar Gaddafi

Muammar Al Qathafi

Lembranças da Minha Vida: Muammar Gaddafi, líder da Revolução.


Em nome de Deus, Clemente, e Misericordioso...


Durante 40 anos, ou mais, já nem me lembro direito, eu fiz tudo que pude para dar ao meu povo casas, hospitais, escolas, e quando eles estavam com fome, dei-lhes comida.


Eu mesmo transformei Benghazi de uma região desértica e sem água numa região irrigada e fértil, transportando água a longa distância. Enfrentei os ataques daquele cowboy Reagan, quando ele matou a minha filha órfã adotiva; ele que estava tentando me matar, ao invés disso matou aquela pobre criança inocente.


Ajudei meus irmãos e irmãs da África doando dinheiro para a União Africana.


Fiz tudo que pude para ajudar as pessoas a entender o conceito de uma verdadeira democracia, onde os comitês do povo governavam o nosso país. Mas isso nunca parece ter sido suficiente, como alguns me disseram, mesmo as pessoas que tinham casas com dez quartos, roupas e móveis novos, nunca estavam satisfeitos e como egoístas que eram, queriam sempre mais. Esses mesmos que disseram aos americanos e outros invasores, que precisavam de “liberdade”, de “democracia” que o meu sistema não prestava, sem perceber que o sistema americano é constituído por algozes famintos onde o maior cão come os outros, mas eles ficaram encantados com aquelas palavras, não percebendo que nos Estados Unidos, não existe cuidados médicos ou hospitais de graça, moradia gratuita, educação e comida grátis, exceto se as pessoas forem pedintes ou então passarem horas em longas filas para obter uma miserável sopa.


Não, não importa o que eu tenha feito, nunca foi o suficiente para alguns, mas para outros, eles sabem que eu sou o filho ideológico de Gamal Abdel Nasser, o único árabe e verdadeiro líder muçulmano que tivemos desde Salah al-Deen (Saladino), quando ele reivindicou o Canal de Suez para o seu povo, como eu reivindiquei também a Líbia para o meu povo, tentando seguir os seus passos para manter o meu povo livre da dominação colonial - dos ladrões globais que roubam de nós tudo o que podem.


Agora, eu estou sob o ataque da maior força da história militar. Obama, a quem considero o meu pequeno filho africano, quer me matar, para tirar a liberdade do nosso país, para tirar do nosso povo a habitação gratuita, os nossos medicamentos gratuitos, o nosso ensino gratuito, a nossa comida de graça, e substituí-la pelo roubo de estilo americano, chamado “capitalismo”, mas todos nós do Terceiro Mundo sabemos o que isso significa: isso significa que as grandes corporações dominam os países, dominam o mundo e as pessoas sofrem. Assim, não me resta alternativa, devo enfrentar tudo com firmeza e, se Deus quiser, irei morrer seguindo o Seu caminho, o caminho que tornou o nosso país rico em terras agrícolas, com alimentos e saúde para todos, e que até mesmo nos permitiu ajudar nossos irmãos e irmãs árabes e africanos trabalhando aqui conosco, na Jamahiriya Líbia (mais 1,5 milhão de imigrantes).


Eu não quero morrer, mas se tiver que chegar a esse ponto para salvar esta terra, o meu povo, os milhares que são todos meus filhos, então que assim seja.


Que este testamento seja a minha voz para o mundo: eu enfrentei e combati os ataques dos Cruzados da OTAN (NATO), combati a crueldade, combati a traição, enfrentei e combati o Ocidente e as suas ambições colonialistas. Eu estive sempre ao lado dos meus irmãos africanos, os meus verdadeiros irmãos árabes e irmãos muçulmanos, como um farol de luz.


Quando os outros governantes estavam construindo castelos, eu morava numa casa modesta, e numa tenda. Eu nunca esqueci a minha juventude, em Sirte, não gastei o nosso tesouro nacional loucamente, e tal como Salah al-Deen, o nosso grande líder muçulmano, que resgatou Jerusalém para o Islão, tirei pouco para mim.


No Ocidente, alguns me chamaram de “louco”, “excêntrico”, “opressor”, mas sabendo eles a verdade, ainda continuam a mentir. Eles sabem bem que a nossa terra é independente e livre, e não vive sob o jugo colonial, e que a minha visão e o meu caminho é e tem sido claro para o meu povo, e que vou lutar até meu último suspiro para nos manter livres.


Que Deus todo-poderoso nos ajude a permanecer fiéis e livres.






Muammar Gaddafi






Publicado no site http://www.mathaba.net/



Nota - A Líbia sempre manteve mais de 89% do tesouro nacional nos bancos do governo sendo a maior parte do tesouro líbio constituído por ouro. Segundo analistas políticos, é por isso que a elite global só pôde congelar as contas externas da Líbia, e deseja consolidar a invasão para pilhar os cofres da Líbia, o petróleo e a água na qual a França está interessada.

Baseado na tradução Professor Sam Hamod, Ph.D. e no artigo original escrito em Árabe.Tradução Josef Leo – Publicado no Jornal Pravda

Postado por Jornal Água Verde
Ataque a Líbia: Hipocrisia e dupla moral




O Limpinho reproduz artigo do internacionalista Max Altman, publicado no Blog do Miro.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a resolução que autoriza a imposição de uma zona de exclusão aérea em território líbio, salvo os voos de natureza humanitária e inclui “todas as medidas que sejam necessárias” para a proteção da população civil, excluindo, porém, a ocupação militar de qualquer porção da Líbia. Além disso, endurece o embargo de armas à Líbia e reforça as sanções impostas no mês passado a Kaddafi e seu círculo mais próximo de colaboradores.

Paris e Londres encabeçaram a arremetida contra a Líbia numa corrida contra o relógio a fim de que a ONU se pronunciasse antes que o último reduto rebelde, Bengazi, fosse recuperado pelas forças leais a Kaddafi.

O documento recebeu a aprovação de 10 países – Grã-Bretanha, França, Estados Unidos, Líbano, Colômbia, Nigéria, Portugal, Bósnia e Herzegovina, África do Sul e Gabão –, nenhum voto contra e cinco abstenções – Brasil, Rússia, China, Índia e Alemanha.

A Rússia exigiu a inclusão de um cessar-fogo imediato, medida atendida por Trípoli, e a China insistiu numa solução pacífica da crise, ao reiterar suas sérias reservas quanto à zona de exclusão aérea, ao mesmo tempo em que rechaçava o uso da força nas relações internacionais. Estranhamente, Moscou e Pequim, que detêm poder de veto, não o utilizaram para barrar aspectos da resolução com os quais não concordavam.

Diferentemente da Tunísia e do Egito, quando massas de centenas de milhares, desarmadas, saíram às ruas erguendo as bandeiras de pão, emprego, justiça social, progresso, liberdade e democracia, derrubando por força de seus protestos e pressão os ditadores apoiados pelas potências ocidentais, Ben Ali e Mubarak, na Líbia facções armadas com armamento blindado, artilharia antiaérea, armas individuais modernas e até alguma força aérea ocuparam o leste do país e algumas cidades do oeste determinadas a tomar Trípoli e acabar com o ditador Muamar Kaddafi. Estabeleceu-se com isto uma franca guerra civil.

Quando, no curso dos combates, as tropas fieis a Kaddafi avançaram sobre os bastiões rebeldes, o chamado Conselho Nacional Líbio de Transição passou a reclamar com insistência o apoio do Ocidente em armas e logística e a exclusão aérea. Ou bem os oposicionistas contavam desde o início com o respaldo dos países hegemônicos e estes estavam roendo a corda ou calcularam mal a capacidade de resistência de Kaddafi e o apoio de grande parte da população líbia com que conta. A verdade é que a insurgência armada no leste da Libia é apoiada diretamente por potências estrangeiras. A insurreição em Bengazi ergueu imediatamente a bandeira vermelha, negra e verde com a meia lua e a estrela, a bandeira da monarquia do rei Idris, que simbolizava o domínio dos antigos poderes coloniais.

A imensa campanha de distorções, omissões e mentiras desencadeada pelos meios maciços de comunicação abriu espaço para uma enorme confusão no seio da opinião pública mundial. Levará tempo antes que se possa estabelecer a verdade do que ocorreu na Líbia e distinguir os fatos reais das falsidades publicadas.

Alguns fatos concretos, porém, merecem atenção. A Líbia ocupa o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da África e tem a mais alta esperança de vida do continente. A educação e a saúde recebem especial atenção do Estado. O PIB per capita é de 13,8 mil dólares, o crescimento em 2010 foi de 10,6%, a inflação de 4,5%, a pobreza de 7,4% e a colocação no IDH é 53º (Brasil é 73º) todos esses índices melhores que o do nosso país. Seus problemas são de outra natureza. De alimentos e serviços sociais básicos o país não carecia.

Nação de pequena população – 6,5 milhões de habitantes – necessitava de força de trabalho estrangeira em boa proporção para levar a termo ambiciosos planos de produção e desenvolvimento social. Milhares de trabalhadores chineses, egípcios tunisianos, sudaneses e de outras nacionalidades labutam em solo líbio. Dispunha de vultosos ingressos, provenientes da venda de petróleo de alta qualidade, e de grandes reservas em divisas depositadas em bancos das potências européias e Estados Unidos, e com isso podiam adquirir bens de consumo e até armamento sofisticado, fornecido exatamente pelos mesmos países que hoje planejam invadi-lo em nome dos direitos humanos.

O tirano, que durante quase três décadas foi considerado o “cachorro louco”, o “inimigo número um” do Ocidente para logo converter-se no vistoso aliado de seus inimigos de agora, voltou ao seu estatuto original.

Ao se aproximar das potências ocidentais, Kaddafi cumpriu rigorosamente suas promessas de desarmamento e ambições nucleares. Com isso, a partir de outubro de 2002, iniciou-se uma maratona de visitas a Trípoli: Berlusconi, em outubro de 2002; Aznar, em setembro de 2003; Berlusconi de novo em fevereiro, agosto e outubro de 2004; Blair, em março de 2004; Schröeder, em outubro de 2004; Chirac, em novembro de 2004.

Todos exultantes, garantindo o recebimento de petróleo e a exportação de bens e serviços. Kaddafi, de seu lado, percorreu triunfante a Europa. Recebido em Bruxelas em abril de 2004 por Prodi, presidente da União Europeia; em agosto de 2004 convidou Bush a visitar seu país; Exxon Mobil, Chevron Texaco e Conoco Philips realizavam os últimos acertos para exploração do óleo por meio de joint ventures. Em maio de 2006, os Estados Unidos anunciaram a retirada da Líbia dos países terroristas e o estabelecimento de relações diplomáticas.
Em 2006 e 2007, a França e os Estados Unidos subscreveram acordos de cooperação nuclear para fins pacíficos; em maio de 2007, Blair voltou a visitar Kaddafi. A British Petroleum assinou um contrato “extremamente importante” para a exploração de jazidas de gás.

Em dezembro de 2007, Kaddafi empreendeu duas visitas a França e firmou contratos de equipamentos militares de 10 bilhões de euros. Contratos milionários foram subscritos com importantes países membros da OTAN.

Dentre as companhias petrolíferas estrangeiras que operavam antes da insurreição na Líbia incluem-se a Total da França, a ENI da Itália, a China National Petroleum Corp (CNPC), British Petroleum, o consórcio espanhol REPSOL, ExxonMobil, Chevron, Occidental Petroleum, Hess, Conoco Phillips.

O que se passa para que o “cachorro louco”, que se transformara em grande amigo, volte a ser o “cachorro louco”. De um lado, a evidência de que as potências hegemônicas tudo farão para não perder o controle dessa vital fonte de energia. De outro, fatores geoestratégicos. Diante da revolta por mudanças democráticas dos países árabes do Norte da África e do Oriente Médio, é fundamental, no caso da Líbia, ter um governo absolutamente confiável, pressionando o vizinho oriental Egito para manter o tratado com Israel e não partir para políticas que desarrumem todo o contexto regional.

Antes de partir para o Brasil, o presidente Obama declarou que o “cessar-fogo tem que ser implementado imediatamente e isto significa que todos os ataques contra civis têm que parar. “[...] Esses termos não são negociáveis. [...] Se Kaddafi não cooperar haverá consequências”. Entrementes, as agências de notícias informam que no Bahrein, ocupado por tropas Arábia Saudita, com prévio conhecimento e anuência de Washington, e debaixo de lei marcial, milhares de pessoas desarmadas são reprimidas violentamente por forças militares que destruíram o monumento da praça Pérola, ponto de encontro de manifestantes.

Sabe-se que a V Frota norte-americana está estacionada neste país, distante 25 quilômetros da Arábia Saudita, e funciona como posto de vigilância dos vastos poços de petróleo do Golfo Pérsico. Gravíssima é a situação no Iêmen, aliado incondicional da Arábia Saudita e dos Estados Unidos. Dezenas de civis, desarmados, foram assassinados nas últimas horas. Nem a França nem a Grã-Bretanha, tampouco Washington ou a Liga Árabe propuseram “todas as medidas necessárias” para proteger a população civil. Obama, Sarkozy e Cameron não falaram grosso com o Bahrein e Iêmen. A ONU não autorizou uma zona de exclusão aérea contra o Iêmen e Bahrein, nem acha que os direitos humanos de bareinitas e iemenitas mereçam ser respeitados. Nesse caso, só falatório, hipocrisia e dupla moral.

Toda e qualquer intervenção na Líbia terá repercussões graves. Cabe ao povo líbio, e apenas a ele, resolver o problema líbio.

A comunidade internacional deve manifestar solidariedade e agir unida para conter a guerra civil e facilitar uma via de transição pacífica para o conflito líbio. Os governos ocidentais, no afã de manter o seu domínio, usam diferentes padrões de avaliação, caso a caso, conforme o país e ao não reconhecer os levantes populares são atropelados pelo curso da História. Os regimes árabes despóticos, fundamentalistas e absolutistas têm de saber que não podem resistir às mudanças. É simples questão de tempo, e todos os que resistirem serão varridos do mapa político.

Setores de esquerda vêm dando interpretações disparatadas sobre os acontecimentos. A mais esdrúxula reside em que desqualificar a revolta das massas populares líbias porque o regime é inimigo aparente de nosso inimigo não é um critério muito saudável. Analistas de esquerda não podem fechar os olhos à realidade do mundo de hoje, desconhecer as forças em confronto e seus objetivos estratégicos, deixar-se levar pelas informações da mídia que tem um claro viés em favor dos interesses neo-coloniais e imperialistas.

Uma intervenção militar aberta implica que os Estados Unidos, Inglaterra, França e demais países optaram por um dos lados da guerra civil líbia, como aumentará brutalmente os riscos sobre a população civil que, cinicamente, anunciam que pretendem proteger.

Postado por BLOG LIMPINHO E CHEIROSO
http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2011/03/ataque-libia-hipocrisia-e-dupla-moral.html

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A CIA CRIOU BIN LADEN



Mídia comemora morte de Osama para não lembrar que a CIA o criou

Criou, adestrou, armou, patrocinou e controlou entre os anos 1979-1991

Ao anunciar aos americanos em cadeia de televisão no início da madrugada da segunda-feira (hora local) que Osama Bin Laden estava morto, o presidente Obama repetiu o seu antecessor W. Bush, ao dizer que a “justiça foi feita”. Mas pela pressa, além da falta até de uma mera foto, mais parece queima de arquivo. A falta de qualquer comprovação de que a execução aconteceu e de que o executado foi realmente Osama tem causado estranheza no mundo inteiro.
Página 7

Comando da CIA invade Paquistão e mata ex-colega Osama Bin Laden

Na descrição de um analista paquistanês, os manuais de atentados da Al Qaeda são “muito parecidos” com aqueles manuais que a CIA forneceu para os contras na Nicarágua

A mídia não está cabendo em si de tanta excitação.

Depois de um dia inteiro de glamour no casamento de Lady Kate com o príncipe William, em Londres, viveu a surpresa de, dez anos após a invasão do Afeganistão, ter a morte do chefe da Al Qaeda, Osama Bin Laden, afinal anunciada, no início da madrugada da segunda-feira (hora local), pelo presidente dos EUA.

Osama, que já foi visto nas cavernas de Tora Bora e até nas montanhas do Iêmen, foi afinal abatido em uma mansão-fortaleza, a menos de 100 km da capital paquistanesa, Islamabad, e a uns 100 metros da academia militar do país, a Agulhas Negras de lá. Mas tanta comemoração da mídia serviu principalmente para esconder que foi a CIA que o criou, adestrou, armou e controlou de 1979 a 1991.

ESQUADRÃO

Um esquadrão da morte enviado por Washington, e sem aviso ao governo de Islamadad, violou espaço aéreo e território soberanos do Paquistão e executou Osama, embora ainda não se saibam os detalhes, e depois jogou o corpo no mar, segundo cerimônia litúrgica da CIA que ficou muito em voga na Argentina na década de 1970.

Repetindo W. Bush, Obama disse que a "justiça foi feita", mas pela pressa, além da falta até de uma mera foto, mais parece queima de arquivo. A falta de qualquer comprovação de que a execução aconteceu e de que o executado foi realmente Osama tem causado estranheza no mundo inteiro.
Filho de um empreiteiro que fez fortuna pegando as beiradas dos acordos da família real com os EUA para aplicação dos petrodólares, Osama ainda na universidade se aproximou do wahabismo, versão extremista do Islã patrocinada pelos sauditas. Entre 1979 e 1991, ele foi uma peça chave da estratégia dos EUA, apoiada pelos petrodólares da Arábia Saudita, e pelo serviço secreto paquistanês, para combater as transformações que a revolução popular vinha realizando no Afeganistão, como os direitos à mulher, educação pública e gratuita, a reforma agrária, a separação igreja-Estado e o combate ao milenar tráfico de ópio. Foi possivelmente, ao lado do psicopata Jonas Savimbi, o carniceiro de Angola, o mais famoso "combatente da liberdade" da época, que o presidente Reagan exaltava.

 

Apesar de os propagandistas do império dizerem que foi "a invasão do Afeganistão" que causou a enxurrada de "combatentes da liberdade" de que Osama se tornou o principal articulador, o conselheiro de segurança nacional de Carter, Brzezinski, admitiu faz tempo que a decisão da CIA de jogar pesado no Afeganistão com o objetivo de desestabilizar a União Soviética, foi tomada pelo menos seis meses antes. A "Operação Ciclone" foi a maior ação de desestabilização feita até então.

 Os sauditas entravam com o Wahabismo e os petrodólares, e o serviço secreto paquistanês canalizava até o Afeganistão a avalanche de pessoal, dinheiro e armas liberados pelos EUA. Só da Arábia Saudita, estima-se em 15 mil o total de "voluntários" pró-CIA. Dentro do Afeganistão, a base social era de plantadores de papoulas para o ópio, ladrões, latifundiários e mulás fanatizados.

No início, Osama fazia o recrutamento de contrarrevolucionários e os conduzia ao Afeganistão, mas sem cruzar a fronteira. A partir de 1984, passou a participar das sabotagens e outras operações de guerra, com um grupo de adeptos, que se tornaria a Al Qaeda.

 Em 1989, a URSS decidiu empreender sua retirada, e o governo popular, apesar de toda a agressão, conseguiu se manter no poder, o que só se tornou inviável em 1992, quando a queda do sistema socialista o deixou sem retaguarda.

Quando os EUA, durante a Guerra do Golfo, desembarcaram tropas em solo sagrado, Meca e Medina, com aprovação dos Saud, Osama rompeu com os antigos patrocinadores, o que se agravou com a permanência das tropas após o fim da agressão ao Iraque, em 1991. A partir daí, a criatura se volta contra o criador, até a execução no domingo.

No Afeganistão, a devastação causada pela ação conjunta dos EUA, sauditas e governo paquistanês acabou levando à tomada do poder pelo Taliban, montado e armado pelo serviço secreto de Islamabad.

FOLHA CORRIDA

Em 1994, Osama teve sua cidadania cassada pela realeza. Ele havia se transferido para o Sudão em 1992, de onde teve de se retirar após pressões dos EUA, retornando ao Afeganistão. Em 1998, foram feitos ataques às embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, com 224 mortos e centenas de feridos, atribuídos à Al Qaeda. Em 2000, ação no Iêmen acertou o navio US Cole. Nesse ínterim, a petroleira Unocal iniciou conversações com o Taliban, para construir um oleoduto que escoasse o petróleo do Mar Cáspio, atualmente, controlado principalmente pela Rússia e Irã. Mas as negociações entraram em impasse.

Em 11 de setembro de 2001, as torres gêmeas de Nova Iorque desabam após atingidas em cheio por aviões carregados de combustível e pilotados por agentes supostamente da Al Qaeda. Também é atingido o prédio do Pentágono. A pretexto de capturar Osama, o governo de W. Bush, invade o país, onde os EUA estão atolados há dez anos. Mas até hoje lá está o dedo da CIA: na descrição de um analista paquistanês, os manuais de atentados da Al Qaeda são "muito parecidos" com aqueles manuais que a CIA forneceu aos contras na Nicarágua.

ANTONIO PIMENTA
Jornal Hora do Povo

Como a CIA criou Bin Laden
 
Bin Laden e a sua rede terrorista, a Al Qaeda, foram criados pelos serviços secretos norte-americanos, a CIA, durante os anos oitenta do século passado.

A tese é defendida pelo historiador Norm Dixon num artigo dedicado a alguns aspectos da guerra dos mujahidines afegãos contra as tropas soviéticas no Afeganistão durante os anos oitenta.

Segundo o artigo, em 1986, o chefe da Central Intelligence Agency (CIA), William Casey, autorizou uma proposta de recrutamento mundial de fundamentalistas islâmicos para se juntarem à “Jihad” (Guerra Santa) no Afeganistão contra as tropas da União Soviética que tinham invadido o país em 1979.

Cerca de 100 mil militantes islâmicos deslocaram-se então para o Paquistão até ao ano de 1992. Cerca de 40 mil foram mobilizados para os combates e os restantes 60 mil frequentaram escolas corânicas para reforçarem as suas convicções e os seus conhecimentos religiosos.

Alguns dos operacionais foram recrutados pelo Centro de Refugiados de Kifah em Brooklin (Nova Iorque) no âmbito da chamada “Operação Ciclone”, de acordo com o jornal “Independente” citado pelo autor do artigo. Os fundamentalistas islâmicos recrutados receberam dinheiro e equipamento distribuídos no Paquistão através da organização Maktab al Khidamar (MAK – Escritório de Serviços), um ramo dos serviços secretos paquistaneses (ISI). O ISI era o principal canal para onde eram encaminhados os apoios secretos da CIA e da Arábia Saudita aos chamados “contras” afegãos.

Ussama Bin Laden, membro de uma abastada família saudita bem relacionada com a família real, era um dos administradores do MAK. Em 1989 tornou-se o único gestor desse organismo.

As actividades de Bin Laden no Paquistão e Afeganistão realizavam-se com o conhecimento e o apoio do regime saudita e da CIA. Milt Bearden, chefe de antena da CIA no Paquistão de 1986 a 1989 admitiu em 2000 ao jornal “New Yorker” que embora nunca tenha encontrado Bin Laden pessoalmente conhecia as suas actividades à frente do MAK.

O artigo de Norm Dixon cita também um antigo soldado britânico que se juntou secretamente aos mujahidines, Tom Carew, segundo o qual militares norte-americanos treinaram os fundamentalistas islâmicos em actividades de terrorismo urbano, designadamente carros-bomba, para actuar contra as tropas soviéticas nas maiores cidades afegãs.

Em 1987-88, Bin Laden concentrou a gestão dos campos de treino e das operações dos mujahidines numa organização que designou Al Qaeda (A Rede), uma holding capitalista criada com apoio dos serviços secretos paquistaneses, norte-americanos e sauditas.

Os mercenários desta organização, directamente recrutados e pagos por Bin Laden, foram armados pela CIA. Os militares que os treinavam foram destacados pelo Paquistão, pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha.

O objectivo principal destas actividades no Afeganistão era combater e expulsar as tropas da União Soviética, que o presidente dos Estados Unidos, então Ronald Reagan, qualificara como “o império do mal”.

“Movimentos de libertação erguem-se e afirmam-se por si próprios em todos os continentes povoados pelo homem”, declarou Reagan em 8 de Março de 1985. “Isso acontece nas colinas do Afeganistão, em Angola, no Cambodja, na América Central. (…) Eles são os combatentes da liberdade”.

Ussama Bin Laden chefiava os “combatentes da liberdade” actuando no Afeganistão, Depois da derrota soviética no Afeganistão e em virtude da guerra civil que deflagrou neste país entre os mujahidines, Bin Laden transferiu depois o seu apoio para os Talibã.

De acordo com Norm Dixon, Bin Laden apenas passou a ser considerado “terrorista” pelos Estados Unidos quando se pronunciou contra a presença de 540 mil soldados norte-americanos na Arábia Saudita a partir da Guerra do Golfo em 1990-91.

No entanto, existe controvérsia quanto ao momento em que aconteceu esta viragem.

Segundo o jornal francês “Le Fígaro”, Bin Laden teria sido visitado pelo chefe de antena da CIA num hospital do Dubai, onde estava em tratamento, em Julho de 2001, a dois meses do atentado de 11 de Setembro contra as torres gémeas de Nova Iorque.