Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

POR QUE QUEREM DERRUBAR KHADAFI?


Padre Haroldo Coelho

Eis artigo assinado pelo padre Haroldo Coelho e intitulado
 “Por que querem derrubar Khadafi?”
 para este Blog.


O religioso faz defesa veemente de Khadafi, da Líbia.

O caso, na sua avaliação, esconde o interesse pelo petróleo por parte de nações imperialistas.

 Confira :

Para compreendermos o que se passa no mundo árabe, principalmente na Líbia, necessário se faz uma análise da situação geográfica e política daquela região. Não é segredo para ninguém que todas as tensões e tentativas de desestabilização dos países do norte na África e do médio oriente são provocadas pelas riquezas petrolíferas ou, também, pela conquista de territórios estratégicos no jogo de influência das nações imperialistas. Os acordos de Paz entre o Egito e o Estado sionista, só serviram aos interesses imperialistas e em detrimento do povo palestino. Praticamente, o Povo Palestino ficou sem defesa e entregue aos ataques de Israel.

A situação da Líbia exige uma atenção especial, pois devemos ter em consideração a particularidade de sua História. Até a segunda guerra mundial o território da Líbia foi ocupado e explorado pelas nações estrangeiras. Só a partir 1944, o rei Idris I volta do exílio e assume o controle formal do governo. A Líbia é transformada em protetorado inglês, mas, mesmo conquistando a independência, o país não se torna independente, pois o rei Idris I não passava de um fantoche das nações estrangeiras. Com a descoberta de importantes jazidas de petróleo, em 1959, a Líbia muda totalmente de fisionomia econômica, política e social.

A revolução de 1969, liderada pelo coronel Muamar Khadafi, marcou profundamente o país.

As riquezas provindas do “Ouro Negro” são aplicadas rigorosamente em beneficio do povo.

A revolução garantiu as necessidades básicas humanas como a educação, cultura, saúde e emprego.

 Estas conquistas são intocáveis.

 Na Líbia não há ditadura.

Constatamos pessoalmente a democracia direta. Nenhuma decisão séria em que toca a administração do país, não se concretiza sem a discussão nos comitês populares, nos seus vários níveis.

 Se isto não é democracia, não sei o que é democracia.

Na Líbia se vive o mais puro socialismo da história.

 Nenhum militante da revolução da Líbia saiu de seu país para bombardear ou sabotar outra nação. Bem pelo contrário, os avios do império bombardearam Bengazi e Trípoli, pois por um milagre não conseguiram seu criminoso intento de acabar com Khadafi.

Os países capitalistas não se conformam com a revolução que colocou as riquezas do petróleo a serviço do povo da Líbia.

Daí repito, a onda de desestabilização contra a revolução que, antes de ser de Khadafi, pertence ao povo livre da Líbia.

Padre Harodo Coelho
Militante do PSOL.

Eliomar de Lima

SOBRE O ORIENTE MÉDIO

Hitler falava em nome dos cristãos?
 
Hitler é o da direita
Estou cansado de ler textos analíticos de esquerda e de direita sobre o Oriente Médio.

E todos acabam se perdendo em elucubrações sobre o islamismo.

Como se o islamismo fosse um bicho papão.

Isso, na verdade, é o preço que se paga ao se ilustrar pela mídia corporativa, que não vende informações, mas adjetivos.

O islamismo, como toda religião, tem seus altos e baixos.

O perigo é a generalização.

Associar o radicalismo ao islamismo é o mesmo que associar o cristianismo ao nazismo e o sionismo ao judaísmo.

Nem todo cristão é nazista e nem todo judeu é sionista.

Ambas as religiões tem seu lado bom e seu lado ruim.

O que está acontecendo no Oriente Médio não tem nada a ver com religião.
Tem a ver com a miséria, exclusão, fome e opressão.

No Oriente Médio, há nações ocupadas fisicamenteIraque, Palestina, Líbano, Síria, o que as transforma em nações colonizadas em pleno século 21.

E há nações ocupadas monetariamente por corporações que mantêm no poder títeres cuja única preocupação é assaltar seus países e manter suas populações sob o jugo dos carrascos.

O que ocorre agora na região não tem nada a ver com religião, mas com revoluções que num primeiro momento prescindem das armas, mas todos sabemos o que pode acontecer num segundo momento.

Sempre se fala que a vontade do povo é soberana, que a voz do povo é a voz de Deus, mas ai do povo que acreditar nisso.

Acaba pagando um preço muito alto.

No entanto e independente disso, a roda da História sempre caminha para frente.

Pode até haver alguns recuos para que o sistema tenha alguma sobrevida, mas que ela anda para a frente, ela anda.

E se o povo do Oriente Médio entender que o islamismo pode sim ajudar na realização de bons governos, que assim seja.

Pelo menos o islamismo não produziu a inquisição, nem as duas guerras mundiais e nem jogou bombas atômicas sobre Nagazaki e Hiroshima.

Então, que tal deixarmos o islamismo em paz e nos atermos ao que de fato interessa?

Fonte: Georges Bourdoukan 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

QUEM CALA, CONSENTE E É CÚMPLICE




Artigos 

Jairo Bouer

Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP –, com residência em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria da mesma Universidade

Nas últimas semanas, dois acontecimentos envolvendo estudantes universitários em São Paulo mostraram que o bullying se mantém mesmo depois de a escola terminar — e pode adquirir níveis de mau gosto impensáveis!

O primeiro se ocorreu em uma festa da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.

 Um casal de garotos estava descansando, abraçado, quando um grupo de rapazes começou com agressões inexplicáveis.
Eles não tinham se desentendido com o casal, não havia ocorrido nenhum tipo de provocação ou bate-boca. Sem qualquer motivo aparente, começaram a dar chutes e a atirar objetos em cima dos dois, que estavam quietos num canto.
Demorou até alguém fazer alguma coisa — depois de duas meninas cobrarem uma atitude dos seguranças, estes disseram que não poderiam fazer nada.

O outro episódio aconteceu nos jogos da Unesp.
 Rapazes se aproximavam de meninas gordinhas, fingiam que iam engatar uma paquera para, então, literalmente montarem nas garotas, imitando um rodeio.
 Isso aconteceu algumas vezes durante o torneio. Mas, diferentemente do caso da ECA, atitudes foram tomadas.
A universidade instaurou um processo disciplinar contra os alunos envolvidos na “brincadeira” de mau gosto, algumas organizações não governamentais se manifestaram e os próprios alunos da Unesp organizaram um ato de repúdio à atitude dos colegas.

Brincadeira é uma coisa em que as pessoas se divertem. Quando vira agressão e deixa alguma parte magoada, ofendida ou fisicamente lesada, não é mais brincadeira.

Usar características físicas ou psicológicas dos outros para tirar sarro e humilhar não é apenas uma brincadeira é bullying!
 E a agressão não se restringe a quem a pratica diretamente. Será que todo mundo que está presente, vendo aquilo acontecer, muitas vezes se divertindo com a cena, sem tomar nenhum tipo de atitude, não é um agressor também?
Ficar no canto dando risadinha é ser conivente com a situação, apoiando-a pela omissão. Enquanto os agressores diretos acharem que nada vai lhes acontecer, eles não vão enxergar motivos para interromper o bullying.

Ficar olhando, sem fazer nada, mesmo que você não concorde, é uma forma de dar um apoio silencioso à prática desse ato de violência.

Por outro lado, deixar explícito que não se está de acordo com a situação e cobrar repressão àquela atitude é um modo pacífico e inteligente de se combater o bullying.

Da próxima vez que você presenciar uma situação semelhante, pense em como as estudantes da Unesp e os meninos da festa da ECA se sentiram e como seria bom se os agredidos sentissem apoio na repressão ao bullying.

 Agir como as garotas da festa da ECA que foram falar com os seguranças e como os alunos da Unesp, no manifesto de repúdio ao “rodeio”, é fazer sua voz ser ouvida e tomar uma atitude em vez de fingir que você não tem nada a ver com a história…

VISITEM O SITE: "DIGA NÃO AO BULLYING": http://www.diganaoaobullying.com.br/






Bullying


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bullying[1] é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

Caracterização do bullying


No uso coloquial "acossamento",[2] ou entre falantes de língua inglesa, bullying é frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco. O cientista sueco - que trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan Olweus define bullying em três termos essenciais:[3]

1.o comportamento é agressivo e negativo;

2.o comportamento é executado repetidamente;

3.o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

O bullying divide-se em duas categorias:[1]

1.bullying direto;

2.bullying indireto, também conhecido como agressão social

O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido através de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:

  • espalhar comentários

  • recusa em se socializar com a vítima

  • intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima

  • criticar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).

O bullying pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.

[editar] Características dos bullies

Pesquisas[4] indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido[5] que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco. Estudos adicionais[6] têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do bullying, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer déficit de autoestima.[7] Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.[8] É frequentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:

"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância,
 há o risco de que ele se torne habitual.
Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta."[9]

O bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o bullying frequentemente funciona através de abuso psicológico ou verbal. Os "bullies" sempre existiram mas eram (e ainda são) chamados em português de rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões, valentões e verdugos.

[editar] Tipos de bullying

Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:

  • Insultar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada.

  • Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.

  • Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os

  • Espalhar rumores negativos sobre a vítima.

  • Depreciar a vítima sem qualquer motivo.

  • Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando a vítima para seguir as ordens.

  • Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully.

  • Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência.

  • Isolamento social da vítima.

  • Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc).

  • Chantagem.

  • Expressões ameaçadoras.

  • Grafitagem depreciativa.

  • Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").

  • Fazer que a vitima passe vergonha na frente de varias pessoas

[editar] Bullying professor-aluno

O bullying pode ser praticado de um professor para um aluno. [10] [11] [12] [13] [14] [15]

As técnicas mais comuns são:

  • Intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e ofendendo sua auto-estima. Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um unico aluno o expondo a humilhação.

  • Assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com os demais. Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas.

  • Ameaçar o aluno de reprovação.

  • Negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, o expondo a tortura psicológica.

  • Difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de atos que não cometeu.

  • Tortura física, mais comuns em crianças pequenas. Puxões de orelha, tapas e cascudos.

Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente e podem ser denunciados ao Juizado de Menores, diretamente a um Juiz ou Promotor. A revisão de provas pode ser requerida diretamente na Secretaria de Educação, sendo este um direito ao estudante.

[editar] Locais de bullying

O bullying pode acontecer em qualquer contexto no qual seres humanos interajam, tais como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho.

[editar] Escolas

Alguns meninos flagrados intimidando um colega. Instituto Regional Federico Errázuriz, Santa Cruz, Chile.
Em escolas, o bullying geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente.
Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.[16]

Um caso extremo de bullying no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de bullying contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio". Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam.


Na última década de 90, os Estados Unidos viveram uma epidemia de tiroteios em escolas (dos quais o mais notório foi o massacre de Columbine). Muitas das crianças por trás destes tiroteios afirmavam serem vítimas de bullies e que somente haviam recorrido à violência depois que a administração da escola havia falhado repetidamente em intervir. Em muitos destes casos, as vítimas dos atiradores processaram tanto as famílias dos atiradores quanto as escolas. Como resultado destas tendências, escolas em muitos países passaram a desencorajar fortemente a prática do bullying, com programas projetados para promover a cooperação entre os estudantes, bem como o treinamento de alunos como moderadores para intervir na resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares.

O bullying nas escolas (ou em outras instituições superiores de ensino) pode também assumir, por exemplo, a forma de avaliações abaixo da média, não retorno das tarefas escolares, segregação de estudantes competentes por professores incompetentes ou não-atuantes, para proteger a reputação de uma instituição de ensino. Isto é feito para que seus programas e códigos internos de conduta nunca sejam questionados, e que os pais (que geralmente pagam as taxas), sejam levados a acreditar que seus filhos são incapazes de lidar com o curso. Tipicamente, estas atitudes servem para criar a política não-escrita de "se você é estúpido, não merece ter respostas; se você não é bom, nós não te queremos aqui". Frequentemente, tais instituições (geralmente em países asiáticos) operam um programa de franquia com instituições estrangeiras (quase sempre ocidentais), com uma cláusula de que os parceiros estrangeiros não opinam quanto a avaliação local ou códigos de conduta do pessoal no local contratante. Isto serve para criar uma classe de tolos educados, pessoas com títulos acadêmicos que não aprenderam a adaptar-se a situações e a criar soluções fazendo as perguntas certas e resolvendo problemas.

[editar] Local de trabalho

O bullying em locais de trabalho (algumas vezes chamado de "Bullying Adulto") é descrito pelo Congresso Sindical do Reino Unido[17] como:

"Um problema sério que muito frequentemente as pessoas pensam que seja apenas um problema ocasional entre indivíduos. Mas o bullying é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente que solapa a integridade e confiança da vítima do bully. E é frequentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da organização".

[editar] Vizinhança

Entre vizinhos, o bullying normalmente toma a forma de intimidação por comportamento inconveniente, tais como barulho excessivo para perturbar o sono e os padrões de vida normais ou fazer queixa às autoridades (tais como a polícia) por incidentes menores ou forjados. O propósito desta forma de comportamento é fazer com que a vítima fique tão desconfortável que acabe por se mudar da propriedade. Nem todo comportamento inconveniente pode ser caracterizado como bullying: a falta de sensibilidade pode ser uma explicação.

[editar] Política

O bullying entre países ocorre quando um país decide impôr sua vontade a outro. Isto é feito normalmente com o uso de força militar, a ameaça de que ajuda e doações não serão entregues a um país menor ou não permitir que o país menor se associe a uma organização de comércio.

[editar] Militar

Um trote praticado nas Forças Armadas Aéreas da França, em que um cadete é suspenso por um helicóptero sobre o mar. Compiegne, 1997.Em 2000 o Ministério da Defesa (MOD) do Reino Unido definiu o bullying como : "…o uso de força física ou abuso de autoridade para intimidar ou vitimizar outros, ou para infligir castigos ilícitos".[18] Todavia, é afirmado que o bullying militar ainda está protegido contra investigações abertas. O caso das Deepcut Barracks, no Reino Unido, é um exemplo do governo se recusar a conduzir um inquérito público completo quanto a uma possível prática de bullying militar. Alguns argumentam que tal comportamento deveria ser permitido por causa de um consenso acadêmico generalizado de que os soldados são diferentes dos outros postos. Dos soldados se espera que estejam preparados para arriscarem suas vidas, e alguns acreditam que o seu treinamento deveria desenvolver o espirito de corpo para aceitar isto.[19] Em alguns países, rituais humilhantes entre os recrutas têm sido tolerados e mesmo exaltados como um "rito de passagem" que constrói o caráter e a resistência; enquanto em outros, o bullying sistemático dos postos inferiores, jovens ou recrutas mais fracos pode na verdade ser encorajado pela política militar, seja tacitamente ou abertamente (veja dedovschina). Também, as forças armadas russas geralmente fazem com que candidatos mais velhos ou mais experientes abusem - com socos e pontapés - dos soldados mais fracos e menos experientes..[20]

[editar] Alcunhas ou apelidos (dar nomes)

Normalmente, uma alcunha (apelido) é dada a alguém por um amigo, devido a uma característica única dele. Em alguns casos, a concessão é feita por uma característica que a vítima não quer que seja chamada, tal como uma orelha grande ou forma obscura em alguma parte do corpo. Em casos extremos, professores podem ajudar a popularizá-la, mas isto é geralmente percebido como inofensivo ou o golpe é sutil demais para ser reconhecido. Há uma discussão sobre se é pior que a vítima conheça ou não o nome pelo qual é chamada. Todavia, uma alcunha pode por vezes tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de residência ou de ambos).

[editar] Legislação

A legislação jurídica do estado brasileiro de São Paulo define bullying como atitudes de violência física ou psicológica, que ocorrem sem motivação evidente praticadas contra pessoas com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las, causando dor e angústia. [21]

Os atos de bullying configuram atos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo nosso ordenamento jurídico, mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex: dignidade da pessoa humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. A responsabilidade pela prática de atos de bullying pode se enquadrar também no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram nesse contexto.[22]

No estado brasileiro do Rio de Janeiro, uma lei estadual sancionada em 23 de setembro de 2010 institui a obrigatoriedade de escolas públicas e particulares notificarem casos de bullying à polícia.[23] Em caso de descumprimento, a multa pode ser de três a 20 salários mínimos (até R$ 10.200) para as instituições de ensino.[23]

[editar] Condenações legais

Dado que a cobertura da mídia tem exposto o quão disseminada é a prática do bullying, os júris estão agora mais inclinados do que nunca a se simpatizarem com as vítimas. Em anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por "imposição intencional de sofrimento emocional", e incluindo suas escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-americanas e suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola ou professor por falta de supervisão adequada, violação dos direitos civis, discriminação racial ou de gênero ou assédio moral.

[editar] No Brasil

Uma pesquisa do IBGE realizada em 2009 revelou que quase um terço (30,8%) dos estudantes brasileiros informou já ter sofrido bullying, sendo maioria das vítimas do sexo masculino. A maior proporção de ocorrências foi registrada em escolas privadas (35,9%), ao passo que nas públicas os casos atingiram 29,5% dos estudantes.[24]

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. Entre todos os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o problema - seja intimidando alguém, sendo intimidados ou os dois. A forma mais comum é a cibernética, a partir do envio de e-mails ofensivos e difamação em sites de relacionamento como o Orkut.[25]

Em 2009, uma pesquisa do IBGE apontou as cidades de Brasília e Belo Horizonte como as capitais brasileiras com maiores índices de bullying, com 35,6% e 35,3%, respectivamente, de alunos que declararam esse tipo de violência nos últimos 30 dias.[26]

Casos célebres

Na Grande São Paulo, uma menina apanhou até desmaiar por colegas que a perseguiam[27] e em Porto Alegre um jovem foi morto com arma de fogo durante um longo processo de bullying.[28]

Em maio de 2010, a Justiça obrigou os pais de um aluno do Colégio Santa Doroteia, no bairro Sion de Belo Horizonte a pagar uma indenização de R$ 8 mil a uma garota de 15 anos por conta de bullying[29]. A estudante foi classificada como G.E. (sigla para integrantes de grupo de excluídos) por ser supostamente feia e as insinuações se tornaram frequentes com o passar do tempo, e entre elas, ficaram as alcunhas de tábua, prostituta, sem peito e sem bunda.[30][31] Os pais da menina alegaram que procuraram a escola, mas não conseguiram resolver a questão. [32][33] O juiz relatou que as atitudes do adolescente acusado pareciam não ter "limite" e que ele "prosseguiu em suas atitudes inconvenientes de 'intimidar'", o que deixou a vítima, segundo a psicóloga que depôs no caso, "triste, estressada e emocionalmente debilitada"[34]. O colégio de classe média alta não foi responsabilizado.[34]

Na USP, o jornal estudantil O Parasita ofereceu um convite a uma "festa brega" aos estudantes do curso que, em troca, jogarem fezes em um gay.[35][36] Um dos alunos a quem o jornal faz referência chegou a divulgar, em outra ocasião, estudantes da Farmácia chegaram a atirar uma lata de cerveja cheia em um casal de homossexuais, que também era do curso, durante o tradicional happy hour de quinta-feira na Escola de Comunicações e Artes da USP. Ele disse que não pretende tomar nenhuma providência judicial contra os colegas, embora tenha ficado revoltado com a publicação da cartilha. [36]

Também em junho de 2010, um aluno de nona série do Colégio Neusa Rocha, no Bairro São Luiz, na região da Pampulha de Belo Horizonte foi espancado na saída de seu colégio, com a ajuda de mais seis estudantes armados com soco inglês.[37] A vítima ficou sabendo que o grupo iria atacar outro colega por ele ser "folgado e atrevido", sendo inclusive convidada a participar da agressão.[38]

Em entrevista ao Estado de Minas, disse: Eles me chamaram para brigar com o menino. Não aceitei e fui a contar a ele o que os outros estavam querendo fazer, como forma de alertá-lo. Quando a dupla soube que contei, um deles colocou o dedo na minha cara e me ameaçou dentro de sala, durante aula de ciências. Ele ainda ligou, escondido, pelo celular, para outro colega, que estuda pela manhã, e o chamou para ir à tarde na escola.[39]

Durante 2010, Bárbara Evans, filha de Monique Evans e estudante da Universidade Anhembi Morumbi (onde cursa o primeiro ano de Nutrição), em São Paulo, entrou na Justiça com um processo de bullying realizado por seus colegas.[40] No sábado à noite, o muro externo do estacionamento do campus Centro foi pichado com ofensas a ela e a sua mãe.[41]
Em recente caso julgado no Rio Grande do Sul (Proc. nº 70031750094 da 6ª Câmara Cível do TJRS), a mãe do bullie foi condenada civilmente a pagar indenização no valor de R$ 5 mil (cinco mil reais) à vítima. Foi um legítimo caso de cyberbullying, já que o dano foi causado através da Internet, em fotolog (flog) hospedado pelo Portal Terra. No caso, o Portal não foi responsabilizado, pois retirou as informações do ar em uma semana. Não ficou claro, entretanto, se foi uma semana após ser avisado informalmente ou após ser judicialmente notificado.[42]
Alguns casos de bullying entre crianças têm anuência dos próprios pais, como um envolvendo um garoto de 9 anos de Petrópolis. A mãe resolveu tirar satisfação com a criança que constantemente agredia seu filho na escola e na rua, mas o pai do outro garoto, em resposta, procurou a mãe do outro garoto chamado de "boiola" e "magrelo". Ela foi empurrada em uma galeria, atingida no rosto, jogada no chão e ainda teve uma costela fraturada. O caso registrado em um vídeo foi veiculado na internet e ganhou os principais jornais e telejornais brasileiros.[43][44]